"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

domingo, 20 de dezembro de 2020

★ TODO APOIO E SOLIDARIEDADE À OCUPAÇÃO HELENA GRECO! ★

No sábado, dia 19/12/2020, foi realizado na Ocupação Helena Greco – Bairro Zilah Spósito – BH/MG, o grande encontro do 1º Natal Solidário. Foi uma campanha de doações para a ocupação organizada pelas moradoras/coordenadoras, que começou em novembro.

Foram distribuídas as doações para as moradoras e moradores da ocupação. O encontro comunitário respeitou todas as medidas de prevenção à COVID-19, com o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento.

Quem não fez as doações, ainda pode fazê-las. A ocupação possui 270 famílias.

Doe alimentos não perecíveis, cestas básicas, leite em caixa, materiais de limpeza, materiais de higiene, kit de primeiros socorros, álcool em gel, máscaras, brinquedos, roupas...  

PARA FAZER DOAÇÕES ENTRE EM CONTATO COM A COORDENAÇÃO:

*WhatsApp: (31) 9 8885 3649 | (31) 9 8016 7423

*Instagram: @ocupacao_helena_greco

*Facebook: https://www.facebook.com/helenagrego.helenagrego

Ocupação Helena Greco – Bairro Zilah Spósito – BH/MG

Comunidade de luta! Existe e resiste desde 2011.

Belo Horizonte, 20 de dezembro de 2020

Apoio e solidariedade incondicionais!

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania


quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

10 DE DEZEMBRO: DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS | No bolsonarismo e no capitalismo não há Direitos Humanos!

    O Dia Internacional dos Direitos Humanos é marcado por luto e luta: o Estado brasileiro segue mantendo sua tradição histórica como um dos maiores violadores dos Direitos Humanos do mundo. O Brasil tem a segunda maior população negra e mais de 350 anos de escravidão no prontuário. É o país do racismo estrutural, do genocídio institucional do Povo Negro e dos Povos Indígenas, do encarceramento em massa. Tem a terceira maior população carcerária. Tem um dos maiores índices de concentração de renda e desigualdade social. Tem a polícia mais violenta e mais letal do planeta. É o campeão mundial em transfeminicídio e violência contra LGBTQIA+.  Ocupa a quinta posição em casos de estupro, feminicídio e violência doméstica, que têm aumentado exponencialmente nestes tempos de pandemia. É campeão em destruição do ecossistema e em esbulho dos territórios indígenas e quilombolas. É um dos campeões em crimes do latifúndio. É vice-campeão em mortes e contaminação pela COVID-19, que atinge sobretudo a população negra, indígena e pobre.

    A tortura, os desaparecimentos forçados, as execuções sumárias, o negacionismo histórico, a fabricação do esquecimento – legados da ditadura militar (1964-1985) – permanecem como sólidas instituições por aqui. Na próxima segunda-feira, dia 14/12, completam-se 10 anos da condenação do Estado brasileiro na Corte Interamericana de Direitos Humanos por estes crimes contra a humanidade cometidos pela ditadura: torturas, mortes e desaparecimentos dos militantes da Guerrilha do Araguaia (1972-1974). A sentença determina o esclarecimento das circunstâncias destes crimes e sua publicização; a responsabilização judicial dos culpados; a abertura irrestrita dos arquivos da repressão; a localização e devolução dos restos mortais das/os guerrilheiras/os aos familiares; o resgate da memória e a reparação histórica. Ao longo de 10 anos o Estado brasileiro tem se recusado terminantemente a cumprir estas determinações. Agora, então, quando opera no modo fascismo, isto parece mais distante do que nunca.

    Estes dois anos de governo Bolsonaro/Mourão/Guedes têm levado ao paroxismo todas estas graves violações dos Direitos Humanos arroladas nos dois primeiros parágrafos, adotando-as como política de Estado. Os componentes do projeto de poder bolsonarista são a militarização sistêmica, o fundamentalismo evangélico, o conservadorismo, o neoliberalismo – a extrema direita. Torturadores contumazes e milicianos genocidas são seus paradigmas.

