sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

POLÍCIA NO CAMPUS NUNCA MAIS!

Imagem: montagem a partir de fotos divulgadas nas redes sociais.Fotos/Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10156917342146632&set=pb.613756631.-2207520000.1512764594.&type=3&theater
NOTA DE REPÚDIO À POLÍCIA FEDERAL E À JUÍZA RAQUEL VASCONCELOS ALVES LIMA – POLÍCIA NO CAMPUS NUNCA MAIS!

        O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania vem a público manifestar o mais veemente repúdio à operação montada pela Polícia Federal contra professores(as) e funcionários(as) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estes(as) foram conduzidos(as) coercitivamente, com o estardalhaço peculiar àquela corporação, no dia 06/12/2017. Cerca de cem policiais e agentes encapuzados fortemente armados foram mobilizados para invadir o campus da UFMG e conduzir coercitivamente funcionários(as) públicos(as) que têm residência fixa – não havia necessidade de caçá-los, ainda mais com um aparato dessas proporções. A truculência da Polícia Federal é sobejamente conhecida: ela tem no prontuário o fato de ter sido um dos órgãos mais violentos da chamada comunidade de informações da ditadura militar (1964-1985).

        Tal operação absurda se concretizou com a cumplicidade da juíza Raquel Vasconcelos Alves Lima, da 9ª Vara Criminal Federal, a qual descumpriu recomendação do Ministério Público Federal. Este, por sua vez, se mantém omisso em relação a tamanha arbitrariedade. A juíza é a mesma que, em 2013, concedeu alvará de soltura ao nazista skinhead white power Antônio Donato Baudson Peret, o Donato di Mauro, o qual se vangloriou nas redes sociais de ter espancado e enforcado com uma corrente uma pessoa negra em situação de rua, em Belo Horizonte. Além de Donato, a juíza concedeu alvarás de soltura para Marcus Vinícius Garcia Cunha e para João Matheus Vetter de Moura, todos pertencentes a um grupo organizado de neonazistas.

        A violação da autonomia universitária e a execução de uma medida de exceção absolutamente descabida e desproporcional como a condução coercitiva têm sido naturalizadas neste pessimamente chamado Estado democrático de direito que é, na verdade, um Estado penal - um Estado de exceção permanente.

Abaixo a repressão! Pelo fim de todo aparato repressivo!

Abaixo a justiça burguesa e golpista!

Pela autonomia universitária!

Em defesa dxs trabalhadorxs e da educação pública e gratuita!

Belo Horizonte, 8 de dezembro de 2017
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

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