"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

TEXTO SOBRE O DEBATE OCORRIDO DIA 08 DE MAIO NA ARENA DA FAFICH

Debate na Arena da Fafich na UFMG
"Pela punição dos torturadores
 e abertura dos arquivos da ditadura”: 
um debate necessário entre a esquerda, 
uma luta fundamental da juventude!
Por Flávia Vale


No dia 08 de maio na, Arena da Fafich, convidados de organizações partidárias e de direitos humanos de esquerda fizeram um rico resgate histórico da luta contra a ditadura militar no Brasil desde a perspectiva marxista junto a presença de 75 pessoas no auge do debate. Todos denunciaram a comissão da verdade de Dilma e, em distintos níveis, a farsa da transição democrática pactuada no Brasil que deixou impune os militares, que faz necessário a punição de todos os militares e civis envolvidos com a ditadura militar.
A Juventude às Ruas foi uma das organizadoras do evento junto às organizações políticas representadas na mesa do debate com seus convidados: Val Lisboa pela Ler-qi, Vanessa Portugal pelo PSTU, Heloísa Greco (Bizoca) pelo IHG, Francisco Neres pelo PCB, Gerson Lima pela Liga Operária e Leovegildo Leal pelo MM5 [1].
Gerson Lima ressaltou a necessidade de uma campanha nacional pela desmilitarização dos canteiros de obras e a libertação dos operários da construção civil, presos políticos do governo Dilma.
Val Lisboa ressaltou como a Comissão da Verdade segue a Lei da Anistia, defendida inclusive por setores da esquerda, esta que foi a pedra fundamental para a anistia total aos agentes militares e civis da ditadura e a anistia parcial aos militantes contra a ditadura. Val seguiu dizendo ser necessário a organização de um amplo movimento nacional pela punição dos agentes da ditadura e que as entidades estudantis e sindicais antigovernistas devem ser as primeiras a impulsionar, junto às organizações de direitos humanos, comissões de verdade e justiça independente do governo e dos militares.
Francisco Neres, preso político pelo PCB quando jovem trabalhador em Minas Gerais, resgatou a necessidade da luta por uma ditadura dos trabalhadores desenvolvendo como tanto na democracia burguesa quanto numa ditadura burguesa a base de sustentação de seus regimes é a mais valia explorada dos trabalhadores.
Leovegildo Leal desenvolveu como em seus anos de militância durante a ditadura nunca lutou pela democracia, mas sim pelo fim da ditadura militar e pelo socialismo. Vanessa Portugal iniciou sua fala dizendo que o fim da ditadura foi uma vitória inconclusa da classe operária e que a partir do início dos anos 1980 existiu um amplo movimento de massas que teria sido a mobilização central para a derrota do regime militar.
Bizoca foi a última a intervir mostrando como o processo de redemocratização foi baseado na permanência de um estado policialesco, Aparato militar que deve ser denunciado como resquício da ditadura e que a esquerda deve ter um programa que leve à dissolução deste aparato repressivo.
A impunidade no Brasil, construída em nome da redemocratização, foi consagrada com a Lei da Anistia como pedra de toque para seguir resquícios da ditadura presentes na repressão aos jovens, trabalhadores e negros e foi construída sob as bases de derrotas e desvios de lutas operárias e estudantis: como a grande luta operária em Contagem/MG e Osasco/SP em 1968 necessárias de serem derrotadas para que fosse possível a implementação do AI-5 em 1968; e como o desvio das grandes greves operárias entre 1979/80 por Lula e sua burocracia sindical que levaram à frente uma estratégia desgaste do regime ditatorial para garantir a redemocratização pactuada.
