"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

segunda-feira, 30 de março de 2015

ENCONTRO ANUAL DE ESTUDOS DE MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA - 11/04/2015


















ENCONTRO ANUAL DE ESTUDOS DE MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA - 1ª edição (2015)

Sábado, dia 11/04/2015, às 14H
Local: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG)
Rua Hermilo Alves, 290, Santa Tereza - BH/MG

LEITURA DO TEXTO PARA DEBATE: 

AB'SÁBER, Tales. Brasil, a ausência significante política (uma comunicação). In: TELES, Edson e SAFATLE, Vladimir (orgs.). O que resta da ditadura. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 187-202

*Solicitamos a todas e todos que venham com o texto lido em mãos.

Texto para impressão:
http://www.4shared.com/office/0hAmtSpZba/ABSABER_Tales__Brasil_a_ausnci.html


Texto para leitura:
http://issuu.com/institutohelenagreco/docs/texto_encontro_memoria_verdade_e_ju

*Texto disponível no local para fotocópia.

Informações: 
institutohelenagreco.blogspot.com.br


institutohelenagreco@gmail.com

* Serão emitidos certificados para participantes.

Abril: 51 anos do golpe de 1964 - Ditadura nunca mais!


Evento em rede social:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=522807411190841&set=gm.472381902918676&type=1&theater


NOTA EM REPÚDIO ÀS DECLARAÇÕES REACIONÁRIAS, RACISTAS E INTERVENCIONISTAS DO JORNAL ESTADO DE MINAS SOBRE O D.A. FAFICH/UFMG




NOTA EM REPÚDIO ÀS DECLARAÇÕES REACIONÁRIAS, RACISTAS E INTERVENCIONISTAS DO JORNAL ESTADO DE MINAS SOBRE O D.A. FAFICH/UFMG
O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania vem a público repudiar com veemência o jornal Estado de Minas o qual, em matéria do dia 27/03/2015 cujo objeto é o espaço do Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, reiterou todo o reacionarismo e racismo contidos na sua linha editorial ao explicitar:
- a concepção de extrema direita compreendida no saudosismo em relação à ditadura militar banalizando e elogiando os tempos terríveis dos anos 1974-1985 – ordeiros, segundo os jornalistas (?) que assinam a matéria - como se não houvera a mais feroz repressão a estudantes, funcionárixs e professorxs da FAFICH, que estava sob intervenção.  A FAFICH era, então, um dos principais redutos do movimento estudantil de oposição à ditadura na UFMG;
- a concepção policialesca, racista, higienista e segregacionista da tentativa de consolidar a criminalização e estigmatizacão da juventude jovem e negra que frequenta os espaços da faculdade;
- a concepção preconceituosa, elitista e credencialista da tentativa de interdição daquele espaço a não estudantes – bem nos moldes da ditadura militar - passando por cima de que se trata de uma universidade pública que, por definição, deveria estar aberta a todas e todos, sobretudo às comunidades do entorno do campus;
- a concepção reacionária de histeria em relação às drogas, quando a discussão pela sua descriminalização e legalização é pautada em todo o planeta.
            O que é mais grave é a coincidência das posições deste arauto da mídia burguesa com a posição da burocracia universitária, que reza pela mesma cartilha. O racismo, o machismo e a LGBTfobia são estruturais na instituição. Os membros das comunidades indígenas são igualmente discriminados.   O campus da UFMG está cada vez mais militarizado, o que fica evidente no aumento exponencial de câmeras e todos os tipos de catracas e obstáculos; na precarização do espaço físico e dos serviços; e, sobretudo na ação do aparato repressivo contra estudantes, professorxs e funcionárixs. Há um convênio firmado entre a Polícia Militar e a reitoria. Esta formalizou, agora, sua intenção de intensificar vigilância e segurança – leia-se, mais repressão. Nas jornadas de junho/2013, o campus serviu de base para a Polícia Militar, as Forças Armadas e a Força Nacional de Segurança Pública que o invadiram – com a anuência da reitoria - para atacar e caçar estudantes e manifestantes.  A Segurança Universitária trata estudantes como inimigos, como ficou claro na repressão àquelxs que ocuparam a reitoria em 2014, que foram violentamente espancadxs.  Também em 2014, a PM invadiu o CAFCA e achacou estudantes. Lembramos ainda que, há sete anos (abril/2008), no IGC, uma sessão comentada de cinema – um documentário, vendido em bancas de revistas, sobre a descriminalização da maconha - foi interrompida a golpes de cassetete e bombas de gás lacrimogêneo pela Polícia Militar. Esta foi convocada e autorizada a agir pela reitoria.  Professorxs e estudantes foram atingidxs por cerca de cinquenta PMs em viaturas e helicópteros. Este tipo de repressão, portanto, é tradição na UFMG.
            Na manhã desta segunda-feira, (30/03/2015), a Congregação da FAFICH determinou o fechamento do D.A. por seis meses para revitalização, além da proibição de festas.  Sabemos que revitalização significa higienização/segregação.  Continua na FAFICH o projeto de destruição continuada do espaço político dxs estudantes e da comunidade.  
            Sabemos que a maneira de combater este cenário de violência institucional, midiática e policial é a auto-organização ampla e aberta de estudantes e funcionários, em conjunto com as lutas dxs trabalhadorxs, do movimento popular e das comunidades de periferia.  Reafirmamos nossa solidariedade com xs estudantes e com todas e todos que têm sido atingidxs neste processo.  Reafirmamos também a importância do resgate das luta contra a ditadura militar: não percamos de vista que o D.A. FAFICH/UFMG leva o nome de Idalísio Soares Aranha Filho, nosso companheiro Aparício, assassinado e desaparecido pela ditadura na Guerrilha do Araguaia.   

