"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

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Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

TEXTOS DE COMISSÕES DO X ELAOPA


Seguem os textos disparadores das comissões do X ELAOPA.
 
Direitos Humanos / X ELAOPA
 
Entendemos a problemática dos DDHH enquanto um campo amplo e específico ao mesmo tempo.
O conceito enquanto tal esta absolutamente vinculado a uma das expressões mais duras e violentas do sistema capitalista para com o conjunto das classes oprimidas.
Desde o cotidiano atropelo dos direitos elementares das imensas maiorias, até políticas mais repressivas desenhadas desde os estados e as classes políticas em distintas regiões, do passado aos dias atuais.
É nesta perspectiva que entendemos que a problemática dos DDHH atravessam como tal qualquer proposta ou ferramenta de nossa classe.
Destacamos a importância de um espaço específico no ELAOPA para o intercâmbio e articulação, justamente por ser este um tema, uma problemática que tem sido abordada por diversos coletivos, grupos, organizações, ou seja, ferramentas sociais que trabalhem o tema de forma específica.
Em encontros anteriores abordamos distintos temas, como a repressão, a violação dos direitos humanos desde a ditadura em um marco de continuidade até os dias de hoje, a criminalização da pobreza e do protesto, a impunidade, as prisões e o extermínio de minorias pobres fazendo referencia à matança por meios diretos ou indiretos (como podem ser algumas drogas nos dias de hoje), o plano IIRSA como projeto e articulação dos estados e governos a nível latino-americano em uma conjuntura com demandas específicas dos tempos neoliberais, que não faz mais que se apropriar dos recursos naturais, devastando o meio ambiente e tudo o que interfira em seu campinho, assim como foi a planificação do plano Condor e as políticas repressivas para toda a região.
Todos estes pontos teriam a ver com a situação atual vinculada a esta problemática, mas desde a perspectiva e a análise das distintas políticas para a região. Todos estes pontos de alguma forma teriam a ver com a situação atual vinculada à problemática, mas desde a perspectiva e a análise das distintas políticas para a região.
A problemática dos DDHH tem sido frequentemente vinculada com a luta pela denúncia dos crimes das ditaduras e a conseqüente punição a todos os responsáveis diretos ou indiretos por tais atos genocidas. Infelizmente no Brasil a atenção a essa importante demanda dos DDHH é muito recente e responde a criação de uma Comissão da Verdade por parte do governo, comissão que já nasce garantindo a impunidade aos agentes e colaboradores da ditadura. Por anos, a luta por verdade, memória e justiça esteve quase que confinada a organizações de familiares e sobreviventes do período que seguiram lutando pela demanda, pouco foi feito pelo conjunto das organizações do campo popular nessa temática.
Por sua vez, a luta em torno dos DDHH no Brasil esteve muito vinculado a demandas como: luta contra o racismo, pelo direito ao aborto legal e seguro, aos direitos da “comunidade” LGBTT, contra a violência policial, a criminalização da pobreza e do protesto, pauta tão importantes quanto a relacionada a Memória, Verdade e Justiça no que diz respeito ao acúmulo de forças para um projeto de poder popular dos de baixo.
É importante que enquanto ELAOPA façamos um intercâmbio das experiências e lutas que temos desenvolvido em torno da temática que compreende os DDHH e que para além deste intercâmbio sejamos capazes de coordenar ações em nossos países em torno de temáticas que incidam na problemática de nossos distintos países, acumulando assim em nossa organicidade e dando visibilidade ao ELAOPA.
Dentre pautas que podemos coordenar em conjunto, realizando ações unificadas (de acordo com a capacidade de convocatória de cada organização) em uma data comum, estão: Memória, Verdade e Justiça: Exigir a quebra da impunidade que reina na maioria dos países e o avanço da justiça naqueles que já acumulam passos importantes (caso da Argentina). Focar a agitação na denúncia e exigência de punição aos responsáveis civis (grandes grupos econômicos, conglomerados de mídia, etc.) que deram suporte às ditaduras, evidenciando assim que esta sórdida página da história de nosso continente não fora fruto de um mero “abuso” de determinados militares, mas sim um projeto claro e contundente de nosso inimigo de classe com um claro fim de atingir o conjunto das classes populares e suas respectivas organizações. Verificar possibilidade de eleger um grupo econômico específico que jogou papel importante em todas as ditaduras do continente. Ex. General Motors, FORD...
Direito ao aborto legal e seguro: Lutar pelo direito ao aborto e que este seja garantido pelos respectivos sistemas públicos de saúde. Onde o aborto já foi legalizado lutar pela manutenção deste direito contra as reiteradas investidas conservadores, sobretudo de grupos religiosos.
Contra a violência policial, a criminalização da pobreza e do protesto: Organizar uma agenda de agitação em torno da denúncia da violência policial nos bairros, a criminalização do protesto social e da pobreza, manifestada dentre outros meios através da exigência da redução da maioridade penal.