Após as falas de abertura um rico debate se estendeu no plenário seguido de falas de militantes das organizações políticas presentes assim como dos militantes do COMPA e estudantes dos cursos. Bernardo Andrade, estudante da filosofia e militante da Juventude às Ruas e da Ler-qi, denunciou como a UNE tornou-se um entrave na luta pela verdade e justiça estando interessada apenas nos salários de seus diretores, pagos pelo governo, sendo uma correia de transmissão dos projetos do governo entre os estudantes tendo, em seu último Congresso, ministros do atual governo como porta vozes da defesa da comissão da verdade de Dilma.
Os debatedores seguiram o debate com uma rica discussão sobre as distintas políticas e estratégias para a derrubada da ditadura no Brasil o que envolve lições para a luta atual contra os resquícios da ditadura na atual democracia burguesa e sua base de opressão e exploração.
Se por um lado Vanessa Portugal reafirmou haver uma vitória inconclusa da classe operária contra a ditadura com a queda do regime militar e instalação da democracia burguesa a partir da ação do movimento operário e de massas, Gerson Lima, por outro lado, sustentou a atualidade da estratégia guerrilheira.
Val Lisboa partiu de saudar o alto nível político do debate que entrou em discussões estratégicas necessárias de serem debatidas não apenas pela esquerda, mas por todos os jovens e trabalhadores que se colocam a perspectiva militante. Colocou os limites da estratégia da guerrilha que predominou nas direções do movimento estudantil da época como o PCdoB e que levou ao distanciamento dos estudantes e quadros operários em relação ao movimento de massas ao negar uma política que buscasse ajudar o proletariado a alcançar sua independência política forjando uma aliança operário e popular para a derrubada da ditadura militar pelas massas e seus organismos de frente única.
Se a estratégia da guerrilha não poderia ser uma resposta do movimento de massas contra a ditadura, a análise que diz que a derrubada da ditadura para a existência de um regime democrático burguês foi uma vitória da classe operária, mesmo que inconclusa, tende a embelezar uma transição pactuada moldada pelas direções sindicais da época junto com a Igreja e setores da burguesia. A transição se deu às custas de desvios das greves operárias e das lutas estudantis em nome de uma estratégia de redemocratização “pelo voto” da qual Lula foi figura chave para garantir uma democracia degradada, arquitetada para restringir a atuação operária e popular com a não anistia aos presos políticos, torturados e mortos, a consolidação de um regime eleitoral antioperário, na intensificação da precarização do trabalho, nos altos índices de violência policial e na não punição de nenhum torturador ou militar.
Ao contrário destas visões acreditamos que apenas a classe operária atuando como sujeito independente, a partir da sua organização em organismos de frente única que poderiam se desenvolver em organismos soviéticos como os conselhos ou comitês de fábricas, apoiada pelas classes oprimidas é que poderia ser a base para a existência de uma estratégia para a derrubada do regime ditatorial e de sua classe dirigente: a burguesia e sua inserção no movimento operário e estudantil por via da burocracia sindical. Estas poderiam ter sido as bases da construção de um verdadeiro partido revolucionário de vanguarda no Brasil que tivesse a estratégia da derrubada da ditadura para a existência de uma ditadura operária baseada na mais ampla democracia soviética, a única que poderia garantir as demandas democráticas mínimas das massas assim como levar à frente a luta por igual trabalho e igual salário, um salário mínimo digno, a reforma agrária radical, o não pagamento da dívida interna e externa assim como a ocupação de fábricas visando a expropriação sob controle operário.
As divergências abertas foram parte do rico debate aberto, uma pequena iniciativa visto a necessidade de uma ampla mobilização social pela punição de todos os militares e civis envolvidos com a ditadura militar que deve ser impulsionada com independência do governo e dirigida pelas organizações de direitos humanos, populares, estudantis e de trabalhadores.