    A polícia mais violenta do mundo – que mata preta/o e pobre todo dia – é a manifestação mais imediata do racismo estrutural e do genocídio institucional vigentes. Estes são sustentados por dispositivos fascistas do aparato repressivo/jurídico/legislativo tais como o pacote anticrime de Sérgio Moro e o excludente de ilicitude (leia-se direito de matar) para as polícias e as forças armadas. E ainda: a draconiana Lei de Segurança Nacional (da época da ditadura), a lei do crime organizado e a lei antiterrorismo, que criminalizam manifestações e movimentos sociais.

    Crianças e adolescentes das favelas e periferias constituem agora o alvo principal da política de extermínio daí advinda. Só no Rio de Janeiro, 12 crianças negras foram executadas neste ano: Anna Carolina de Souza Neves, Douglas Enzo, Ítalo Augusto, João Pedro, Emily Vitória, Rebeca Beatriz, Kauã Vitor da Silva, Leônidas Augusto, Luiz Antônio de Souza, Maria Alice Neves, Rayane Lopes, João Vitor Moreira.

    Denúncias de execuções, torturas e maus tratos se multiplicam em todo o Brasil. No massacre de Paraisópolis (São Paulo/SP) há um ano, nove adolescentes negros foram mortos e dezenas feridos pela polícia. Até agora não houve qualquer tipo de reparação para vítimas e familiares. Nenhum policial foi responsabilizado. No dia 08/12, em Porto Alegre/RS, na Vila Grande Cruzeiro, a ativista dos movimentos negro, feminista e dos Direitos Humanos Jane Beatriz de Souza Nunes foi assassinada em abordagem truculenta e ilegal da 1ª Brigada Militar, que tentava invadir a sua casa. Toda a comunidade está mobilizada em protesto. No Rio Grande do Sul, só no primeiro semestre de 2020 foram 90 as mortes por policiais. Em Belo Horizonte/MG houve também significativo aumento da violência policial: no dia 07/12 duas meninas (11 e 16 anos) – que felizmente sobreviveram - foram baleadas pela Policia Militar na Vila Mariquinhas, região de Venda Nova. No dia 07/12 duas jovens (17 e 22 anos) foram feridas pelas famigeradas balas perdidas no Aglomerado da Serra. Em todos os fins de semana há notícias de vítimas da polícia nas vilas e favelas. O desmantelamento do aparato repressivo, assim, é elemento essencial da luta Antirracista.

    O assassinato de Beto Freitas (40 anos) por seguranças do Carrefour em Porto Alegre/RS desvelou mais uma vez, ao vivo e em cores, o racismo estrutural contido na consubstancialidade entre terrorismo de Estado e terrorismo do capital. Revelou também a promiscuidade e organicidade entre segurança pública e segurança privada. As empresas de segurança privada têm geralmente como proprietários policiais e/ou militares, que constituem também a maioria dos seus quadros. São treinadas pela Polícia Militar e monitoradas pela Polícia Federal. Um dos executores de Beto Freitas é policial temporário, outra ilegalidade flagrante. O fato de ter acontecido em pleno Dia Nacional da Consciência Negra (20/11) acabou conferindo destaque a uma prática sistemática corriqueira e protocolar – banalizada ao extremo no país. Desvelou ainda o processo crescente de fascistização da sociedade: Beto Freitas foi executado publicamente sob tortura em área social bastante movimentada de uma das maiores transnacionais que atuam no país. Funcionários da empresa participaram diretamente do crime. Houve plateia a favor e indiferente. Foram feitas gravações, transmitidas em tempo real nas chamadas redes sociais. Algo muito semelhante à execução de George Floyd nos Estados Unidos, em maio deste ano. No dia 07/12, o jovem negro Alex Junior Alves de Souza (28 anos) foi agredido verbalmente e violentamente espancado pelo dono e seguranças do supermercado Guaicuí, em Várzea das Palmas/MG, acusado indevidamente de roubo.  

