★ 80 ANOS DA REVOLUÇÃO ESPANHOLA!
A
Guerra Civil Espanhola teve início no dia 18 de julho de 1936 com a tentativa
frustrada de golpe militar nacionalista/monarquista contra o governo
republicano da Frente Popular. Através
da ação armada de milícias formadas por socialistas, comunistas e anarquistas,
a esquerda enfrentou a reação fascista.
A Guerra Civil Espanhola se estendeu por três anos (1936-1939).
A Revolução
Espanhola, que teve seu curso durante Guerra Civil Espanhola (1936-1939), foi certamente
uma das mais significativas manifestações de luta emancipatória na história da
humanidade. Ao dar combate ao militarismo fascista e golpista da Falange Espanhola
Tradicionalista de Franco e Primo de Rivera, anarquistas e extrema esquerda
organizaram práticas que levaram às máximas consequências experiências vivenciadas
de comunismo libertário. Comunidades e
cidades inteiras – sobretudo na Catalunha e em Aragão – socializaram terras,
indústrias e a produção; aboliram a propriedade privada e o regime de salariado;
implementaram a autogestão de trabalhadores a partir dos conselhos operários; construíram a democracia direta em todos os níveis;
aboliram a polícia e o exército; combateram o criminoso fundamentalismo
católico, um dos principais aliados da Falange; aprofundaram o
internacionalismo proletário; radicalizaram a luta contra o patriarcado e efetivaram
a emancipação feminina.
Em 1939, a Revolução Espanhola foi
massacrada militarmente pelas forças de Franco em parceria com Mussolini e Hitler.
Seguiram-se 36 anos de ditadura fascista sangrenta (1939-1975). Em conta conservadora, estima-se que pelo
menos 500 mil pessoas foram mortas pelo franquismo, há mais de 200 mil
desaparecidos – o poeta Garcia Lorca é um deles. Somente no tardio ano de 2006,
a Corte Espanhola e o Parlamento europeu condenaram o regime franquista como
violador dos direitos humanos. Não percamos de vista que o rei Juan Carlos foi
ungido pelo próprio Franco. O Pacto de
Moncloa (1977) – que selou a transição espanhola – traz na sua essência a
moderação, a conciliação e certo continuísmo.
Continua,
portando, na Espanha como no Brasil, a luta pelos direitos humanos e pelo
direito à história, à memória, à verdade e à justiça. Na Espanha, esta luta tem sido travada pelas
vítimas do franquismo, seus familiares e pelos movimentos sociais.
Acreditamos que, tanto lá como aqui, o
processo só avançará se mantiver a combatividade, a autonomia e a independência
em relação aos governos, ao Estado, ao capitalismo e à institucionalidade –
como foi a prática das revolucionárias e revolucionários na Espanha. Toda nossa
solidariedade às vítimas da ditadura de Franco!
Franquismo
e nazi/fascismo: ¡NO PASARÁN!
VIVA A REVOLUÇÃO ESPANHOLA!
Belo Horizonte,
12 de julho de 2016
Instituto Helena
Greco de Direitos Humanos e Cidadania
★80 ANOS DA GUERRA CIVIL
ESPANHOLA (1936 - 1939)
Exibição do documentário: Indomables, una
historia de Mujeres Libres
Segunda-feira, dia 18/07/2016, às 18h30min.
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