[1] O debate ocorreu uma semana após um ato em frente única convocado pelas mesmas organizações políticas que mudou simbolicamente o nome da rua Luiz Soares da Rocha, este que foi superintendente da polícia civil de MG entre 1969 e 1970 e atuou como chefe da equipe de tortura da delegacia de furtos e roubos, um dos principais centros de tortura da ditadura militar em Belo Horizonte.  TEXTO DE FLÁVIA VALE - MILITANTE DA LER - QI

NOTAS DO FPSO-BH / ELIANA SILVA



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Congresso Justiça de Transição / IHG: A condenação Brasileira na Corte Interamericana de direitos Humanos

PROGRAMAÇÃO:
 CONGRESSO JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO E 120 DA FDUFMG
DATA: 29 DE MAIO A 1° DE JUNHO
Coordenador Científico: Prof. Dr. Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira 
e Prof. Ms. Emílio Peluso
29/05 (terça-feira)
MANHÃ TARDE NOITE


(18 horas)Conferência de Abertura:Do Brasil autoritário para um Brasil Democrático: O processo de transição brasileiro.Prof. Dr. Oscar Vergara – Universidade da Coruña – Espanha Prof. Dr. Paulo Abraão – PUCRS/ Secretário Nacional de Justiça
30/05 (quarta-feira)
MANHÃ TARDE NOITE
10h – Painel:O marco Jurídico internacional e constitucional para a criação de uma justiça de transição.Prof. Dr. José Luiz Quadros – Faculdade de Direito UFMG Inês Virginia Prado Soares – Procuradora da República
Prof. Dr.Menelick de Carvalho Netto UNB
14h – Grupo de Trabalho: Direitos Humanos e CidadaniaNilmário MirandaLocal: 4º andar da Pós-Graduação 17h30 – Painel:
 A condenação Brasileira 
na Corte Interamericana 
de 
direitos Humanos.
Adpf 153.
Prof.Fernando Galvão Faculdade de Direito UFMG
Prof. Dr. 
Heloísa Greco–IHG
31/05 (quinta-feira)
MANHÃ TARDE NOITE
10h – Painel:  Direito à memória e à verdade: O silenciamento da História – o passado e o futuro na construção política.Prof. Dr. José Carlos Moreira da Silva Filho – PUC-RS Prof. Ms. Renan Quinalha USP – Idejust
Profª. Drª.Heloisa Starling – Fafich -UFMG
14h – Grupo de Trabalho: Práticas e prevenções de tortura Conselho Estadual de Direitos Humanos Local: 4º andar da Pós-Graduação 18h – Painel: A criação da comissão da verdade para quem?Prof. Dr. Marcelo Cattoni – Faculdade de Direito – UFMG Profª. Dra. Katya Kozicki – UFPR
Dr. Márcio Santiago – Comissão Direitos Humanos – OAB
01/06 (sexta-feira)
MANHÃ TARDE NOITE
10h – Painel:O que restou da Ditadura: a necessidade das reformas institucionais para efetivar o Estado Democrático de Direito.Prof. Dr. Vladimir Safatle – USP Prof. Dr. Juarez Guimarães – Departamento de Ciência Política – UFMG 14h – Mesa-Redonda:desafios e perspectivas da Comissão da Verdade.Prof. Dr. Daniel Araão Reis – UFF Paulo Vannuchi – ex-secretário nacional de Direitos Humanos
Prof. Dr. Cristiano Paixão – Unb
17h – Painel de Encerramento:Tortura, Perseguição e Resistência: a atuação do movimento estudantil na efetivação do Estado Democrático de Direito.
Samarone Lima – Escritor – Autor do Livro sobre José Carlos da Mata Machado
Ms. Wilkie Buzatti Antunes – Projeto República – UFMG
João Batista dos Mares Guia – Sociólogo
Bernardo Mata Machado – cientista político

RESTOS MORTAIS DE POCHO

Alberto "Pocho" Mechoso, presente!

Os restos mortais de Alberto “Pocho” Mechoso foram encontrados nessa quarta-feira, dia 23 de maio. Fundador da Federação Anarquista Uruguaia (FAU), organização anarquista especifista, “Pocho” também foi sindicalista na Federação dos Operários da Carne e militante ativo da Organização Popular Revolucionária 33 Orientais (OPR-33), braço armado da FAU que dava apoio a greves e realizava sequestros de patrões e expropriações para financiar a luta.

Em seus últimos anos de vida, “Pocho” militou no Partido Pela Vitória Popular (PVP), organização que dissolveu a FAU dentro de si. “Pocho” se manteve junto a outros companheiros da FAU dentro do PVP com a intenção de refundar a organização especifista. Preso em Buenos Aires em 26 de setembro de 1976, seu corpo foi encontrado com outros sete no fundo do mar, dentro de barris com cimento.  Relembramos esse companheiro que mesmo sem termos conhecido é muito querido por nós. Seu exemplo militante estará presente em nossa luta, hoje e sempre.

Libertad o muerte!
Ni olvido, ni perdon!
Hasta siempre, Pocho!
Arriba los que luchan!

Bruno, OASL


Reproduzimos abaixo a tradução de um fragmento do livro “Ação Direta Anarquista: Uma História da FAU” e de uma carta escrita por “Pocho” antes de sua fuga para a Argentina.


Alberto “Pocho” Mechoso – Fragmento tirado do livro “Ação Direta Anarquista: Uma história da FAU”

ALBERTO “POCHO” MECHOSO, ANARQUISTA E EXPROPRIADOR

Nasceu em Trinidad, no departamento de Flores. Ali fez seus dois primeiros anos de escola, que continuaria depois em Montevidéu. Não conseguiu terminar o primário. De família de trabalhadores que tinham renda insuficiente, aprendeu a compartilhar as dificuldades com seus quatro irmãos.

A família, cansada de uma situação que não oferecia possibilidade alguma de melhora, emigrou para Montevidéu. Era questão de tentar a sorte, como tantos vizinhos que já haviam partido para esta aventura. A rua Ansina, no bairro Palermo, foi onde fez suas primeiras amizades montevideanas e imediatamente formou uma turma de amigos. O beiral da Escola da rua Gaboto foi testemunha de alguns castigos que sofreu por responder aos professores. Era rápido e agudo para questionar sobre as coisas que considerava erradas.

La Teja e o Cerro foram os bairros que o viram crescer. Três irmãos se tornaram anarquistas e em sua casa o libertário passou a ser tema de todos os dias. Perguntava, tinha simpatia, seu espírito rebelde o aproximava dessa ideologia que reclamava justiça para os pobres e que não a pedia de joelhos.

Mais adiante trabalhou na Indústria da carne e durante uma longa greve acabou demitido. Foi então feirante por um tempo junto com alguns de seus irmãos. Não existia a FAU ainda, havia sim uma Agrupação Anarquista Cerro-La Teja e o Ateneu Livre também Cerro-La Teja. Começou a militar na Juventude do Ateneu.