Nestes tempos onde a impunidade se afirma, onde a repressão é a resposta permanente e onde as leis são uma mostra clara de quem se pretende condenar, sustentando e garantindo um sistema de fome, quando presenciamos a impunidade de diversos genocidas, chacinas nos bairros, massacres e condições de sobrevivência grosseiras nos presídios, verdadeiros atos de violência sádica dos de cima, só nos resta uma tarefa: agira a pauta dos DDHH sem capitular ao recorrente canto da sereia que convoca a aperfeiçoar a democracia burguesa e seu funcionamento para que supostamente “nunca mais” aconteça tais violações. O “nunca mais” só será verdadeiro quando conseguirmos passar a uma etapa ofensiva, garantindo a vitória e o poder dos de baixo, o poder popular. Até lá, estaremos sempre caminhando sob a ameaça das baionetas do sistema e suas estruturas de opressão e dominação ao conjunto das classes oprimidas.





quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

COMPANHEIRO TONHÃO: PRESENTE!!!

Homenagem ao companheiro Tonhão! 
         Ato realizado no dia 19 de janeiro de 2013 convocado pela Liga Operária e MFP no Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e Região. Participação de familiares e companheiros de luta do Tonhão, ex-presos políticos, movimentos e entidades. 

Belo Horizonte, 24 de janeiro de 2013
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania













sábado, 12 de janeiro de 2013

ATO EM HOMENAGEM AO COMPANHEIRO TONHÃO - DIA 19/01/2013

Companheiro Tonhão: Presente!
“Liberdade: E que eu por ti, se torturado for, possa feliz, indiferente à dor, morrer sorrindo a murmurar teu nome”.
Carlos Marighella
São Paulo, Presídio Especial, 1939.
Temos a honra de convidar as companheiras e companheiros para o ato em homenagem ao companheiro Antônio José de Oliveira, o “companheiro Lopes”, ou simplesmente Tonhão, falecido no dia 2 de setembro de 2012.
Tonhão,  operário metalúrgico, filho e irmão de militantes revolucionários, enfrentou o regime militar fascista de armas nas mãos, militando na Corrente Revolucionária e posteriormente na Ação Libertadora Nacional – ALN.  Sobreviveu e resistiu à prisão e a tortura ao final da década de 1960. Defendeu irredutivelmente o caminho da luta armada revolucionária para a conquista do Poder Popular e, ao contrário de tantos militantes de sua geração que se degeneraram e renegaram a luta, Tonhão manteve-se ao lado do povo,  defendendo a revolução como único caminho de libertação de nosso povo.
Com a mesma firmeza e dignidade enfrentou as sequelas da tortura e a doença ao final de sua vida sem pestanejar.
O ato será realizado no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e Região, no dia 19 de janeiro de 2013, às 15 horas.
Endereço: Rua Camilo Flamarion, 55 – Bairro Jardim Industrial - Contagem
Movimento Feminino Popular – MFP
Liga Operária

Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e Região