terça-feira, 12 de julho de 2016

★ 80 ANOS DA REVOLUÇÃO ESPANHOLA!


80 ANOS DA REVOLUÇÃO ESPANHOLA!

A Guerra Civil Espanhola teve início no dia 18 de julho de 1936 com a tentativa frustrada de golpe militar nacionalista/monarquista contra o governo republicano da Frente Popular.  Através da ação armada de milícias formadas por socialistas, comunistas e anarquistas, a esquerda enfrentou a reação fascista.  A Guerra Civil Espanhola se estendeu por três anos (1936-1939).
A Revolução Espanhola, que teve seu curso durante Guerra Civil Espanhola (1936-1939), foi certamente uma das mais significativas manifestações de luta emancipatória na história da humanidade. Ao dar combate ao militarismo fascista e golpista da Falange Espanhola Tradicionalista de Franco e Primo de Rivera, anarquistas e extrema esquerda organizaram práticas que levaram às máximas consequências experiências vivenciadas de comunismo libertário.  Comunidades e cidades inteiras – sobretudo na Catalunha e em Aragão – socializaram terras, indústrias e a produção; aboliram a propriedade privada e o regime de salariado; implementaram a autogestão de trabalhadores a partir dos conselhos operários;  construíram a democracia direta em todos os níveis; aboliram a polícia e o exército; combateram o criminoso fundamentalismo católico, um dos principais aliados da Falange; aprofundaram o internacionalismo proletário; radicalizaram a luta contra o patriarcado e efetivaram a emancipação feminina.
        Em 1939, a Revolução Espanhola foi massacrada militarmente pelas forças de Franco em parceria com Mussolini e Hitler. Seguiram-se 36 anos de ditadura fascista sangrenta (1939-1975).  Em conta conservadora, estima-se que pelo menos 500 mil pessoas foram mortas pelo franquismo, há mais de 200 mil desaparecidos – o poeta Garcia Lorca é um deles. Somente no tardio ano de 2006, a Corte Espanhola e o Parlamento europeu condenaram o regime franquista como violador dos direitos humanos. Não percamos de vista que o rei Juan Carlos foi ungido pelo próprio Franco.  O Pacto de Moncloa (1977) – que selou a transição espanhola – traz na sua essência a moderação, a conciliação e certo continuísmo.
Continua, portando, na Espanha como no Brasil, a luta pelos direitos humanos e pelo direito à história, à memória, à verdade e à justiça.  Na Espanha, esta luta tem sido travada pelas vítimas do franquismo, seus familiares e pelos movimentos sociais.
 Acreditamos que, tanto lá como aqui, o processo só avançará se mantiver a combatividade, a autonomia e a independência em relação aos governos, ao Estado, ao capitalismo e à institucionalidade – como foi a prática das revolucionárias e revolucionários na Espanha. Toda nossa solidariedade às vítimas da ditadura de Franco!
Franquismo e nazi/fascismo: ¡NO PASARÁN!
VIVA A REVOLUÇÃO ESPANHOLA!
Belo Horizonte, 12 de julho de 2016
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

80 ANOS DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA (1936 - 1939)
Exibição do documentário: Indomables, una historia de Mujeres Libres 
Segunda-feira, dia 18/07/2016, às 18h30min.


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