Corria já mais da metade da década de 1950, nesse momento o trabalho era escasso. A crise econômica já começava a golpear forte aos lares operários. Com um grupo de jovens como ele, amigos entre si e quase todos simpatizantes libertários, começaram a falar de finanças para montar uma cooperativa de trabalho e doar uma parte para a reluzente FAU. Finalmente decidiram expropriar um Banco do Paso del Molino: La Caja Obrera.

Foi um trabalho cuidadoso, estudado em seus detalhes. Encontraram uma quantidade de dinheiro maior do que a esperada. Fizeram a doação e deixaram o resto para o objetivo acordado. Foi este, por acaso, o primeiro Banco expropriado no Uruguai.

Um ano depois acabou preso vinculado a tal episódio.

Ficou seis anos detido: em Miguelete e Punta Carretas. Lia muito na prisão, por exemplo: “Nacionalismo e Cultura” de Rocker, “Vida e pensamento de Malatesta” de Luiggi Fabbri, “A Revolução” de Landeur, romances. Em um pacote, semanalmente recebia pelo menos um livro.

“- Como são esses guerrilheiros, eles seguirão a fundo?”, perguntava em uma visita em meados de 1959. Acompanhava com grande interesse o processo cubano.

Saiu da prisão com mais formação política e imediatamente tomou contato com a FAU. Iniciaram-se conversas para definir seu posto de militância. Mauricio (Gatti) foi o primeiro a pensar que haveria que incorporá-lo em atividades do tipo armado.

“Pocho” tinha reflexos rápidos, bom trato para acomodar as pessoas, jovial, rebelde e determinado, tudo isso o fazia uma pessoa singular. Gostava das piadas, brincava com questões sérias, fazia piadas sobre si mesmo e a militância engajada. Mas isto era acompanhado de uma profunda fé no que fazia e de respeito verdadeiro pelo trabalho. Era bom nas operações mas não subestimava nada, sempre queria analisar bem os detalhes.

Finalmente, foi, na formação da OPR, uma peça fundamental em todo o trabalho organizativo e também em estimular confiança nos companheiros que estavam começando. Aqui verteu sua experiência e sua decisão. Integrou, como encarregado, a primeira equipe operativa quando se resolveu encarar a atividade armada de forma específica e continuada. Realizou no princípio, com sua equipe precursora, expropriações bancárias decididas pela Organização e que foram vitais para o desenvolvimento dos projetos em curso. Depois atuou em diversas operações, entre elas a retenção de burgueses.

Formou parte da Aguilar [*] e sua experiência e firmeza foram contribuições inestimáveis neste organismo que tinha a responsabilidade da ação armada da Organização.

Caiu preso, foi selvagemente torturado, resistiu com integridade pouco comum e sozinho protagonizou uma fuga espetacular de um quartel. Recuperou-se de cortes nas mãos e das costelas quebradas e, por decisão da FAU, mudou-se para a Argentina. Ali se reintegrou imediatamente às atividades.

Capturado, sofreu novamente torturas no Pozo de Orletti [prisão clandestina]. Hoje é um dos companheiros que figura como desaparecido. Pocho, seu apelido público, ou Martín, seu nome de batalha, manteve sempre seus costumes, sua cultura de bom homem do povo. Menino do bairro, na boa rua, autodidata, leitor, modesto e com um profundo sentimento de pertencimento aos de baixo, deixou uma marca indelével.

Sabemos que (ele compartilhou disso completamente) não são as pessoas por si só que produzem o desenvolvimento e permanência de uma Organização. É uma quantidade de esforços de muita gente que produz algo fecundo. É nesse contexto que apontamos esta contribuição militante. No entanto, é certo que no marco deste conjunto imprescindível há companheiros com contribuições excepcionais. “Pocho” e “Santa Romero”, sem dúvida, foram exemplo disso.

[*] A OPR-33 se organizava em “células” ou equipes de 3 ou 6 pessoas, duas ou três das quais se uniam pra formar unidades de trabalho (operativa, de serviços ou de informação). Aguilar era o corpo responsável por articular essas unidades. (NT)

Texto original em: http://federacionanarquistauruguaya.com.uy/2012/05/24/alberto-pocho-mechoso-fragmento-tomado-del-libro-accion-directa-anarquista-una-historia-de-fau/

Tradução: Khaled, Coletivo Anarquista Bandeira Negra

Alberto “Pocho” Mechoso – Hoje e sempre – Viva os que lutam!!!

Alberto Mechoso Méndez (Pocho)
1936-1976

Esta carta foi escrita após sua estada na 5ª sede da Artilharia, quartel localizado ao lado do Cemitério Norte, do qual fugiu. “Pocho” desapareceu na Argentina como militante da FAU no interior do mar de militantes que foi o PVP de 1976.