         - Abaixo o jornal Estado de Minas e a mídia burguesa!

         - Abaixo os desmandos da reitoria e da burocracia universitária!

         - Pelo desmantelamento do aparato repressivo! Pelo fim da Polícia Militar!                              

         - Pelo fim da criminalização de negras e negros, indígenas e pobres!

         - Pelo fim do racismo, do machismo e da LGBTfobia!

        - Por uma universidade pública, de qualidade, 
        aberta aos trabalhadorxs e às comunidades!

         - Pela luta independente realizada por estudantes, 
         trabalhadorxs e pelo movimento popular em relação 
         ao Estado, aos governos, às empresas e à institucionalidade!

Belo Horizonte, 30 de março de 2015
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG-BH/MG)

terça-feira, 24 de março de 2015

NOTA EM REPÚDIO À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL - 24 de março de 2014


Nota em repúdio à redução da maioridade penal
  
            O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania vem a público manifestar seu mais veemente repúdio à redução da maioridade penal para dezesseis anos (PEC 171/93 e outros 38 projetos apensados) cuja admissibilidade está em votação hoje (24/03/2015) na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. 

            Não aceitamos definitivamente que se consolide a criminalização da infância e da juventude deste país, que é campeoníssimo mundial em graves violações dos direitos humanos.  Segundo o censo de 2010, nossa população de adolescentes é de 34 111 038.  Destes, 20 532 estão privados de liberdade, confinados em verdadeiros depósitos onde são submetidos a maus tratos, torturas e, muitas vezes, são assassinados. Trata-se de número escandaloso: este é o país da política de encarceramento em massa, componente essencial da guerra generalizada estabelecida contra os pobres – é a quarta população carcerária do planeta. E, ainda assim, fabrica-se a lenda urbana de que nada acontece com os chamados jovens infratores! São também os jovens moradores da periferia – principalmente os negros - as principais vítimas da violência policial, das execuções sumárias e das chacinas periódicas.     Lembramos que a Polícia Militar brasileira é a que mais mata entre todos os países do mundo.

Este ataque à integridade de nossas crianças e adolescentes faz parte da prática sistemática de histeria punitiva do Congresso Nacional e do aparato midiático, sempre a serviço da exploração e da opressão capitalistas.  A Rede Globo, sempre ciosa em tentar legitimar o projeto burguês, começa esta semana insidiosa campanha – chamada de série de reportagens – exatamente sobre os jovens infratores.  Sabemos de que lado ela está.  As outras emissoras – como a SBT, a Band e a Record – , sobretudo em seus programas de jornalismo policial, também  exaltam a redução da maioridade penal.

