quinta-feira, 30 de junho de 2022

ALEXANDRE MIRANDA (DENTIM): PRESENTE, HOJE E SEMPRE! 28/11/1980 - 29/06/2022

Com muita tristeza recebemos a notícia do falecimento do camarada Punk de BH.

Forte abraço de apoio e solidariedade aos familiares, amigas/os e companheiras/os de luta.

Belo Horizonte, 29 de Junho de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

Vídeo abaixo: Apresentação da banda Desespero / 9ª Velada Libertária - Instituto Helena Greco (29/12/2018). 

domingo, 26 de junho de 2022

26 DE JUNHO DE 2022: DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA A TORTURA!

Esta data marca a luta permanente contra a tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, instrumentos de poder fundamentais para a garantia da reprodução do sistema capitalista. O Brasil é um dos países que mais cometem estas graves violações dos Direitos Humanos. É também um dos campeões mundiais em desigualdade social e concentração de renda. Volta a ser o país da fome endêmica. Tem a maior letalidade policial nas chacinas periódicas e nas matanças cotidianas nos morros, favelas, campos e florestas. Tem a terceira maior população carcerária do mundo. É o primeiro em transfeminicídio. Por aqui institucionalizaram-se a tortura e o extermínio.

Vivemos a sedimentação do fascismo em ritmo de escalada. O hiper-militarizado, miliciano e ultraliberal governo Bolsonaro (PL)/Mourão (Republicanos) tem ódio mortal aos Direitos Humanos: é entusiasta da ditadura e tem como paradigmas matadores e torturadores contumazes. Adotou de vez como políticas de Estado o genocídio do Povo Negro e dos Povos Indígenas, o etnocídio, o epistemicídio, o ecocídio, o racismo, a misoginia, a LGBTQIAP+fobia, o patriarcalismo e o patrimonialismo. Seu projeto de poder é o aniquilamento definitivo das conquistas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais. É também o paroxismo do aviltamento do senso comum e das relações de convivência. Obscurantismo e negacionismo são métodos de governo.  O cenário recente de iniquidades  constitui síntese desta necropolítica abjeta.

Há um mês (25/05), em Umbaúba/Sergipe, Genivaldo de Jesus Santos foi executado por asfixia pela Polícia Rodoviária Federal, cuja viatura funcionou como câmara de gás. Genivaldo tinha 38 anos, era negro e usuário do serviço de saúde mental. Sua execução aconteceu a céu aberto e confirmou que camburões e caveirões são os atuais tumbeiros a serviço do racismo estrutural e do genocídio institucional do Povo Negro. 

No dia 05/06, o ativista indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram chacinados na região do Vale do Javari/Amazonas. Os métodos foram os mesmos da ditadura militar (1964-1985) contra as /os guerrilheiras/os do Araguaia (1972-1975): fuzilamento, esquartejamento e incineração dos corpos, na tentativa de fazê-los desaparecer. Esta chacina escancarou para o mundo o horror vivido pelos Povos da Floresta. Com respaldo do judiciário e da mídia corporativa, o governo Bolsonaro/Mourão e a bancada boi/bala/bíblia/jaula têm cumprido à risca seus desígnios: interdição à demarcação das terras indígenas; esbulho daquelas já demarcadas; devastação irreversível de um dos principais biomas do planeta – extermínio institucional dos Povos Indígenas e de seus saberes. Nos últimos anos, centenas de lideranças indígenas foram mortas, assim como trabalhadores rurais, vitimados pelo latifúndio, pelas empreiteiras, madeireiras e mineradoras. Os Povos Isolados são os mais atingidos.  Em abril, uma menina Yanomami de 12 anos foi estuprada e assassinada na Terra Yanomami (sul de Roraima). Sua aldeia foi queimada e toda a comunidade (25 indígenas) está desaparecida. Não houve investigação: a Polícia Federal declarou sumariamente que não havia indícios de crime. Por outro lado, o massacre de Bruno e Dom evidenciaram a pujança da luta dos Povos Indígenas, sempre banalizada e/ou invisibilizada: não fosse a combatividade da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVARI), os corpos não teriam sido encontrados e a investigação seria dada por concluída. Ficam as perguntas: quem são os mandantes? Cadê os Yanomami?

Ainda neste mês de junho, veio à tona a denúncia da extrema violência institucional sofrida pela menina catarinense de onze anos, grávida em consequência de estupro. Ao procurar o serviço de aborto legal a que tem direito, a criança foi novamente violentada pelo aparato hospitalar e jurídico, ao qual foi submetida. O Brasil tem uma das mais retrógradas leis de aborto da América Latina. Aqui o aborto ainda é criminalizado, com apenas três exceções: estupro, risco de vida para a mãe – situação da criança catarinense - e fetos anencéfalos. Mesmo assim, o hospital se recusou a fazer o procedimento e o judicializou. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina, então, protagonizou um dos mais escabrosos episódios de torturas e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes que se tem notícia. Chegou-se ao extremo de institucionalizar a criança, privando-a de liberdade e até do convívio com a mãe por 40 dias, para garantir que o aborto não fosse feito. No ano passado foi divulgado o caso semelhante da criança capixaba. Certamente não são casos isolados: o Brasil é também um dos campeões mundiais em número de estupros e gravidez de crianças e adolescentes. O patriarcalismo, a misoginia e o mais nefasto moralismo fundamentalista constituem política de Estado.