Companheiros:

Desde 6 de agosto até agora, eu acho que aprendi mais, muito mais do que me ensinaram os 6 anos que passei em Punta Carretas; me parece que aprendi muito mais que nos 35 anos que tenho de vida. Por um lado está a experiência de dentro do Quartel, o enfrentamento aos carrascos, as mãos solidárias dos companheiros. Por outro lado o que passou depois, do lado de fora. Na noite seguinte à fuga me vi na televisão.

Me requeriam por “estar vinculado a…” e em nenhum lado uma só linha do que realmente havia passado. Depois novas listas de exigências. Uma delas era encabeçada por minha companheira. Me informei que a casa onde vivia com minha mãe, com minha companheira e meus filhos estava fechada, em custódia das Forças Conjuntas. Me informei que um militar com várias patentes disse que essa casa só seria devolvida se eu me entregasse.

E tudo isto que eu vivo tão intensamente, o estão vivendo, de um modo ou outro, centenas de milhares de orientais [uruguaios]. São muitos os pequenos separados de seus pais porque estão presos ou porque precisam ir a outros lados buscar o trabalho que aqui não encontram. São muitas as mães que não veem seus filhos porque estão sendo perseguidas ou porque trabalham de sol a sol para ajudar a encher a panela. São muitas as mulheres que ao final de uma vida de trabalho não têm um teto onde abrigar-se, porque não podem pagar com suas aposentadorias miseráveis ou porque a mente podre dos carrascos vinga sobre elas a rebeldia dos filhos que com imenso carinho elas souberam criar.

E ante tudo isto, que outro caminho nos resta? Ante tudo isto, de que maneira vale a pena viver a vida?

Há um só caminho, há uma só maneira de viver sem sentir vergonha: lutando. Ajudando para que a rebeldia se estenda por todos os lados, ajudando para que se unam o perseguido e o homem sem trabalho, ajudando para que o “sedicioso” e o operário explorado se reconheçam como companheiros, aprendam lutando que têm à frente um inimigo comum. Por tudo isso, companheiros, quero que me guardem um lugar… por tudo isso não vou tardar em voltar. Liberdade ou Morte.

“Pocho”

Texto original em: http://federacionanarquistauruguaya.com.uy/2012/05/23/alberto-pocho-mechoso-hoy-y-siempre-arriba-los-que-luchan/

Tradução: Khaled, Coletivo Anarquista Bandeira Negra

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Reconstrução 
do Fórum Permanente 
de Solidariedade às Ocupações - BH

(...)Uma cidade sem portas,
de casas sem armadilha,
um país de riso e glória
como nunca houve nenhum.
Este país não é meu
nem vosso ainda, poetas.
Mas ele será um dia
o país de todo homem.
(Carlos Drummond de Andrade,
A cidade prevista em A rosa do povo)

