terça-feira, 24 de maio de 2016

REALIZADO O VIIº MAIO DE RESISTÊNCIA - NOTÍCIA DO INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA


NOTÍCIA SOBRE O VIIº MAIO DE RESISTÊNCIA!

Foi realizada, na segunda-feira, dia 23 de maio de 2016, a 7ª edição do Maio de Resistência. Esta é  uma das atividades periódicas de formação e militância organizadas pelo Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania para membros, apoiadores, militantes em geral e interessados. O Maio de Resistência conta com a presença de categorias, movimentos classistas e populares.

Nesta edição houve a participação de Cleide Donária – trabalhadora da saúde de Belo Horizonte, servidora pública e sindicalista; Prof. Túlio Lopes – membro do Comando de Greve dos Professores da UEMG; Nilo Hallack, da Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres e José Pereira Gonçalves, da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental. O irmão de José Pereira Gonçalves, Renato Nathan, foi assassinado em Jacinópolis (Buritis/Rondônia) por policiais militares e pistoleiros a mando de latifundiários, em abril de 2012.

Cleide Donária denunciou o processo de desmonte e aniquilação da rede púbica de saúde perpetrado em Belo Horizonte pela prefeitura de Márcio Lacerda (PSB/PSDB). Denunciou também o programa em curso de precarização e demissão em massa, que já atingiu mais de 3 500 trabalhadores(as) da saúde, com ênfase nos contratados e terceirizados.  Destacou a importância da mobilização permanente dos(as) trabalhadores(as) da saúde para reverter este processo e garantir o direito universal à saúde pública gratuita e de qualidade.

Túlio Lopes traçou um painel do processo de precarização sofrido pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) desde sua criação, em 1989.  Este processo se agravou a partir de 2013, quando se deu o aprofundamento das investidas rumo à privatização da universidade.  O governo Fernando Pimentel (PT/PMDB) mantém esta política cujo desfecho pode resultar na destruição da UEMG.  Professores(as) da UEMG e da UNIMONTES estão em greve para impedir esta destruição e garantir uma universidade pública de qualidade, democrática e socialmente referenciada. Foram também denunciados os baixíssimos salários. Professores(as) da UEMG de Frutal/MG estão em greve e estudantes ocuparam universidade em apoio.

Nilo e José Pereira denunciaram as permanentes e sistêmicas perseguições, ameaças e assassinatos de trabalhadores(as) do campo e suas lideranças praticados em Rondônia pelo latifúndioEste é representado sobretudo por Carlos Faitaroni e sua Associação de Pecuaristas do Vale do Jamari – feroz grupo de extermínio; pelo governador do Estado, Confúcio Moura (PMDB); e pela Polícia Militar, comandada pelo Cel. Ênedy Dias. Destacou-se que o governo Dilma Rousseff (PT/PCdoB/PMDB e outros) manteve a política de concentração de terras, de favorecimento incondicional ao agronegócio, de violência e extermínio sistemático de trabalhadores(as) do campo, de comunidades indígenas e quilombolas. Jamais houve qualquer política de reforma agrária. Esta situação se agrava com o governo interino de Michel Temer (PMDB/PSDB/PP e outros) que empodera definitivamente setores abertamente fascistas como a bancada do agronegócio.  O terrorismo, o extermínio de trabalhadores(as) do campo e genocídio de comunidades indígenas e quilombolas, a guerra generalizada contra os pobres se consolidam cada vez mais como método de governo e política de Estado. Por outro lado, a luta independente dos trabalhadores(as) do campo radicaliza e se intensifica – é esta a única maneira de destruir o latifúndio e garantir a terra para quem nela vive e trabalha.

         Estiveram presentes nesta edição estudantes, trabalhadores(as) de várias categorias e militantes de entidades e movimentos sociais. Houve também a participação de estudantes do curso Interdisciplinar Saúde  e do curso de Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

         O VIIº Maio de Resistência foi organizado pelo Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania com o apoio do Coletivo Estopim de Porto Seguro/Bahia.

Todo apoio aos trabalhadores(as) da saúde!

Todo apoio aos trabalhadores(as) da educação da UEMG!

Todo apoio às ocupações dos(as) estudantes!

Viva a luta dos(as) trabalhadores(as) do campo!

Abaixo terrorismo de Estado e do capital!

Belo Horizonte, 24 de maio de 2016
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG-BH/MG).



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