"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

CONFRATERNIZAÇÃO DE FINAL DE ANO - CAPOEIRA ANGOLA

No dia 15 de dezembro foi realizada, no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, a confraternização de final de ano dos treinos de Capoeira Angola da Associação Cultural Quilombo Vela no Breu (@velanobreu).

Houve bela roda de Capoeira. Além das/os alunas/os dos contramestres Dimas e Tarcísio, participaram mestres e contramestres angoleiros da cidade e outros coletivos. Estiveram presentes familiares de alunas/os e moradores da Vila São Vicente e Vila Dias de Santa Tereza.

Fechamos com roda de conversa sobre Capoeira Angola e as atividades desenvolvidas ao longo do ano. Foram servidos caldos, frutas, sucos - muita força, solidariedade e apoio mútuo.

Os treinos de Capoeira Angola serão retomados na segunda quinzena de janeiro de 2023, sempre às teças e quintas-feiras, de 19h às 21h.

CAPOEIRA É LUTA E RESISTÊNCIA!

VIVA A CAPOEIRA ANGOLA!

“QUEM TREINA VIVE MAIS!”























Belo Horizonte 30 de dezembro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG


sábado, 10 de dezembro de 2022

10 DE DEZEMBRO DE 2022: DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

As graves violações dos Direitos Humanos constituem elementos essenciais do sistema capitalista. Este foi construído a partir do mais vil dos negócios: o escravismo colonial. Traz no seu bojo o racismo estrutural; o extermínio sistêmico do Povo Negro e dos Povos Originários, de sua memória e de seus saberes. Traz a destruição do meio ambiente e dos seres vivos que nele habitam e que o mantêm. Traz ainda o patriarcalismo, a misoginia e o ódio à diversidade. A burguesia criminaliza tudo que resiste às suas tentativas de enquadramento. É esta a ideologia dominante do pensamento único.

O Estado brasileiro é um dos maiores violadores mundiais dos Direitos Humanos. No seu prontuário constam mais de 500 anos de opressão continuada dos Povos Indígenas e mais de 350 anos de escravização do Povo Negro. Tem a segunda população negra - a maior fora da África. É considerado uns dos países mais racistas do mundo. Tem um dos maiores níveis de desigualdade social e concentração de renda, de terras e dos meios de comunicação. Tem a polícia mais letal do planeta. A tortura, o extermínio, os desaparecimentos forçados, a fabricação de esquecimento integram esta matéria histórica de longa duração de construção da cultura repressiva. Vinte e um anos de ditadura militar (1964-1985) consolidaram este processo.

Este cenário de horror atingiu proporções gigantescas nestes quatro anos em que o Estado brasileiro opera no modo fascismo. É este o desfecho da longa transição (1985-2018) engendrada e tutelada pela própria ditadura. Milicianos e torturadores são os paradigmas declarados do projeto de poder vigente. Trata-se de mistura de totalitarismo de mercado (ultraliberalismo), fundamentalismo cristão, obscurantismo cultural, extrema militarização do aparelho de Estado. São seus pontos programáticos: elogio cotidiano da ditadura e da tortura; negacionismo; armamentismo exacerbado; privativismo, arrocho salarial e espoliação brutais; misoginia e  LGBTQIAPN+fobia; aniquilamento das políticas públicas de educação, saúde, cultura, ciência, meio ambiente, assistência social; combate cerrado aos Direitos Humanos.

Hoje um terço da população vive abaixo da linha de pobreza, mais da metade vive no limiar dela. Tem a terceira população carcerária do mundo – masculina e feminina. É um dos campeões em feminicídios, estupros e casos de violência de gênero. É o primeiro em transfeminicídio. A letalidade policial, as torturas, as chacinas periódicas – nas cidades, nas florestas e no campo - aumentaram exponencialmente. Ao mesmo tempo cresce o número de bilionários. O sistema financeiro, o agronegócio e as grandes mineradoras e empreiteiras têm lucros estratosféricos – mais uma vez, os maiores do mundo. Enquanto isso, 33 milhões de brasileiras/os passam fome, a qual voltou a ser endêmica no Brasil.