Em três anos e meio, o bolsonarismo empreendeu o desmonte total das políticas públicas voltadas para o direito à História, à Memória, à Verdade e à Justiça e das políticas públicas Antimanicomiais. Todas elas constituem árduas conquistas de décadas de luta dos familiares de mortos e desaparecidos políticos, dos movimentos de Direitos Humanos e das/os usuárias/os e trabalhadoras/es dos serviços voltados para a Saúde Mental. A sanha  privatista, proibicionista e punitivista dos governos federal, estaduais e municipais promovem o sucateamento do SUS e o fortalecimento das famigeradas comunidades terapêuticas. Estas são verdadeiras masmorras, campos de concentração e centros de torturas institucionalmente mantidos pelo poder público e geridos pelo fundamentalismo cristão e pelo lobby dos donos de hospitais e hospícios. Mais uma vez, a maioria das vítimas destas instituições é composta de negras/os, pobres e periféricas/os.

Em 1997, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou o dia 26 de junho como Dia Internacional em Apoio às Vítimas de Tortura. Neste dia entrou em vigor a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos Cruéis, Desumanos e Degradantes. O Brasil, só ratificou o seu protocolo facultativo em 2007. Consideramos este um dia de luto e luta. Nestes 25 anos, longe de ser erradicada, a tortura tem se institucionalizado e intensificado cada vez mais - no Brasil e no mundo. Sabemos que só o enfrentamento combativo, classista e independente poderá combater esta situação de barbárie. O combate à tortura é Antifascista, Anticapitalista, Antirracista e Anticolonial. Por definição, portanto, tem caráter internacionalista.

A radicalização desta luta na perspectiva instituinte é necessária para que possamos prestar o tributo devido a Genivaldo de Jesus Santos, Bruno Pereira, Dom Phillips, às lideranças indígenas e trabalhadoras/es rurais abatidas pelo terrorismo de Estado de ontem e de hoje e às/aos companheiras/os que tombaram na luta contra a ditadura. Lembrando que hoje a Passeata dos Cem Mil (Rio de Janeiro, 26/06/1968) faz 54 anos - uma das maiores manifestações contra a ditadura, em protesto contra a execução do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, no restaurante Calabouço (28/03/1968). Nossas homenagens também às vítimas do genocídio sanitário provocado pelo negacionismo bolsonarista ao longo desta pandemia de COVID-19. Nesta sexta-feira, foi ultrapassada a estarrecedora cifra de 670 mil óbitos! É com profunda tristeza que prestamos solidariedade às/aos familiares, companheiras/os e amigas/os.

DITADURA NUNCA MAIS! TORTURA NUNCA MAIS!

ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO!

FASCISTAS: NÃO PASSARÃO!

Belo Horizonte, 26 de junho de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

domingo, 12 de junho de 2022

ABERTURA DAS ATIVIDADES DA VELA NO BREU

No sábado, dia 11 de junho de 2022, foi realizada a Inauguração das Atividades da Associação Cultural Quilombo Vela no Breu, no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.

A programação iniciou às 9:00 horas da manhã com Oficina de Capoeira Angola com o Mestre João Angoleiro da Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (ACESA). Teve Roda de Capoeira Angola e foi oferecido almoço - feijoada com opção vegana.

Na parte da tarde houve roda de conversa: Quilombo e Resistência. As atividades foram encerradas à noite com roda de samba.

Estiveram presentes capoeiristas, mestres e contramestres de vários núcleos de BH e Região Metropolitana. Vieram também moradoras/es de Santa Tereza e militantes dos movimentos sociais.

A Associação Cultural Quilombo Vela no Breu divulgou sua agenda. Suas atividades educacionais, culturais e sociais acontecem no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – Rua Hermilo Alves, nº 290, Bairro Santa Tereza – BH/MG:

- Treinos de Capoeira Angola: Terças e Quintas – 19h às 21h;

- Aulas de Pandeiro: Quartas – 19h às 20:30h;

- Aulas de Percussão Completa: Sábados – 9h às 11h30.











Saudações a todes!

Belo Horizonte, 12 de Junho de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

ACESSE: @velanobreu

quinta-feira, 9 de junho de 2022

INAUGURAÇÃO DAS ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL QUILOMBO VELA NO BREU | SÁBADO, DIA 11/06/2022 – PROGRAMAÇÃO DE 9:00 ÀS 20H | LOCAL: INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA - BH/MG

“Salve, Salve! 