Mais esta tentativa de consolidar a criminalização de nossa juventude constitui sinistra comemoração do 25º aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente. Tal iniciativa revela o reacionarismo e o obscurantismo intransponíveis do Congresso Nacional. Na mesma linha de aniquilamento de conquistas dos trabalhadores e dos movimentos sociais estão o Estatuto da Família e o Estatuto do Nascituro, que atacam brutalmente a comunidade LGBT e as mulheres.  Além destes, tramitam projetos de institucionalização da terceirização e precarização do trabalho – leia-se, institucionalização da exploração capitalista sem limites.  Não podemos definitivamente aceitar toda esta barbárie institucional!

 Não à redução da maioridade penal! Abaixo a PEC 171/93!

Tirem as mãos das nossas crianças e dos nossos jovens!

Abaixo a política de encarceramento em massa!

Por uma sociedade sem prisões e sem manicômios!

Belo Horizonte, 24 de março de 2015
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e cidadania 
(IHG-BH/MG)

segunda-feira, 23 de março de 2015

RODA DE CONVERSA EM REPÚDIO AO GOLPE DE 64 / PREPARAÇÃO DA ATIVIDADE DO DIA 25 - FIMVJ/MG























RODA DE CONVERSA EM REPÚDIO AO GOLPE DE 
64 / PREPARAÇÃO DA ATIVIDADE DO DIA 25

Quarta-feira, dia 1º de abril/2015, às 18h30min.
Local: IHG - Rua Hermilo Alves, 290, Bairro Santa Tereza - BH/MG

Neste mês de abril faremos duas atividades contra o golpe de 64 e contra a ditadura (1964-1985):

No dia 1º de abril, vamos fazer uma roda de conversa em repúdio aos 51 anos do golpe de 1964, à ditadura militar e aos seus desdobramentos nos dias de hoje - sempre na perspectiva da luta independente por memória, verdade e justiça. 

Neste dia, 1º de abril, vamos construir a outra atividade - REPÚDIO AO GOLPE DE 64! 51 ANOS! ABAIXO A DITADURA! - que será realizada no dia 25/04/2015.

Abaixo o golpe! Abaixo a ditadura!

Nem perdão, nem esquecimento, nem reconciliação: punição para os responsáveis por torturas, mortes e desaparecimentos durante a ditadura militar e para aqueles que cometem estes mesmos crimes contra a humanidade nos dias de hoje! Abaixo o terror de Estado e do Capital!


Divulgação no blog da FIMVJ/MG:

quinta-feira, 12 de março de 2015

REUNIÃO DA FIMVJ/MG - 18/03/2015












Reunião da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça/MG
*Quarta-feira, dia 18/03/2015, às 18h30min
Local: IHG - Rua Hermilo Alves, 290, Bairro Santa Tereza - BH/MG

Pauta:

quinta-feira, 5 de março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2015

 8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER:  
DIA DE LUTO E DE LUTA! 

            Estamos na metade da segunda década do século XXI e o Brasil continua a ser um dos campeoníssimos mundiais em violência contra as mulheres.  A situação é de barbárie.   Cresce exponencialmente o número de espancamentos, mutilações e estupros, dentro e fora de casa.  O país ocupa o sétimo lugar do planeta em quantidade de assassinatos de mulheres: segundo dados oficiais (que podem estar subestimados), foram mortas 43,7 mil mulheres entre 2000 e 2010 - a maior parte como resultado da violência doméstica.
 Há uma escalada do aviltamento das relações de trabalho: as mulheres trabalhadoras são as principais vítimas.  A chamada terceirização, a precarização intensiva e extensiva do trabalho – estratégia da exploração desenfreada do neoliberalismo – atinge sobretudo o trabalho feminino. 
A violência de Estado se abate em cheio sobre as mulheres. São elas que mais sofrem com a interdição do direito à cidade e com as remoções forçadas que estão na base do projeto de higienização, segregação e apartheid social imposto pelo sistema. Em Belo Horizonte, este projeto tem levado às máximas consequências a privatização e militarização da cidade sob o domínio do prefeito Márcio Lacerda (PSB e PSDB).  O aparato policial, militar e jurídico considera as pessoas em situação de rua, as ocupações rurais e urbanas, os moradores de morros, favelas e comunidades de periferia como forças oponentes, ou seja, inimigos a serem contidos, encarcerados e/ou exterminados.  As mulheres constituem a maioria nestas áreas e, quase sempre, são elas as responsáveis pelas crianças e idosos.
O Brasil é também campeão mundial em violência policial: é a Polícia Militar que mais mata no mundo. Esta repressão - que atinge o nível de genocídio - garante a liderança do país em mais duas modalidades: concentração de renda e desigualdade social. É preciso reprimir para explorar. Esta desigualdade caracteriza uma opressão de recorte muito preciso, marcada pelo gênero, pela classe e pela etnia: as mulheres negras trabalhadoras são, assim, triplamente discriminadas. O mesmo acontece com as companheiras das comunidades indígenas : tanto a violência sofrida por elas quanto a sua luta são invisibilizadas pelo sistema.  Afinal, o país tem no prontuário mais de 350 anos de escravidão e mais de 500 anos de opressão sobre a população originária, em fase final de extermínio. Nenhuma sociedade escapa incólume de tal barbaridade. Como a exploração e a opressão, o racismo é sistêmico e mata.  
Esta história escravocrata e patriarcal deixa marcas renitentes que têm consolidado o preconceito racial e também a misoginia, a lesbofobia e a transfobia. O reacionarismo institucional – presente em todas as instâncias do Estado - o totalitarismo de mercado, o sexismo do aparato midiático e o fundamentalismo cristão impõem políticas públicas nefastas como o Estatuto do Nascituro, os projetos anti-LGBT e a criminalização do aborto. Reacionarismo institucional e fundamentalismo cristão que são levados às máximas consequências pelos atuais presidentes do Senado e da Câmara Federal, Renan Calheiros e Eduardo Cunha – ambos do PMDB.  Este último tem feito investidas pesadas contra a pauta feminista e da comunidade LGBT. Chegou até a propor um Dia do Orgulho Hétero – a coisa beira o fascismo.  Para os donos do poder, as mulheres não podem ter direito sequer ao próprio corpo.   Tudo isto rebaixa o senso comum a tal ponto que a própria barbárie passa a ser banalizada.
Esta barbárie tem base material e caráter de classe muito determinados. Trata-se do projeto burguês, agora no seu formato dito neoliberal: exploração de classe e opressão de gênero são os dois lados da mesma moeda.   O governo Dilma Rousseff (PT, PMDB, PCdoB e demais aliados) está seguindo esta cartilha à risca – na mesma linha do projeto do PSDB de Alckmin, Aécio Neves, Anastasia e seus asseclas. São todos subordinados ao totalitarismo de mercado.  Todas as medidas do governo federal voltadas para o que tem sido chamado de reajuste econômico atingem em cheio as conquistas e os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores.  De novo: são as mulheres as mais atingidas. 
A luta feminista tem caráter contra hegemônico à medida que objetiva uma mudança radical na estrutura desta sociedade. Trata-se do combate pela erradicação do sexismo, machismo, patriarcalismo, falocentrismo, opressão de gênero, dominação burguesa e exploração capitalista, que se alimentam e se fortalecem mutuamente.   A luta feminista traz em seu bojo o resgate das energias utópicas, da independência e da radicalidade da luta anticapitalista.  É esta a história e a tradição do dia 8 de março.
  • Viva a luta das mulheres! Viva a luta feminista! Viva o dia 8 de março!
  • Pela legalização do aborto: direito ao aborto seguro e gratuito já!
  • Pelo fim dos assassinatos e da violência contra as mulheres! Abaixo o machismo e o sexismo!
  • Abaixo a misoginia, a lesbofobia e a transfobia! Abaixo o racismo!
  • Todo o apoio à luta das mulheres trabalhadoras; das moradoras das ocupações, das favelas e periferias; das comunidades quilombolas e indígenas na luta cotidiana contra a repressão!
  • Abaixo o terror de Estado e do Capital! Pelo fim de todo aparato repressivo! Pelo fim da Polícia Militar e todas as polícias!
Belo Horizonte, 8 de março de 2015
INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA (IHG-BH/MG)