Consolida-se o genocídio institucional do Povo Negro e dos Povos Indígenas. Consolida-se o racismo estrutural. Consolida-se o genocídio sanitário: são quase 700 mil mortos de COVID-19 até agora. Consolida-se o fascismo societal: parte significativa da sociedade aprovou pelo voto este projeto político. Foi eleito o congresso mais reacionário de todos os tempos, assim como a maioria dos governos estaduais - a começar pelo fascista Romeu Zema em Minas Gerais. A última barbaridade desta legislatura do Congresso nacional é a tentativa de aprovação do infame Estatuto do Nascituro.

Os dois últimos atos do presidente (?) genocida sintetizam o caráter fascista de seu projeto de poder. Primeiro, a nomeação do capitão da PM André Porciúncula – um CAC armamentista furioso – para a Secretaria Especial da Cultura. Seu projeto principal é utilizar 1,2 bilhão de reais da Lei Rouanet para comprar armas. Segundo, a realização do velho desígnio das Forças Armadas para enterrar de vez seus crimes contra a humanidade e consolidar a estratégia do esquecimento: a extinção pura e simples da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (Lei 9140/1995), encarregada da questão dos opositores assassinados pela ditadura militar.

Este projeto fascista de terra arrasada tem recorte de raça, classe e gênero: atinge sobretudo o Povo Negro e os Povos Indígenas; a classe trabalhadora rural e urbana, subempregada e desempregada; a população pobre e periférica; as mulheres. Para ser eficaz, a luta pelos Direitos Humanos tem que contemplar esta interseccionalidade: ela deve ser Feminista, Antirracista, Anticolonial, Antifascista e Anticapitalista. Deve ter caráter eminentemente internacionalista – a unidade das/os trabalhadoras/es e demais exploradas/os e oprimidas/os.

Reiteramos nosso tributo a todas/os atingidas/os pelas violações dos Direitos Humanos - pelo terrorismo de Estado e do capital. Reiteramos nossa solidariedade aos familiares e companheiras/os das vítimas do genocídio sanitário.

NO CAPITALISMO NÃO HÁ DIREITOS HUMANOS!

PELO FIM DO GENOCÍDIO DO POVO NEGRO E DOS POVOS INDÍGENAS!

PELO FIM DAS EXECUÇÕES, DOS FUZILAMENTOS, DAS VIOLÊNCIAS POLICIAIS NOS MORROS, VILAS, FAVELAS E OCUPAÇÕES!

ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO!

DITADURA NUNCA MAIS!

PELO DIREITO À MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA!

Belo Horizonte, 10 de dezembro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG


sexta-feira, 25 de novembro de 2022

25 DE NOVEMBRO: DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA ÀS MULHERES

A 25 de novembro de 1960, as irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabal foram assassinadas sob tortura, na República Dominicana. As irmãs Mirabal – conhecidas como Las Mariposas - eram militantes contra a ditadura do generalíssimo Rafael Trujillo (1930-1961), responsável por mais de 30 mil mortes e desaparecimentos de opositoras/es. Tal regime – como as demais ditaduras na América Latina e no Caribe - foi fortemente apoiado pelos Estados Unidos. 

A combatividade das irmãs Mirabal contra a ditadura e contra o patriarcalismo se tornou um dos principais símbolos da luta feminista em todo o mundo. Em 1981, o Encontro Feminista Latino-americano e Caribenho, realizado na Colômbia, adotou a data como o Dia Latino-americano e Caribenho contra a Violência à Mulher. Em 1999, a ONU a adotou como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Para nós é sempre dia de reafirmar que esta luta tem caráter histórico, permanente, classista, estrutural e contra-hegemônico. Não há como erradicar a violência contra as mulheres e conquistar a emancipação feminina na vigência do sistema capitalista. Não há, portanto, como ser feminista sem ser Antimachista, Antipatriarcal, Antirracista, Anticolonial, Antifascista e Anticapitalista.

O lema Deus Pátria e família do governo genocida ainda vigente consolidou a ubiquidade do legado colonial escravocrata e a capilaridade do fascismo na sociedade. A criminalização das lutas das mulheres e o aniquilamento dos seus princípios e conquistas históricos são políticas de Estado de prioridade máxima. O país se consolidou de vez como um dos campeoníssimos mundiais em casos de estupro, violência doméstica, feminicídio e transfeminicídio. Tem ainda a terceira população carcerária feminina. As mais atingidas são as mulheres negras e indígenas, pobres, periféricas, submetidas ao trabalho precarizado. São elas também as principais vítimas do genocídio sanitário da COVID-19 provocado pelo negacionismo fascista deste governo.