Este documento é uma proposta de discussão: constitui reflexão sobre o papel de um coletivo que se propõe a reconstruir um Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações-BH. Tal reflexão envolve duas questões fundamentais:
• o caráter deste coletivo; e
• este é o ponto mais delicado – a relação estabelecida entre as esquerdas nesta construção.
A seguir, um pequeno histórico. Começamos a nos articular quando várias famílias das comunidades Dandara, Camilo Torres, Irmã Dorothy e Torres Gêmeas acamparam em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro de 2010. Estas famílias foram ali covardemente agredidas pela Guarda Municipal e a tropa de choque da PMMG, não foram poupadas sequer mulheres e crianças. Fez-se necessário, então, unir as esquerdas e os movimentos populares para apoiar e garantir a resistência destas comunidades quanto aos ataques promovidos pela Prefeitura, o Governo do Estado, o poder judiciário e o capital imobiliário, os quais expulsam os pobres da cidade para torná-la propriedade exclusiva da burguesia. Nesta luta foi constituído o Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações-BH como um coletivo político que se organiza de modo horizontal, formado por moradores destas comunidades, movimentos populares, movimentos sociais, coletivos autônomos e independentes, sindicatos e centrais sindicais, entidades e organizações de esquerda. O Fórum colocou-se contra este modelo excludente, segregacionista e militarizado de cidade, fundamentado na criminalização dos movimentos sociais e na guerra generalizada contra os pobres. Todo este dispositivo – que joga, sistematicamente, milhares de homens, mulheres, jovens, crianças e idosos nas ruas, espoliados de tudo – foi concebido para privilegiar uma minoria que lucra através da especulação imobiliária e da exploração sobre a classe
trabalhadora.
O Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações-BH atuou efetivamente em BH por mais de um ano. A partir e por meio da própria intensidade
da luta, contribuiu para a denúncia e ampliação da visibilidade do problema e para a discussão de sua causa: a hegemonia de governos que beneficiam o capital. Parte das entidades propôs o avanço no debate sobre questões de fundo – como o combate
à remuneração da propriedade - para produzir democraticamente uma perspectiva estratégica. Esta discussão apontava para a superação do taticismo e do imediatismo que limitam nossas ações. Houve discordâncias que levaram ao não cumprimento dos princípios e normas de atuação coletiva decididas em reuniões do próprio Fórum.
Como isso não foi debatido política e fraternalmente, não se consolidou o desejado caráter sistemático e permanente da luta. O saldo organizativo foi esvaziado, além disso, por certa idéia de territorialidade - incorporada por alguns companheiros – que nos parece incompatível com os princípios de horizontalidade, transparência e unidade
na ação, que são aqueles defendidos pelo Fórum.
De outubro de 2010 para cá, o processo evoluiu, mas, por tratar-se de processo histórico, não o fez de maneira linear. Mais duas ocupações foram realizadas – a Zilah Spósito Helena Greco (2011) e a Eliana Silva (abril/2012). A Comunidade Dandara - que fez agora 3 anos - se firmou como a maior ocupação de MG. A Camilo Torres (a mais antiga) e a Irmã Dorothy continuam, como as outras, resistindo às investidas do capital. Houve uma violenta ofensiva por parte deste: todas as ocupações estão sob ameaça iminente de despejo, os mandados de reintegração
de posse foram expedidos e estão ativos. A proximidade dos chamados mega-eventos– Olimpíadas e Copa do Mundo – exacerbou a sanha do governo municipal de Márcio Lacerda, do governo estadual de Anastasia e do governo federal de Dilma
Roussef, na perspectiva da higienização da cidade e da privatização do espaço público. Sabemos, por outro lado, tratar-se de questão estrutural – por isto mesmo nossa luta deve ser permanente na perspectiva da construção de um projeto socialista
para a cidade.
Com o esvaziamento organizativo do Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações-BH continuamos articulados em uma rede de apoio às ocupações. Esta procurou responder, da maneira mais satisfatória possível, às demandas imediatas colocadas pela luta das comunidades. Conseguimos acumular alguns avanços, mas não equacionar a questão fundamental de imprimir sistematicidade, permanência e horizontalidade à nossa ação.
Precisamos forjar um patamar de discussão e convivência política que passe pelo estabelecimento de princípios dos quais não podemos abrir mão: todos eles dizem respeito à luta contra o capital e à construção de um projeto socialista. Dizem respeito também à ética, lealdade e companheirismo: as divergências que existem, mais do que reais, são desejáveis, mas devem ser tratadas politicamente.
Não podemos perder de vista que temos um poderoso inimigo comum, que não tem cessado de vencer. A luta continua. Propomos a retomada do Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações-BH para que possamos realizá-la com maior eficácia. Este Fórum não só deve apoiar e solidarizar, como também
defender, resistir e combater pelo direito à moradia - sempre a partir da perspectiva dos moradores destas comunidades, respeitando suas próprias decisões. Lutamos contra o latifúndio urbano e rural. Somos , consequentemente, a favor da realização radical da reforma agrária e urbana. Lutamos contra o despejo destes trabalhadores e trabalhadoras que construíram suas casas com as próprias mãos e povoaram de sonhos terrenos abandonados. Lutamos por um modelo de cidade socialista e libertário, que incorpore as necessidades e as conquistas da classe trabalhadora: uma cidade sem portas, de casas sem armadilhas, como previu o poeta.

Assinam este documento: Associação dos Geógrafos Brasileiros/AGB-BH, Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas/AMES-BH, Brigadas Populares/BPs, DCE-Fumec, Fórum Social Mundial-MG/FSMMG, Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania/IHG, Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas/MLB, Movimento Marxista 5 de Maio/MM5, Partido Comunista Brasileiro/PCB, Partido Socialismo e Liberdade/PSOL, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado/PSTU, União da Juventude Revolucionária/UJR.

Belo Horizonte, 8 de maio de 2012

domingo, 27 de maio de 2012

ENCONTRADO O CORPO DO MILITANTE ANARQUISTA ALBERTO "POCHO" MECHOSO (FAU)

TEXTO ENCAMINHADO 
NA WEB PELA LA FACA ARGENTINA

Fueron encontrados los restos del compañero Alberto "Pocho" Mechoso, militante de la Federación Anarquista Uruguaya (FAU), secuestrado y "desaparecido" por militares uruguayos y argentinos el 26 de septiembre de 1976.
Habia sido secuestrado, torturado, asesinado y arrojado a las aguas del canal de San Fernando, junto a otrxs siete luchadorxs. Sus restos se acaban de identificar a través de estudios realizados por el Equipo Argentino de Antropología Forense (EAAF)

Desde la FACA enviamos un abrazo solidario a lxs familiares y compañerxs del pocho mechoso, y levantamos nuestro puño de lucha y de repudio contra este sistema injusto, contra el estado criminal y asesino.