    No dia 08/12, completaram-se 1000 dias da execução sumária de Marielle Franco e Anderson Gomes.  Até hoje o processo se arrasta sem desfecho. Além do racismo estrutural, aí fica escancarada a peculiaridade mais abjeta do governo bolsonarista: a presença orgânica das milícias no Palácio do Planalto. O miliciano escritório do crime atua ao lado do gabinete do ódio. Ambos estão muito bem instalados no centro do poder. O crime organizado, a mentira organizada e a militarização sistêmica se retroalimentam. O governo é miliciano.

    A necropolítica neoliberal completa este quadro aterrador ao agravar a destruição que do que restou das conquistas de décadas de luta da classe trabalhadora e dos movimentos sociais. Trata-se agora do aniquilamento definitivo dos direitos trabalhistas, das políticas públicas de previdência social, saúde, educação, moradia, saneamento básico, segurança alimentar, seguridade social. O sucateamento do SUS é uma das medidas mais deletérias. Tudo é transformado em commodities para atender aos desígnios do mercado total, cujo maior beneficiário é o capital financeiro. De novo, os mais atingidos são as/os negras/os, indígenas e pobres. A luta Antirracista é necessariamente Anticapitalista.

    Na perspectiva da mercantilização desenfreada, em parceria com donos de hospitais psiquiátricos privados (leia-se manicômios) - organizados na Associação Brasileira de Psiquiatria, no Conselho Federal de Medicina e na Associação Brasileira de Medicina - o governo Bolsonaro quer agora determinar com uma canetada o desmonte sumário e cabal da Política de Saúde Mental. Esta é baseada na Luta Antimanicomial e Antiproibicionista. Constitui acúmulo de décadas de luta pelo fim das prisões e dos manicômios. Tem como princípios os Direitos Humanos, a prática comunitária, a horizontalidade, o protagonismo das/os usuárias/os e das trabalhadoras/es dos serviços de Saúde Mental. As/os negras/os - a grande maioria dos usuários – mais uma vez serão as grandes vítimas desta iminente retomada da lógica do confinamento, dos choques elétricos, das práticas de contenção, hospitalização e medicalização. Trata-se de mais uma investida eugenista e genocida do supermilitarizado Ministério da Saúde bolsonarista, responsável também pelo massacre provocado pela COVID-19, por negar prevenção e atendimento às comunidades indígenas e quilombolas, por boicotar as vacinas em andamento, por retirar a população carcerária das futuras listas de vacinação. A essência de tudo isto é o racismo estrutural. Fica evidente, portanto, a interface entre luta Antirracista e luta Antimanicomial.

    Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos reafirmamos mais uma vez nossas homenagens a todas as vítimas do terrorismo de Estado e a todas/os  que combatem o racismo estrutural e o genocídio institucional. Sabemos que estas são iniquidades constitutivas do sistema capitalista, o qual forjou o colonialismo, o escravismo, o patriarcalismo, o imperialismo e o fundamentalismo. Trata-se, portanto, de luta internacionalista contra-hegemônica e decolonial. É preciso articular Feminismo, direito à Diversidade, Antirracismo, Antifascismo e Anticapitalismo. É esta a nossa concepção da luta pelos Direitos Humanos.

Pelo fim do genocídio do Povo Negro e dos Povos Indígenas!

Pelo fim das execuções, dos desaparecimentos forçados e da violência policial nos morros, vilas, favelas e ocupações!

Pelo desmantelamento do aparato repressivo!

Abaixo o terrorismo de Estado e do capital!

Anna Carolina de Souza Neves, Douglas Enzo, Ítalo Augusto, João Pedro, Emily Vitória, Rebeca Beatriz, Kauã Vitor da Silva, Leônidas Augusto, Luiz Antônio de Souza, Maria Alice Neves, Rayane Lopes, João Vitor Moreira: Presentes, hoje e sempre!