A luta contra a violência às mulheres é necessariamente internacionalista. A Terra tem oito bilhões de habitantes: a maioria é de mulheres não brancas, pobres e periféricas. Esta maioria é oprimida globalmente por uma exígua minoria de machos brancos que comandam o totalitarismo de mercado (o tal neoliberalismo) e o terrorismo de Estado. Para que possamos prestar o devido tributo às companheiras que tombaram, lutaram e lutam contra toda esta situação de barbárie precisamos reforçar a radicalidade e a autonomia desta luta.

PELO FIM DA VIOLÊNCIA ÀS MULHERES!

ABAIXO O FEMINICÍDIO E TRANSFEMINICÍDIO!

MACHISTAS: NÃO PASSARÃO!

Belo Horizonte, 25 de novembro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

HEBE DE BONAFINI, PRESENTE! (04/12/1928 – 20/11/2022)

Hebe Pastor de Bonafini faleceu aos 93 anos, em La Plata/Argentina, no domingo, dia 20/11. Ela foi uma das fundadoras e presidenta das Mães da Praça de Maio (Madres de Plaza de Mayo).

Em 1977, ano de fundação das Mães da Praça de Maio, dois de seus filhos – Jorge Omar e Raúl Alfredo – foram sequestrados, torturados e mortos pela ditadura militar argentina (1976-1983), comandada pelo general Jorge Rafael Videla. Em 1978, sua nora – Maria Elena Bugogne Cepeda – foi trucidada da mesma forma. A ditadura argentina assassinou e fez desaparecer mais de 30 mil opositores.

Hebe de Bonafini dedicou sua vida à localização dos desaparecidos políticos e à responsabilização da ditadura genocida e seus agentes. Na sua militância permanente - durante e depois da ditadura – ela se tornou uma das principais referências planetárias da luta contra a tortura. Tornou-se também referência na luta contra o neoliberalismo e contra o terrorismo de Estado. Suas características são aquelas tão presentes nas Mães da Praça de Maio: coragem, combatividade e radicalidade.

Prestamos tributo a esta gigante da luta pelos Direitos Humanos. Solidarizamo-nos com as Mães da Praça de Maio, familiares e todas/os companheiras/os de Hebe de Bonafini. Ela estará sempre presente em nossas lutas!

HEBE DE BONAFINI: PRESENTE, HOJE E SEMPRE!

LONGA VIDA ÀS MÃES DA PRAÇA DE MAIO!

PELO DIREITO À HISTÓRIA, À MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA!

Belo Horizonte, 21 de novembro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG


domingo, 20 de novembro de 2022

VIVA O LARGO DO ROSÁRIO!

Realizada grande celebração no Largo do Rosário, patrimônio imaterial do Povo Negro de Belo Horizonte/MG.

O Largo do Rosário existia no antigo arraial do Curral Del Rey e foi aniquilado pela construção de Belo Horizonte. Era situado onde hoje estão os quarteirões que abrangem a Rua da Bahia com a Rua Timbiras. O largo era composto pela Igreja Nossa Senhora do Rosário e pelo Cemitério da Irmandade dos Homens Pretos.

Antes do surgimento de Belo Horizonte, negras e negros eram majoritários. Representavam 77% da população do Curral Del Rey. A população negra, excluída pela Igreja Católica, criou sua própria fraternidade, a Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A intenção era ter cultos próprios e sepultamentos dignos. O largo surgiu a partir do início do século XIX. Foi construído com recursos próprios da fraternidade, a qual teve que se submeter à autorização do rei.

Com a construção da nova capital, a partir de 1893, muitas edificações e territórios do Curral Del Rey foram destruídos, inclusive espaços sagrados da população negra. Além da tentativa de anulação da memória, o racismo e o elitismo impregnados na nova cidade planejada determinaram segregação absoluta desta população.

Expulsa da nova capital, a irmandade negra conseguiu manter seus laços nas periferias. A Guarda de Moçambique e Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário - assim como os demais reinados e congados - mantém viva a História de luta e resistência.