La memoria viva de cada unx de lxs luchadorxs que han dado su vida por sus ideas, poniendo el cuerpo con convicción, nxs aferra y nxs empuja a continuar luchando sin prisa pero sin pausa por destruir este sistema injusto y construir sobre sus ruinas una sociedad de libres e iguales.

Hoy como cada dia
Abajo el estado!!
Viva la Anarquía!!

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Carta de Alberto “Pocho” Mechoso Méndez

Escrita durante su estadía en el 5to. de Artillería, cuartel ubicado el costado del Cementerio Norte, del cual se fugó.


Compañeros:


Desde el 6 de agosto hasta ahora, me parece que he aprendido más, mucho más de lo que me enseñaron los 6 años que pasé en Punta Carretas, me parece que he aprendido mucho más que en los 35 años que llevo de vida. Por un lado está la experiencia de adentro del Cuartel, el enfrentamiento a los verdugos, la mano solidaria de los compañeros. Por el otro lo que pasó después, afuera. La noche siguiente a la fuga me vi. en la televisión.


Me requerían por ‘sabérsele vinculado a…’ y en ningún lado una sola línea de lo que realmente había pasado. Después leí nuevas listas de requeridos. Una de ellas la encabezaba mi compañera. Me enteré que la casa donde vivía con mi madre, con mi compañera y mis hijos, estaba sellada, custodiada por las Fuerzas Conjuntas. Me enteré que un militar con varios galones, dijo que esa casa sólo iba a ser devuelta si yo me entregaba.


Y todo esto que uno vive tan intensamente, lo están viviendo de un modo u otro, centenares de miles de orientales. Son muchos los chiquilines separados de sus padres, porque están presos o porque tienen que irse a otros lados a buscar el trabajo que aquí no encuentran. Son muchas las madres que no ven a sus hijos, porque están perseguidas o porque trabajan de sol a sol para ayudar a parar la olla. Son muchas las mujeres que al final de una vida de trabajo no tienen un techo donde guarecerse, porque no pueden pagar con jubilaciones miserables, o porque la mente podrida de los verdugos venga en ellos la rebeldía de los hijos que con inmenso cariño ellas supieron criar.


Y ante todo esto, ¿qué otro camino nos queda? Ante todo esto, ¿de qué manera vale la pena vivir la vida?


Hay un solo camino, hay una sola manera de vivir, sin vergüenza: peleando. Ayudando a que la rebeldía se extienda por todos lados, ayudando a que se junten el perseguido y el hombre sin trabajo, ayudando a que el ‘sedicioso’ y el obrero explotado se reconozcan como compañeros, aprendan luchando, que tienen por delante un mismo enemigo. Por todo eso, compañeros, quiero que me hagan un lugar… por todo eso no voy a tardar en volver. Libertad o Muerte.


“Pocho”


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ALBERTO “POCHO” MECHOSO, ANARQUISTA Y EXPROPIADOR


Nació en Trinidad departamento de Flores. Ahí hizo sus dos primeros años de escuela la que continuaría después en Montevideo. No alcanzó a terminar la primaria. De familia de trabajadores que tenían un ingreso insuficiente, aprendió a compartir dificultades con sus cuatro hermanos.


La familia cansada de una situación que no ofrecía posibilidad de mejora alguna, emigró hacia Montevideo. Era cuestión de probar suerte, como tantos vecinos que ya se habían largado a la aventura. La calle Ansina, barrio Palermo, fue donde hizo sus primeras amistades montevideanas, enseguida formó barra. El alero de la Escuela de la calle Gaboto fue testigo de algunos plantones que sufriera por responder a los maestros. Era rápido y agudo para la protesta sobre cosas que consideraba estaban mal.


La Teja y el Cerro fueron los barrios que lo vieron crecer. Tres hermanos se hicieron anarquistas y en su casa lo libertario pasó a ser tema de todos los días. Preguntaba, sentía simpatía, su espíritu rebelde lo acerca a esa ideología que reclamaba justicia para los pobres y que no la pedía de rodillas.


Más adelante trabajó en la Industria de la carne, durante una larga huelga quedó despedido. Fue, entonces, por un tiempo feriante junto con algunos de sus hermanos. No existía la FAU aún, había sí una Agrupación Anarquista Cerro-La Teja y el Ateneo Libre también Cerro-La Teja. Comenzó a militar en la Juventud del Ateneo.


Corría ya más de la mitad de la década de 1950, en ese momento escaseaba el trabajo. La crisis económica ya empezaba a golpear fuerte a los hogares obreros. Con un grupo de jóvenes como él, amigos entre sí y casi todos simpatizantes libertarios, comenzaron a hablar de finanzas para montar una cooperativa de trabajo y donar una parte a la flamante FAU. Finalmente decidieron expropiar un Banco del Paso del Molino: La Caja Obrera.