Belo Horizonte, 10 de dezembro de 2020

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG


terça-feira, 8 de dezembro de 2020

COMPANHEIRA MARIA AUGUSTA CAPISTRANO: PRESENTE, HOJE E SEMPRE!

Foi com muito pesar que recebemos a notícia do falecimento da companheira Maria Augusta Capistrano. Ela morreu na tarde de hoje, aos 102 anos.  Feminista, militante comunista desde a década de 1940, foi presa pela ditadura militar. Viveu muitos anos na clandestinidade. Foi membro do Comitê Brasileiro pela Anistia.

Seu marido David Capistrano da Costa foi sequestrado, preso e assassinado sob tortura - juntamente com José Roman – a 18 de março de 1974. David Capistrano e José Romão são desaparecidos pela ditadura.

Maria Augusta Capistrano é uma das grandes referências da luta contra a ditadura, da luta pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, da luta por Memória, Verdade e Justiça.

Companheira Maria Augusta Capistrano, presente na luta!

(21/10/1918 – 08/12/2020)

Belo Horizonte, 08 de dezembro de 2020

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

Imagem/Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=10218322970611709&set=a.10205105484862826

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

PARTICIPE DA CAMPANHA: 1º NATAL SOLIDÁRIO OCUPAÇÃO HELENA GRECO

TODO APOIO E SOLIDARIEDADE À OCUPAÇÃO HELENA GRECO!

Moradoras/es da Ocupação Helena Greco estão mobilizadas/os em campanha de doação.

"1º NATAL SOLIDÁRIO OCUPAÇÃO HELENA GRECO

Doe 1 kg de alimento ou cesta básica.

Ajude-nos a fazer um Natal Solidário.

Para fazer doações, entre em contato com a coordenação pelo WhatsApp:

(31) 9 8885 3649

Ocupação Helena Greco – Bairro Zilah Spósito – Belo Horizonte/MG

Sem luta não há conquista!

Juntas/os pela nossa comunidade".


- INFORMAÇÕES/ACESSE (Instagram e Facebook da Ocupação):

 

https://www.instagram.com/ocupacao_helena_greco/

 

@ocupacao_helena_greco

 

https://www.facebook.com/helenagrego.helenagrego


quinta-feira, 5 de novembro de 2020

A CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA PELA TERRA

“A ABRAPO convida a todas/os para participar de importante debate, organizado com o Observatório da Justiça Agrária, sobre A CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA PELA TERRA, que ocorrerá no dia 05/11 às 18 horas.

 

Debatedores:

 

Prof. Dr. Carlos Frederico Marés de Souza Filho - PUC/PR e

 

Representante da Comissão Nacional da Liga dos Camponeses Pobres.

 

Certificado de 3 horas extracurriculares.

 

Façam suas inscrições para receber o link do evento:

https://forms.gle/x1YhWapJyL427x1b9

 

- Imagem, texto e informações/Fonte – Acesse (ABRAPO - Associação Brasileira dos Advogados do Povo):

 

http://abrapo.org/2020/10/31/evento-a-criminalizacao-da-luta-pela-terra/

 

https://www.facebook.com/Abrapo/photos/a.1276285662480896/3233058026803640

 

http://abrapo.org/


terça-feira, 27 de outubro de 2020

GRUPO TORTURA NUNCA MAIS - RIO DE JANEIRO: 35 ANOS!

O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania estará presente nos 35 anos do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, na luta contra o terrorismo de Estado, ontem e hoje.

 

No próximo dia 27 o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro completa 35 anos. Para comemorar, mas também denunciar a continuidade da violência de Estado que ainda faz necessária nossa existência, vamos lançar nosso canal do Youtube com declarações de diversas/os companheiras/os a partir desta semana e de todo o mês de novembro. Não percam também nossas duas lives com convidades especiais.

Dia 29/10, quinta-feira, às 18h
Desaparecimento forçado ontem e hoje
Victória Grabois - diretoria do GTNM-RJ
Giselle Florentino - Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial
Mediação: Rafael Maul

Dia 30/10, sexta-feira, às 18h
Aparato de repressão e serviços de informação e segurança ontem e hoje
Heloísa Greco (Bizoca) - Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania-BH/MG
Acácio Augusto - UNIFESP
Mediação: Joana D’Arc Ferraz

https://www.youtube.com/channel/UCK40ncAkaaSucHrZVFkMwow

Apoio: LACE-Laboratório de Agenciamentos Cotidianos e Experiências"

 

Imagem e texto/Fonte (Grupo Tortura Nunca Mais/RJ):

https://www.facebook.com/gtnmrj/photos/a.434333983307811/4514922808582221/

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

TODO APOIO AO ACAMPAMENTO TIAGO DOS SANTOS/RO

        O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania vem a público manifestar total apoio ao Acampamento Tiago dos Santos, composto por mais de 600 famílias que lutam por terra para quem nela vive e trabalha. Está localizado em Nova Mutum Paraná, distrito de Porto Velho/Rondônia. Suas terras estão dentro de um enorme latifúndio, reconhecido formalmente desde 2014 como área de conflitos agrários, ou seja, não tem dono.  Sua posse é indevidamente reivindicada por Antônio Martins (Galo Velho), proprietário da empresa Leme Empreendimentos Ltda. Galo Velho, ao longo de décadas, barbariza e esbulha de forma covarde e contumaz os camponeses pobres e as comunidades indígenas da região. Trata-se do maior grileiro de terras públicas do estado. Policiais militares de Rondônia fazem pistolagem para este senhor. Ele tem o respaldo e a cumplicidade do aparato repressivo do Estado e da mídia corporativa. Mais ainda agora: o governador de Rondônia é o coronel PM Marcos Rocha (PSL), que adota no trato da questão agrária as mesmas práticas genocidas do governo fascista de Jair Bolsonaro, do qual é aliado incondicional. O secretário de segurança de Rondônia participou diretamente do Massacre de Corumbiara (09/08/1995).

        O Acampamento Tiago dos Santos encontra-se sob forte cerco policial a partir do último sábado (03/10), quando dois PMs, em condições absolutamente duvidosas, foram mortos em seu território. Imediata e instantaneamente – sem qualquer evidência ou prova - a responsabilidade foi atribuída aos moradores do acampamento, que nada têm a ver com o ocorrido. Desde então, têm sofrido todo tipo de provocações e ataques: campanha pesada de criminalização por parte da imprensa burguesa, utilização de helicópteros da PM como base de tiro para atingir os acampados, repressão feroz, normalização de assassinatos cotidianos de camponeses, incremento da caçada permanente a militantes da Liga dos Camponeses Pobres.

       Tal investida atingiu proporções de guerra ao longo da semana. O cerco ao acampamento foi fechado: a partir de ontem (08/10) quase 300 policiais ameaçam invadir a qualquer momento e impedem a entrada e saída de pessoas, alimentos e leite para as famílias que lá residem. Estas estão firmes, resistem pacificamente e denunciam os horrores pelos quais estão passando. Têm recebido apoio e solidariedade de vários movimentos sociais, de trabalhadoras/es, estudantes e de entidades de Direitos Humanos.

        Fica evidente a intencionalidade desta investida criminosa contra o Acampamento Tiago dos Santos: criar as condições para mais um massacre anunciado. Trata-se de política de Estado já consolidada no Brasil, levada às máximas consequências pelo atual método de governo baseado nas “porteiras abertas” para os crimes do latifúndio/agronegócio.

       Não permitiremos que, aos 25 anos do Massacre de Corumbiara (completados no dia 09/08) – quando 12 camponeses foram executados e dezenas ficaram feridos – esta tragédia se repita.

Todo apoio ao Acampamento Tiago dos Santos!

Pela imediata retirada do cerco policial!

Pelo fim da mentira organizada pela PM, latifúndio e imprensa burguesa!

Abaixo a repressão! Abaixo o latifúndio/agronegócio!

Todo apoio à Liga dos Camponeses Pobres!

Terra para quem nela vive e trabalha!

Viva a Revolução Agrária!     

Belo Horizonte, 09 de outubro de 2020

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – Belo Horizonte/MG

 

- LEIA – LCP: 'Abaixo as mentiras da PM de Rondônia e dos sites 'marrons' a serviço do latifúndio' – ACESSE: https://anovademocracia.com.br/noticias/14445-lcp-abaixo-as-mentiras-da-pm-de-rondonia-e-dos-sites-marrons-a-servico-do-latifundio-contra-os-camponeses-do-acampamento-tiago-dos-santos-e-a-lcp

         

- LEIA – Massacre contra camponeses está sendo preparado; LCP desmascara farsa da PM de Rondônia – ACESSE:  https://anovademocracia.com.br/noticias/14471-lcp-se-pronuncia-e-desmascara-o-governo-de-ro-e-sua-pm

CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA PELA TERRA - 9/10, 17H

CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA PELA TERRA

Mesa com representantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.

Sexta, 09/10/2020, 17hs

Engaja UFOP

Link: meet.google.com/zts-frmi-xbc

Após a morte de PM’s de Rondônia no dia 3/10, desatou-se uma série de falsas acusações contra a Liga de Camponeses Pobres e uma verdadeira operação de guerra ameaça atacar 600 famílias que lutam por um pedaço de terra.

Abaixo a criminalização da luta dos camponeses do Acampamento Tiago dos Santos e a LCP em Rondônia!

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

REALIZADO O ATO CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO

Fotos: Coletivo Avorada

Realizado, na manhã de 07 de setembro de 2020, na Pça da Bandeira/BH, o Ato contra a violência do Estado - "Independência é liberdade e poder para o Povo." 

Despejo zero, basta de mortos pela COVID-19, basta de violência policial e basta de violência contra as Mulheres. 

Fora Bolsonaro

Fora Mourão

Fora Guedes

Fora Damares

Fora Zema

    O ato foi convocado por: Resistência Alvinegra, Nova Militância, SINASEFE IFMG, Antifa 82, Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, Cruzeiro Antifa e Coletivo Alvorada.

    Estiveram presentes militantes de movimentos sociais, estudantis e por moradia.

    Todas/os seguiram rigorosamente medidas de prevenção à COVID-19 como o uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e distanciamento físico.

Belo Horizonte, 07 de setembro de 2020

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

sábado, 5 de setembro de 2020

ATO CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO - 07/SET/2020 - 11H - PÇA DA BANDEIRA/BH

ATO CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO 

07/09, 11hr. Pça da Bandeira /BH

Fora Bolsonaro

Fora Mourão

Fora Guedes

Fora Damares

Fora Zema

Convidamos a todos para o ato de repúdio ao descaso do governo perante as mortes pela Covid-19, aos despejos violentos que têm acontecido em plena pandemia, a violência contra mulheres, meninas e todo tipo de violência policial que cresceu absurdamente.

Coletivos e organizações que assinam o ato:

Resistência Alvinegra

Nova Militância

SINASEFE IFMG

Antifa 82

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

Cruzeiro Antifa

Coletivo Alvorada.

Uso de máscara, álcool em gel e distanciamento.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A LUTA PELA ANISTIA NO BRASIL | ENCONTRO VIRTUAL (05/09 - 17H)

A LUTA PELA ANISTIA NO BRASIL

Sábado, dia 05/09/2020 – de 17:00 às 19h

 

Encontro virtual – Acesse:

https://meet.google.com/nsj-kemq-ogy

 

- 41 anos da lei de anistia parcial e restrita: por uma Anistia Ampla, Geral e Irrestrita!

 

- Mulheres em Luta: o Movimento Feminino pela Anistia;

 

- 30 anos da abertura da Vala de Perus.

 

- Mislele Souza da Silva:

Mestra em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Autora do livro Mulheres em Luta: o Movimento Feminino pela Anistia.

https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/34688-mulheres-em-luta-bro-movimento-feminino-pela-anistia

 

“O livro trata da luta pela anistia empreendida pelo Movimento Feminino Pela Anistia (MFPA) a partir do ano de 1975. Para tal análise, refletimos sobre os meandros da ditadura, a formação do MFPA, sua atuação e as variadas possibilidades de luta, especificamente através da atuação de Therezinha Zerbine e Helena Greco”.

 

- Suzana Lisboa:

Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. Foi militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Comitê Brasileiro pela Anistia – Seção Gaúcha (CBA/RS). Viúva de Luiz Eurico Tejera Lisboa, desaparecido cujo corpo foi localizado por ela, em 1979, no Cemitério Dom Bosco, Perus, São Paulo.

 

O Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos na Vala de Perus:

"Aqui os ditadores tentaram esconder os desaparecidos políticos, as vítimas da fome, da violência do estado policial, dos esquadrões da morte e, sobretudo os direitos dos cidadãos pobres da cidade de São Paulo. Fica registrado que os crimes contra a liberdade serão sempre descobertos".



- Mediação - Heloisa Greco (Bizoca):

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania. Foi uma das fundadoras do Movimento Feminino pela Anistia/MG (1977), do Comitê Brasileiro pela Anistia/MG (1978) e do Movimento Tortura Nunca Mais/MG (1985). Fez parte da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça/MG (2012-2016).

 

A Luta pela Anistia no Brasil:

No dia 28 de agosto deste ano a lei de anistia parcial (lei 6683/1979) completou 41 anos. Ela só foi possível a partir de forte pressão dos movimentos de luta contra a ditadura militar (1964-1985), os quais exigiam Anistia Ampla, Geral e Irrestrita. A ditadura, no entanto, impôs uma anistia restrita e parcial - muitas das vítimas do regime não foram anistiadas. Concedeu, por outro lado, anistia total e automática para os agentes do Estado que perpetraram crimes contra a humanidade: torturas, assassinatos, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres. Tais crimes, todos sabemos, são universalmente inafiançáveis, imprescritíveis e inanistiáveis.

 

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – Belo Horizonte/MG

https://www.facebook.com/events/321252219310252

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

DIREITOS HUMANOS, UMA LUTA ANTIFASCISTA ONTEM E HOJE (LIVE: QUARTA-FEIRA, 02/09, 19H)

“Prezades,

É com muita satisfação que apresentamos o Círculo de Estudos #07.

O Círculo de Estudos tem o propósito de analisar o Brasil contemporâneo, o extremismo político, o fascismo atual e suas características sob diversos olhares e perspectivas.

CÍRCULO DE ESTUDOS #07 – DIREITOS HUMANOS, UMA LUTA ANTIFASCISTA ONTEM E HOJE

Convidada: Heloisa Greco (Bizoca)

Membro do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania desde a sua fundação (2003). Na década de 1970 atuou no movimento estudantil e participou da imprensa alternativa - Jornais Gol a Gol se Pegá com o Pé é Dibra (DCE-UFMG), Movimento, Em Tempo, De Fato e Jornal dos Bairros. Foi uma das fundadoras do Movimento Feminino pela Anistia/MG (1977), do Comitê Brasileiro pela Anistia/MG (1978) e do Movimento Tortura Nunca Mais/MG (1985). Fez parte da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça/MG (2012-2016). É doutora em História pela UFMG, onde defendeu a tese Dimensões fundacionais da luta pela Anistia (2003). É professora aposentada da rede municipal de ensino de Belo Horizonte/MG”.

Evento online organizado pelo Complexus - Instituto de Educação e Pesquisa Social


LIVE - QUARTA-FEIRA, DIA 02/09/2020 – 19H – ACESSE: https://youtu.be/sTj2E5UXPmo

 

CERTIFICADO: https://www.sympla.com.br/circulo-de-estudos-07--direitos-humanos-uma-luta-antifascista-ontem-e-hoje__948989

 

https://www.facebook.com/events/760853658080599