Já no século XX, em 1923, o arcebispo Dom Cabral proibiu terminantemente que fossem realizadas cerimônias da Irmandade do Rosário nos templos católicos. Até hoje, para conseguir licença para a utilização dos espaços das igrejas, a irmandade precisa enfrentar pesado processo burocrático na hierarquia da Igreja Católica.

No sábado, dia 19/11, a partir da forte mobilização do Povo Negro, da pesquisa do Padre Mauro Luiz da Silva e dos reinados e congados de Belo Horizonte, foi inaugurada a placa indicativa do Largo do Rosário. Foi um ato simbólico que oficializa o reconhecimento do local como patrimônio imaterial. Contou com a participação de reinados e congados. Participaram do cortejo a Guarda de Moçambique, Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário, o Congado Moçambique de São Benedito, a Comunidade Quilombola Irmandade Os Carolinos e a Federação de Congados de Minas Gerais.

PELO DIREITO À HISTÓRIA, À MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA!

ABAIXO A SEGREGAÇÃO!

PELO FIM DO GENOCÍDIO DO POVO NEGRO!

VIVA A LUTA ANTIRRACISTA E ANTICOLONIAL!

VIVA A CULTURA AFRO!

VIVA ZUMBI! VIVA DANDARA!




























Belo Horizonte, 20 de novembro de 2022 
Dia Nacional da Consciência Negra e Dia de Zumbi do Quilombo dos Palmares 
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

GAROTAS SOLTEIRAS

Realizada oficina para compor a ala de dança do bloco Garotas Solteiras.
Aconteceu no sábado (19/11), no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG.





sexta-feira, 18 de novembro de 2022

FEIRA DOS AMIGOS DA CASA LAR

Realizada a feira da Casa Lar da APAE-BH. Aconteceu na manhã de quinta-feira, dia 17/11.

As moradoras artesãs da Casa Lar expuseram pulseiras, colares, chaveiros, decoração, forros, panos de prato e crochês.

Estiveram presentes trabalhadoras da APAE, estudantes estagiários de medicina e moradoras/es de Santa Tereza.





 






Belo Horizonte, 18 de novembro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

COMPANHEIRO ÍNDIO, PRESENTE! (25/02/1968 - 08/11/2022)

É com imenso pesar que comunicamos o falecimento de Ivaldi José Rodrigues, no dia 08/11/2022, em Porto Seguro/Bahia. O companheiro, conhecido como Índio pelos movimentos sociais, e como Dinha por seus familiares, enfrentava um câncer há anos.

O companheiro Índio é referência da luta por moradia há décadas em Belo Horizonte/MG. Em 2011, foi articulador e um dos fundadores da Ocupação Helena Greco no Bairro Zilah Spósito - Belo Horizonte/MG. Atuou junto com Dona Helena Greco no Sarandi, em várias ocupações e movimentos populares. Índio foi membro do Movimento de Luta Pela Moradia (MLPM).

O camarada lutou todos os dias ombro a ombro pelos direitos sociais e pela dignidade coletiva.

Todo nosso apoio e solidariedade aos familiares, amigas, amigos, companheiras e companheiros de luta.

COMPANHEIRO IVALDI JOSÉ RODRIGUES (ÍNDIO):

PRESENTE, HOJE E SEMPRE!

PRESENTE NA LUTA!

Belo Horizonte, 09 de novembro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

CARTA DO COMITÊ SANITÁRIO DE DEFESA POPULAR AO POVO DE OURO PRETO

Não pagar as contas e levantar grandes

manifestações para derrotar a privatização da

água e as tentativas de criminalização da luta

Ouro Preto, 02 de novembro de 2022

A luta do povo de Ouro Preto contra a privatização da água saltou da vitoriosa resistência de bairros e distritos contra a instalação dos hidrômetros, que impediu por um ano a empresa de iniciar suas cobranças abusivas, para uma vigorosa jornada de manifestações que, crescendo como uma grande torrente, está ganhando a adesão cada vez maior de todo o povo. As últimas três grandes manifestações (dias 10, 19 e 26 de Outubro), com a vitoriosa ocupação da prefeitura, selaram a aliança entre estudantes da UFOP, secundaristas, professores, e trabalhadores. Foi só o começo da resposta do povo ouro-pretano ao início das cobranças abusivas por consumo em 4 de outubro e já fez estremecer toda a cidade. Hoje, marchamos para expulsar a Saneouro com grandes manifestações e uma estrondosa campanha para que ninguém pague as contas absurdas unindo todo o povo para derrotar a privatização da água.