Fue un trabajo prolijo, estudiado en sus detalles. Encontraron una cantidad de dinero mayor a la esperada. Hicieron la donación y dejaron el resto para el objetivo acordado. Fue este, casualmente, el primer Banco expropiado en Uruguay.


Un año después cayó preso vinculado a tal episodio. Estuvo seis años detenido: en Miguelete y Punta Carretas. Salió de prisión con más formación política, tomó enseguida contacto con la FAU. Se iniciaron conversaciones para ver su puesto de militancia. Mauricio (Gatti) fue el primero en plantear que había que incorporarlo a actividades de tipo armado.


Pocho era de reflejos rápidos, de buen visteo para ubicar a la gente, jovial, rebelde y de mucha decisión, todo ello lo hacía una persona singular. La gustaban las bromas, desolemnizaba cuestiones serias, hacía chistes sobre sí mismo y la militancia jugada. Pero esto, acompañado de un fondo de fe en lo que hacía y de respeto de verdad por la tarea. Era bueno operando pero no subestimaba nada. Siempre quería ver bien los detalles.


Fue finalmente en la formación de la OPR una pieza fundamental en todo el trabajo organizativo, también en insultar confianza a los compañeros que empezaban. Aquí volcó su experiencia y su decisión. Integró como encargado el primer equipo operativo cuando se resolvió encarar la actividad armada en forma específica y continuada. Realizó en los comienzos, con su equipo precursor, expropiaciones bancarias resueltas por la Organización y que resultaban vitales para el desarrollo de los proyectos en curso. Después actuó en diversos operativos, entre ellos retención de burgueses.


Cayó preso, fue salvajemente torturado, resistió con entereza poco común y solo protagonizó una fuga espectacular desde un cuartel. Se repuso de cortaduras en las manos, costillas fisuradas y por acuerdo de FAU, se trasladó a la Argentina. Allí se reintegró de inmediato a las actividades.

TEXTO ENCAMINHADO NA WEB PELA LA FACA ARGENTINA.
Capturado sufrió nuevamente torturas en el pozo de Orletti. Hoy es uno de los compañeros que figura como desaparecido. Pocho era el sobrenombre público, o Martín que era el nombre de batalla, mantuvo siempre sus costumbres, su cultura de hombre bien del pueblo. Muchacho de barrio, con la calle de la buena, autodidacta, lector, modesto y con un profundo sentido de pertenencia a los de abajo dejó una marca imborrable.

Lo sabemos, él lo compartió totalmente, no son personas solas las que producen el desarrollo y permanencia de una Organización. Son una cantidad de esfuerzos de mucha gente lo que resulta fecundo. En tal contexto es que ubicamos este aporte militante. Pero, cierto es, que en el marco de este conjunto imprescindible hay compañeros con aportes excepcionales. Pocho y el Santa Romero sin duda, fueron ejemplo de ello.


Fragmento tomado del libro "Acción Directa Anarquista: 

Una historia de FAU”

segunda-feira, 21 de maio de 2012

3º MAIO DE RESISTÊNCIA - SÁBADO , DIA 26/05/2012, ÀS 16H.



























        


Camaradas do COMPA ( COLETIVO MINEIRO POPULAR ANARQUISTA) , estão articulando a presença de Rafael - militante da FARJ ( FEDERAÇÃO ANARQUISTA DO RIO DE JANEIRO).

IMAGEM ABAIXO : CARTAZ DO JORNAL, A PLEBE - 1927.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

REALIZADO O ATO NACIONAL PELA MEMÓRIA, A VERDADE E A JUSTIÇA EM BH - 03/05/2012


                                      Carta encaminhada aos moradores da rua Luiz Soares da Rocha - pela mudança deste nome que é de um torturador e assassino de presos políticos durante a ditadura militar. Os moradores  aderiram ao ato. Houve a presença de uma moradora cujo marido foi torturado pelo próprio Luiz Soares da Rocha.No ato foi proposto a mudança do nome da rua para João lucas Alves, militante dos Comandos de Libertação Nacional/COLINA, assassinado sob tortura pela equipe de Luiz Soares da Rocha, na Delegacia de Furtos e Roubos de BH, em março de 1969.

Leiam e divulguem a carta:

terça-feira, 1 de maio de 2012

ATO NACIONAL PELA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA! QUINTA, DIA 03 DE MAIO DE 2012, ÀS 8H DA MANHÃ NO BAIRRO LUXEMBURGO/BH



* DIA 03 DE MAIO DE 2012, ÀS 8H DA MANHÃ
 - ATO NACIONAL PELA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA

*DIA 08 DE MAIO DE 2012, ÀS 11H - DEBATE NA ARENA DA FAFICH/UFMG 

Torturador LUIZ SOARES DA ROCHA
Torturador LUIZ SOARES DA ROCHA