"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CAMISETAS DA OCUPAÇÃO HELENA GRECO - BAIRRO ZILAH SPÓSITO - BELO HORIZONTE/MG


Camisetas da ocupação nas cores vermelha, preta e branca. Valor: R$ 20,00.

As camisetas podem ser adquiridas no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG) 
- Rua Hermilo Alves, 290, Bairro Santa Tereza, Belo Horizonte/MG. 

Podem ser adquiridas nas reuniões de sábados, de 16:00 às 18h, 
ou durante a semana, de segunda a sexta-feira: agendar visita.

Contatos:
institutohelenagreco@gmail.com 

(31) 2535 4667 e (31) 9 9595 6683.

A arrecadação será destinada para a Ocupação (comunidade/moradorxs).

Participem conosco desta ação de apoio e solidariedade!

Ocupação Helena Greco - Bairro Zilah Spósito - Belo Horizonte/MG. 
Comunidade de luta! Existe e resiste desde 2011!

Belo Horizonte, 29 de janeiro de 2016
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania





quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ARTIGO DO COMPANHEIRO DR. DIRCEU GRECO CENSURADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE - NOTA DE SOLIDARIEDADE


 Toda nossa solidariedade ao companheiro Dirceu Greco,
 mais uma vez alvo do reacionarismo, truculência, censura e obscurantismo do governo federal

                     O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, mais uma vez, vem a público prestar irrestrita solidariedade ao companheiro Dr. Dirceu Greco que, no último mês de dezembro, foi alvo de draconiana censura por parte do Ministério da Saúde, bem nos moldes dos tempos do AI-5.  Tendo sido convidado pelo próprio ministério para escrever um artigo para o livro Histórias de lutas contra a AIDS – comemorativo dos trinta anos de luta contra o HIV no Brasil – ele o fez. Seu artigo, no entanto, foi sumariamente vetado – não houve qualquer comunicado ao autor.

            Dirceu Greco é filho de Helena Greco, apoiador do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, professor titular da Faculdade de Medicina da UFMG, pesquisador e bioeticista cuja prática política e acadêmica é baseada na defesa intransigente dos direitos humanos e no combate ao processo de comoditização do conhecimento.

            Não é a primeira vez que Dirceu foi alvo do obscurantismo que tem prosperado no governo federal.   Em 2013, foi demitido – também sumariamente – do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, onde ocupava o cargo de diretor desde 2010.    A censura, então, se abateu sobre campanha de prevenção de HIV/AIDS com foco nas prostitutas, a qual foi construída pelas próprias prostitutas em oficina comunitária nacional. http://institutohelenagreco.blogspot.com.br/2013/06/nota-de-solidariedade-ao-dr-dirceu.html

Naquela ocasião, o governo Dilma Rousseff capitulou diante pressões do fundamentalismo evangélico, que prima pela criminalização da diversidade e das lutas das comunidades LGBTs.  A recente arbitrariedade do Ministério da Saúde contra o companheiro Dirceu Greco – a censura de seu artigo - consolida nossa convicção de que o reacionarismo, o obscurantismo e o autoritarismo constituem política de governo, a qual repudiamos com veemência. 

A nomeação do psiquiatra (?????) Valencius Wurch Duarte Filho – arauto da reação contra a luta antimanicomial e ex-diretor técnico do manicômio/masmorra/centro de torturas Dr. Eiras, fechado em 2012 por graves violações dos direitos humanos – para a Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde é mais uma evidência lastimável do tipo de política pública deletéria que tem sido implementada pelo governo federal.

Belo Horizonte, 27 de janeiro de 2016
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG – BH/MG)

 Nota de denúncia escrita pelo Dr. Dirceu Greco:

6 de dezembro de 2015
Prezados e prezadas,
Realmente sou um neófito nas redes sociais e meu contato com o mundo externo vinha sendo só através de emails e, claro, telefone. Agora me rendo ao Facebook e dele vou utilizar para divulgar mais um fato que me indignou.

Este fato se relaciona à decisão do Ministério da Saúde sobre um texto que escrevi para a recente publicação “A Síndrome – 30 anos de luta contra a Aids” (ISBN 978-85-334-291-2, 2015), lançada no final de novembro de 2015 pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV).

Os fatos:
Em meados de 2014, 30 pessoas no Brasil receberam convite oficial do Departamento, com o intuito de celebrar “30 anos de boa luta”, para “narrar os fatos acontecidos, suas experiências corriqueiras e o cotidiano de seu protagonismo frente à epidemia da aids”. O convite continuava afirmando que para celebrar esta data o DDAHV iria lançar “um livro comemorativo relembrando fatos que fizeram do pais líder no enfrentamento da epidemia. Será composto por 30 artigos de personalidades importantes na luta contra a aids. Por isto sua participação é imprescindível.” (transcrito do convite citado, grifo meu).

Entendi este convite como reconhecimento da minha atuação na luta contra a aids no Brasil e pelo fato de ter sido diretor do DDAHV (2010-2013). Evidentemente, como protagonista do enfrentamento da epidemia desde seu início, professor universitário, infectologista, pesquisador e cidadão envolvido (como tantos outros) na luta pela igualdade, pelos direitos humanos, contra qualquer discriminação, contei no texto este relato histórico.

Nele discorri não só sobre os êxitos da resposta brasileira precoce e pública, do acesso universal pelo SUS aos medicamentos e cuidados mas também e evidentemente sobre os problemas. Entre estes se incluem os retrocessos induzidos por conservadorismo, que levou o MS a censurar campanha que envolvia gays, a recolher publicações dirigidas à necessária discussão em escolas e também material relacionado à declarações de prostitutas.

Após entregar o manuscrito, recebi do atual diretor do DDAHV solicitação de  modificação, pois segundo ele havia críticas e citação de nomes. Concordei com a retirada dos nomes, mantive as críticas, todas de amplo conhecimento público, e reencaminhei nova versão em dezembro de 2014.
O texto está acessível na íntegra em :

O livro foi lançado durante o 10o Congresso de HIV/Aids e 3o Congresso de Hepatites Virais (João Pessoa, 17- 20 Nov 2015) e, indignado, vi que meu texto não foi incluído entre os 30 publicados.

Acentuo que a indignação não está relacionada com a exclusão de meu nome mas sim com a falta de respeito, prepotência e truculência nesta incabível censura, numa tentativa extemporânea e, por que não dizer, stalinista, de tentar mudar a história.


Neste complexo cenário brasileiro, onde a ética e os direitos humanos tem sido tão agredidos, e também por tudo que lutamos e continuamos lutando, entendo que não é possível deixar que isto passe em branco.

Abraço,

Dirceu Greco

 Carta aberta de apoio da  Sociedade Brasileira de Bioética – SBB ao Dr. Dirceu Greco:

CARTA ABERTA DE DESAGRAVO FACE À CENSURA IMPOSTA AO PROF. DR. DIRCEU GRECO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE NA OBRA “A SÍNDROME – 30 ANOS DE LUTA CONTRA A AIDS”

1 - A diretoria da SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOÉTICA - SBB vem a público externar sua indignação pelo veto do Ministério da Saúde ao texto produzido por Dirceu Greco para a obra “A SÍNDROME – 30 ANOS DE LUTA CONTRA A AIDS”, publicada em novembro de 2015 pelo referido ministério.

2 - Dirceu Greco, médico infectologista, professor universitário e bioeticista brasileiro, dirigiu o Departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde (DDAHV) entre 2010 e 2013, período em que ampliou o reconhecimento internacional do Brasil como vanguarda nos programas de combate à transmissão do HIV e atenção às pessoas vivendo com HIV/Aids.

3 – Em 2014, Dirceu Greco aceitou convite do DDAHV para contribuir com um capítulo de livro comemorativo dos 30 anos de luta contra a Aids no Brasil.

4 – Dirceu Greco destacou os êxitos da resposta brasileira à epidemia, incluindo o acesso precoce, público e universal pelo SUS aos medicamentos e cuidados para pessoas vivendo com HIV/AIDS.

5 – Dirceu Greco destacou também os problemas que ameaçam o combate à epidemia de HIV/AIDS no Brasil, incluindo os retrocessos induzidos pelo conservadorismo político nos últimos anos que levou o Ministério da Saúde a censurar diferentes campanhas informativas e educacionais voltadas à população LGBT, à discussão do tema em escolas e às profissionais do sexo.

6 – O DDAHV solicitou a Dirceu Greco a modificação parcial do conteúdo do texto com a retirada das críticas e da identificação das pessoas públicas diretamente responsáveis pelos vetos às campanhas voltadas à população LGBT, aos escolares e às profissionais do sexo.

7 – Coerente com sua história no combate à epidemia de HIV/Aids no Brasil e com sua reconhecida posição pública em defesa dos direitos humanos, da luta pela igualdade e contra todas as formas de discriminação, Dirceu Greco manteve as críticas e os alertas contras os retrocessos, embora tenha acatado o pedido para ocultar o nome dos responsáveis diretos por tais medidas.

8 – Em novembro de 2015, sem qualquer aviso prévio, o livro “A Síndrome – 30 anos de luta contra a Aids” foi publicado pelo Ministério da Saúde com o veto ao capítulo de Dirceu Greco, ocultando tanto parte importante da história da luta contra a Aids no Brasil quanto os alertas aos retrocessos recentes que ameaçam esta história de sucesso.

9 – Por todo o exposto, ao Prof. Dr. Dirceu Greco apresentamos nosso desagravo, com a certeza de que sua atuação como cidadão, infectologista, pesquisador, professor e bioeticista não se deixará abalar pela censura sofrida e que continuará a lutar contra a epidemia de HIV/AIDS e contra toda forma de discriminação, exclusão e obscurantismo.

 Carta de apoio do Foro Latinoamericano de Comités de Ética en Investigación en Salud (Flaceis) e do Foro   Latinoamericano de Comités de Ética de la Investigación- Brasil ao Dr. Dirceu Greco:

Carta de apoyo al Dr. Dirceu Greco
El Dr. Dirceu Greco, médico infectólogo, profesor Titular en una de las más importantes universidades públicas brasileñas, investigador y bioeticista de reconocido nombre a nivel nacional e internacional ha sido recientemente, víctima de una arbitrariedad por parte del Ministerio de Salud de Brasil.
El capítulo escrito por el Dr. Greco para el libro “Historias de luta contra a AIDS”, recientemente publicado (noviembre de 2015), fue VETADO por el Ministerio de la Salud de Brasil, sin explicaciones,  después de haber sido  convocado e invitado a esta tarea. El texto  no se publicó pese a ser una  de las mayores autoridades en Sida/ITS, habiendo ocupado el cargo entre otros, de  director del "Departamento DST/AIDS e Hepatitis Virales " del ministerio nacional de  salud.
Tal acto representa una actitud discriminatoria y desconsiderada,  a un trabajo de 30 años de apoyo y avances en el control del Sida, hiere los derechos humanos, los principios de Bioética y el Juramento Hipocrático ejercido con dignidad por el Dr. Greco.
Creemos firmemente que trabajar con la argumentación y la crítica son herramientas básicas en la bioética  que permiten crecer y mejorar  todo accionar en defensa y para la protección de los derechos humanos de toda población.
La convivencia en la democracia nos exige ser los suficientemente maduros para aprender fundamentalmente de los errores así como aceptar, que el disenso puede ser el motor que permita revisar y reflexionar sobre el sistema de salud y otras cuestiones que pueden ir en detrimento de la calidad de atención destinada a la ciudadanía.
Nuestra solidaridad con el Dr. Dirceu Greco es el reflejo de quienes pensamos que pensar diferente puede ser una oportunidad. Una gran oportunidad para las personas que más lo necesitan siempre que este acompañado con el compromiso social y  académico que sostengan esta posibilidad.
La comunidad de científicos, docentes, miembros de comités de bioética y de comités de ética para la investigación provenientes del campo de la bioética y los derechos humanos de América Latina y de países del Caribe,  del  “Foro Latino Americano de Comités de Ética en Investigación en Salud (FLACEIS)”  presentan públicamente su apoyo y solidaridad al Dr. Dirceu Greco.
En representación del Foro Latinoamericano de Comités de Ética en Investigación en Salud (Flaceis)
- Comisión Directiva
Foro Latinoamericano de Comités de Ética de la Investigación- Brasil, Comisión Directiva Brasil
Brasil, 20 de  enero  de 2016
 Artigo do Dr. Dirceu Greco censurado pelo Ministério da Saúde:

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

VISITA À SEDE DO GRUPO TORTURA NUNCA MAIS/RJ


VISITA À SEDE DO GRUPO TORTURA NUNCA MAIS/RJ

Nós, membros do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG, fizemos uma visita à sede do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ. Esta visita aconteceu na segunda-feira, dia 11 de janeiro de 2016. Neste dia aconteceu a primeira reunião do grupo de 2016.

Fizemos uma visita, levamos panfletos e informativos da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça/MG da qual participamos. Estivemos presentes em grande parte da reunião do GTNM/RJ.

Entre as pautas da reunião, foi debatida a premiação da Medalha Chico Mendes de Resistência.

O GTNM/RJ - entidade parceira - foi fundado no dia 25 de setembro de 1985 e constitui para nós grande referência de luta.

A sede do GTNM/RJ fica na Rua General Polidoro, 238 s/loja - Botafogo/RJ.
http://www.torturanuncamais-rj.org.br/

Agradecemos a recepção das companheiras e companheiros do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ.

Belo Horizonte, 19 de janeiro de 2016
Notícia/Fotos/Arquivo: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.