Com mais de um ano amargando prejuízos enormes, inteiramente desmoralizados e a ponto de sofrer uma retumbante derrota em seus planos de privatizar a água, os donos da Saneouro entraram em desespero e se unem com seus serviçais da Prefeitura e da Câmara de vereadores para atacar o povo em luta, em uma vã tentativa de frear a grande torrente que ameaça enviálos de volta para a Coreia do Sul. Esta grande jornada de manifestações sacudiu Ouro Preto e a cindiu em dois, de um lado está o povo, trabalhadores, estudantes, comerciantes, intelectuais honestos e todos que lutam contra a privatização da água e, de outro, estão os donos da Saneouro e todos aqueles que se beneficiam do roubo das riquezas naturais, do suor e do trabalho do povo ouro-pretano.

A campanha contra a privatização da água enfrentou e superou todo o tipo de ataques por parte da empresa e seus serviçais nas instituições do velho Estado. Desde o início com a resistência nos bairros e distritos, o povo ouro-pretano enfrentou chantagens, coações e ameaças por parte da empresa, de corte do fornecimento de água e de cobranças para futuras instalações de hidrômetros. Frente a sua indomável resistência a empresa passou a utilizar a Polícia Militar e a Guarda Municipal como segurança privada para forçar os moradores a aceitarem a instalação e para ameaçar de prisão ativistas do Comitê Sanitário e lideranças dos bairros e distritos num processo crescente de criminalização do movimento popular.

Agora a vigorosa jornada de lutas que une os ouropretanos formando grande opinião pública contrária a privatização enfrenta o mais odioso ataque por parte da empresa e seus cães de guarda. Os recentes episódios o provam: a violenta repressão da Guarda Civil Municipal Acima a ESQUERDA: povo marcha pelas ruas pelo Fora Saneouro! A água é do povo! em 26/10, ao CENTRO: Vitoriosa ocupação da prefeitura no dia 19/10 e a DIREITA: Povo leva contas à prefeitura no dia 19/10 Ouro Preto, 02 de novembro de 2022 contra a justa e legítima ocupação da prefeitura no último dia 19/10; a nota oficial da administração municipal lançando falsas acusações contra os manifestantes para justificar a repressão policial e; a campanha de calúnias e ameaças à integridade física e ao livre exercício de sua profissão contra o ativista do Comitê Sanitário de Defesa Popular, professor e coordenador do curso de licenciatura em Física da UFOP, Marcos Calazans, proferidas desde a tribuna da Câmara Municipal em reunião pública realizada no dia 27/10 pelos vereadores Wanderley Rossi Júnior/PT vulgo “Kuruzu”, Naércio França Ferreira/ Republicanos e Júlio César Ribeiro Gori/PSC. Todas essas ações são resposta da Saneouro ao avanço da campanha contra a privatização no objetivo de intimidar e coagir o povo por meio da criminalização da luta. Ressaltamos uma vez mais, só há dois lados e todo ataque aos que lutam contra a privatização da água, todo ato de violência cometido contra as legítimas manifestações, toda tentativa de criminalizar a justa luta do povo e os membros do Comitê Sanitário de Defesa Popular serve aos planos da Saneouro para seguir roubando nossas riquezas naturais e explorando o povo de Ouro Preto.

Compreendemos que, com essa odiosa campanha de criminalização orquestrada desde a tesouraria da Saneouro, querem nos fazer recuar e aceitar migalhas para, assim, proporem um pérfido acordo de revisão de tarifas a partir da protelação do contrato e enganação à população com falsas promessas eleitoreiras. Que não nos confundamos! A criminalização da justa e legítima luta contra a privatização da água em Ouro Preto é resposta desesperada da Saneouro e seus serviçais na Câmara de Vereadores e no poder executivo municipal, administrado pelo Sr. Ângelo Osvaldo/PV, diante das vitórias de nossa luta e do novo momento que entramos no qual escorraçaremos esses sanguessugas.