É com muita alegria e satisfação que convidamos a todes para a inauguração das atividades da Associação Cultural Quilombo Vela no Breu! 

Localizada no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, no bairro Santa Tereza, o Quilombo Vela no Breu visa promover atividades sociais, culturais, artísticas e educacionais para toda a comunidade!

Com a presença de grandes mestres das culturas afro brasileira, contamos também, com uma programação incrível e diversa. O evento acontecerá no sábado, dia 11 de junho, a partir das 9 horas. Será gratuito e aberto ao público.

Esperamos vocês para um dia de festa, com bastante capoeira, música, cultura, resistência e muito axé!

Venha participar com a gente!

Vem jogar mais eu, mano meu!

Axé!."


ACESSE: @velanobreu


https://www.instagram.com/p/CeWhuD-pta1/


https://www.facebook.com/quilombovelanobreu/photos/a.152937329705841/534606864872217


😷 EVENTO GRATUITO - ABERTO AO PÚBLICO 😷

 

sexta-feira, 3 de junho de 2022

LANÇAMENTO DO COMITÊ POPULAR BEAGÁ DE COMBATE À COVID


Aviso de Pauta/Covid


Epidemiologistas, infectologistas, entidades da área da saúde e movimentos sociais criam Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte e pedem volta do boletim epidemiológico

Preocupados com a flexibilização das medidas de combate ao coronavírus, o aumento dos casos e o aparecimento de uma variante mais agressiva e transmissível, infectologistas que faziam parte do comitê de enfrentamento à doença, criado pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2020 e encerrado em março deste ano, se uniram à entidades da área da saúde e movimentos sociais para recriar o grupo, agora com o apoio popular. O comitê, que contava com três infectologistas de renome e uma equipe responsável pela sistematização dos dados epidemiológicos, foi extinto, em março, pela nova secretária de Saúde de Belo Horizonte, Cláudia Navarro, nomeada recentemente pelo prefeito Fuad Nomam.

Batizado de “Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 em BH”, o grupo vai retomar o trabalho que foi feito durante o auge da pandemia, agora sem o apoio do município, mas em colaboração com a sociedade civil. O Comitê vai soltar um boletim semanal com os casos, que estão crescendo em toda a capital e região metropolitana, e também emitir notas técnicas e recomendações para evitar um novo surto da doença que matou na capital mineira cerca de 7800 pessoas.

As principais preocupações do comitê popular são o aumento da contaminação de crianças entre 5 e 11 anos, que estão com baixa adesão à vacinação, a pressão sobre os hospitais e a subnotificação com a chegada dos autotestes nas drogarias.

O Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 vai ser lançado no dia 3/06, às 15h, em entrevista coletiva, na Casa do Jornalista, com a presença de representantes das entidades que compõem o grupo técnico e entrevista coletiva dos infectologistas Carlos Starling, membro da Sociedade Mineira e Brasileira de Infectologia, Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da UFMG e doutor em doenças infecciosas e parasitárias - que integravam o comitê dissolvido - e pela presidenta do Conselho Municipal de Saúde, Carla Anunciatta.

A sede do Comitê será no Observatório de Políticas e Cuidados em Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG.

No dia da coletiva será apresentado o primeiro boletim epidemiológico do Comitê com os dados sobre o aumento da Covid-19, taxa de transmissão e recomendações técnicas para a população.

Conheça os integrantes do Comitê:

1- Carlos Starling (infectologista, Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia e consultor científico)
2- Cristina Alvim (coordenadora do Comitê de Enfretamento à COVID19 da UFMG)
3- Henrique Guerra (epidemiologista, professor da PUC-MG)
4- Unaí Tupinambás (infectologista, professor da Faculdade de Medicina da UFMG)
5- Dirceu Greco (médico infectologista, professor Emérito da Faculdade de Medicina UFMG)
6- Estevão Urbano, médico infectologista e presidente da Sociedade Mineira de Infectologia
7- Wanderson Oliveira (epidemiologista e secretário de Saúde do STF)
8- Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (núcleo mineiro)
9 - Associação de Usuários de Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais (ASUSSAM-MG)
10- Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte
11. Conselho Regional de Psicologia de MG
12. Diretório Central dos Estudantes da UFMG (DCE/UFMG)
13. Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania
14. Observatório de Políticas e Cuidados em Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG (sede do Comitê)
15. Pastoral da Saúde
16.Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais
17. Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais
18- Sindicato das Psicólogas e Psicólogos de MG

ENTREVISTA COLETIVA
DIA: 03/06 às 15h
ONDE: Av. Álvares Cabral 400 – Centro, em frente ao terminal que vai para o aeroporto de Confins
INFORMAÇÕES: (31) 982394231

OBS: Venham de máscara