Foram as ações combativas das massas populares que impediram que essa empresa privada estrangeira implementasse seu plano de saqueio, exploração do povo e de nossas riquezas naturais. Chegamos ao momento de serrarmos fileira sob a consigna de “Fora Saneouro! A água é do povo!” e com nossas ações expulsarmos esses exploradores estrangeiros. Não pagaremos as contas abusivas e levantaremos grandes manifestações para acabar de estrangulá-los e escorraçá-los de Ouro Preto. Conclamamos a todas as entidades democráticas, sindicatos e associações de bairros e distritos, estudantes, professores, comerciantes e trabalhadores a repudiar os ataques aos ativistas do Comitê Sanitário e toda tentativa de criminalização da luta contra a privatização da água. Apoiar e divulgar a luta contra a privatização da água, pois essa não é apenas uma questão econômica do povo ouro-pretano, é parte da luta contra a dominação imperialista e pela nacionalização e industrialização das riquezas naturais de nosso país. Conclamamos a todo o povo de Ouro Preto a intensificarmos essa grande jornada de lutas, organizando reuniões nos bairros, assembleias e prepararmos as próximas e maiores manifestações do povo para derrotar a privatização da água!

Exigimos:

O cancelamento do contrato entre a prefeitura de Ouro Preto e a empresa Saneouro que estabelece a privatização da água no município e imediata suspensão das abusivas cobranças por consumo;

Investigação e punição dos responsáveis, mandantes e executores, da violenta repressão da Guarda Civil Municipal contra a legítima manifestação na prefeitura de Ouro Preto no dia 19/10;

Responsabilização e punição civil, administrativa e criminal contra os vereadores Wanderley Kuruzu/ PT, Naércio França Ferreira/Republicanos e Júlio César Ribeiro Gori/PSC pelos crimes de injúria, difamação e ameaças à integridade física ao ativista do Comitê Sanitário de Defesa Popular e professor da UFOP, Marcos Calazans;

Fim imediato das ameaças contra o livre exercício da atividade profissional do professor Marcos Calazans e, por conseguinte, contra a autonomia universitária da UFOP por parte de representantes do poder executivo e legislativo de Ouro Preto;

Fora Saneouro! A água é do povo! 

Não pague a Saneouro! 

Abaixo a criminalização da luta contra a privatização da água!


- FONTE: https://www.facebook.com/comitesanitariodefesapopular


- ASSISTA AO VÍDEO - "MG: Comitê Sanitário de Ouro Preto marcha contra a Saneouro!": 


sexta-feira, 4 de novembro de 2022

HUMAITÁ – OFICINAS DE FORMAÇÃO DA ALA DE DANÇA PARA O CARNAVAL 2023 COM MARIA LARA MENEZES

Vem construir nossa ala de dança pro cortejo de carnaval do Baque Humaitá!

Serão 5 encontros, nas quartas a noite, onde traçaremos nossa maneira de dançar, inspirado nas catirinas das nações de maracatu, experimentando um pouco do tradicional, das corporalidades das danças dos orixás e outras vertentes afro-brasileiras. Nossa professora é a queridíssima Maria Laura Menezes, estudante de licenciatura em Dança e pesquisadora há mais de 10 anos das danças populares brasileiras e do Oeste Africano”.

Link para inscrições: https://forms.gle/YTtcHrzRnxrJt2GFA

@humaitacultura

@mariamenezes.danza

sábado, 29 de outubro de 2022

A COROA DO LEÃO – EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO E RODA DE CONVERSA

Realizada, no dia 28/10, a atividade Cinema comentado com Karen Maracatu Leão Coroado. Foi exibido o documentário A Coroa do Leão, que conta sobre o Maracatu Leão Coroado, atuante desde 1863 em Pernambuco.

O documentário de 2017, com a duração de 40 minutos, tem direção de Mateus Sá e Diego Di Niglio. Contém cenas de arquivo e entrevistas. Leva-nos a conhecer a história e o cotidiano da comunidade.

Karen Aguiar é produtora cultural pernambucana, atual regente do maracatu mais antigo em atividades ininterruptas.

Após a exibição houve roda de conversa. A atividade foi realizada pela Humaitá em parceria com a Associação Cultural Quilombo Vela no Breu. Aconteceu no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.


Belo Horizonte, 29 de outubro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania