"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

domingo, 19 de setembro de 2021

19 DE SETEMBRO DE 2021: CENTENÁRIO PAULO FREIRE! VIVA A EDUCAÇÃO POPULAR LIBERTADORA!

Seria uma atitude ingênua esperar que

as classes dominantes desenvolvessem

uma forma de Educação que proporcionasse

às classes dominadas perceber

as injustiças sociais de maneira crítica.

 

Quando a Educação não é libertadora,

o sonho do oprimido é ser o opressor.

Paulo Freire

        Paulo Freire, além de gigante, é eterno. Patrono da Educação Brasileira é considerado um dos maiores educadores – na teoria e na prática. Natural de Recife/PE, Paulo Freire implementou seu método revolucionário de alfabetização em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, de 1961 a 1963. É histórica a experiência de Angicos/RN, onde 300 cortadores de cana aprenderam a ler e a escrever em 45 dias.

       O Método Paulo Freire é o combate ao que ele chama de educação bancária. Para Paulo Freire, educadores e educandos são igualmente sujeitos aprendentes permanentes. Não são objetos transmissores (no caso dos educadores) ou receptores (no caso dos educandos) de um conhecimento instituído pela ideologia dominante. São, isto sim, sujeitos produtores de saberes cujo princípio é a transformação da realidade na perspectiva autoemancipatória. Para ele, a leitura do mundo precede a leitura da escrita – dialeticamente, uma não pode acontecer sem a outra. O Método Paulo Freire se construiu como instrumento de luta: é Anticapitalista, Anti-imperialista e Antirracista.

De 1964 a 1979, Paulo Freire foi submetido a 15 longos anos de exílio, pela ditadura militar (1964-1985). Em 1964, Paulo Freire foi compulsoriamente aposentado pela Universidade Federal de Pernambuco, onde lecionava História e Filosofia. Ficou preso durante 70 dias, depois expulso do país – tornou-se apátrida, a ditadura cassou até seu passaporte. Só voltou em agosto de 1979. Ele era considerado pelo sistema um dos oito maiores inimigos internos, absolutamente indesejáveis pelo regime. Foi classificado de inimigo da nação, perigoso subversivo e ignorante absoluto (sic). Tal como faz agora o governo genocida de Bolsonaro/Mourão, suas milícias e seus generais, todos entusiastas da ditadura militar.

A excelência da pedagogia crítica do Método Paulo Freire foi comprovada empiricamente em todo o mundo. Sobretudo em países da África nos anos 1970, em pleno processo de luta de libertação contra o colonialismo/imperialismo europeu: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe. Ao repertório revolucionário freiriano foram acrescentados o aporte decolonial de Frantz Fanon e Amilcar Cabral.

Paulo Freire sempre se colocou como militante de uma práxis pedagógica que hoje, mais do que nunca, permanece atual, necessária e presente!

COMPANHEIRO PAULO FREIRE (1921 - 1997):

PRESENTE, HOJE E SEMPRE!

Belo Horizonte, 19 de setembro de 2021

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

PRESIDENTE DA RÁDIO AUTÊNTICA FAVELA FM INTERROMPE E CENSURA ENTREVISTA SOBRE OS 27 ANOS DO PROJETO HORIZONTE/UFMG

Nós, do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, em apoio, reproduzimos na integra a publicação dos Projetos Horizonte e PrEP 15-19 Minas, da UFMG, com a carta do Professor Dirceu Greco:

Anunciamos a interrupção definitiva de nossa parceria com a Rádio Autêntica Favela, em virtude de um episódio de censura sofrido pelo nosso coordenador Prof. Dirceu Greco. Não toleraremos atitudes homofóbicas, reacionárias ou tentativas de silenciamento. Sentimos muito pela audiência que necessita de informação e apoio nos temas por nós tratados.

A seguir, a carta de repúdio e indignação à presidência da Radio Autêntica Favela, assinada pelo Professor Dirceu:

Carta de repúdio e indignação à presidência da Rádio Autêntica Favela

O fato: no dia 14 de setembro de 2021 participei de uma entrevista com o Ronie na programação da Rádio Autêntica Favela. Nesta abordaríamos, baseados em dois projetos coordenados pela UFMG (PrEP 15-19 e Projeto Horizonte), a prevenção às infecções sexualmente transmissíveis, o direito à diversidade e outros temas relacionados à sexualidade e aos Direitos Humanos. Este importante espaço foi aberto pela emissora para que o ocupássemos às 3as. feiras e esta foi a quinta vez que lá estivemos.

A pauta proposta, aprovada pela emissora, utilizava como mote a comemoração do 27º aniversário do Projeto Horizonte (PH). Incluía a importância do PH na defesa dos Direitos Humanos e da diversidade, tendo como foco principal a população LGBTQIA+, tão agredida em seus direitos e sujeita à violência, preconceito e discriminação.

A entrevista começou muito bem, com ótima interação com o repórter Ronie. Em torno do 7º minuto, entretanto, ele me comunicou, ao vivo, que o Presidente da emissora, Misael, queria falar comigo fora do ar.

Misael começou perguntando se eu era da UFMG e se a Universidade tratava de diversos assuntos – pergunta retórica que respondi sim, com tranquilidade. Em seguida, disse que por isso o tema da entrevista não poderia ser exclusivo para os LGBTIA+, pois a audiência da emissora tem diversos outros interesses. Ponderei que isso é claro e sabido, mas a atividade proposta e acordada previamente era para aquela população.

Ele complementou grosseiramente que, sendo assim, não havia sentido a entrevista. Sugeri então que voltássemos ao ar, ele fizesse esta explicação e encerrasse a entrevista. Ao invés disso, ele apenas desligou o telefone.

Com este fato, esta carta é para repudiar com indignação esta atitude de censura que, além de desrespeitosa comigo e com a equipe dos projetos, a reputo descabida, intolerável, homofóbica, grosseira, reacionária. Demonstra um posicionamento não comunitário de uma Rádio que, desde sua gênese, tem como papel precípuo a defesa e valorização de populações vulneráveis e marginalizadas.

Importante recuperar a trajetória da Rádio Favela e seu papel fundamental no histórico movimento de socialização dos meios de comunicação, concentrados neste país nas mãos de meia dúzia de famílias. A Rádio Favela começou a operar em 1981, sem licença legal, em plena ditadura militar. Iniciativa autônoma dos moradores da Vila Nossa Senhora de Fátima, no Aglomerado da Serra, foi muitas vezes alvo da repressão com invasões policiais e prisões dos seus membros. A emissora que começou como rádio pirata, completamente independente, tornou-se combativa rádio comunitária, tendo sido legalizada em 1996. Assim, atitudes como esta de seu presidente afrontam totalmente os princípios construídos pela Rádio Favela desde a sua origem.

Lamentavelmente, esse comportamento intempestivo e antidemocrático interrompe a parceria dos projetos PrEP 15 19 e Horizonte com a Rádio Autêntica Favela, que tinha tudo para ser um sucesso, principalmente pelo alcance da emissora e características do seu público, que necessita de informação e apoio nos temas por nós tratados.

Esta carta está copiada para todas e todos os contatos na emissora que nos ajudaram nos programas anteriores, para os parceiros nas redes sociais e na comunidade, incluindo movimentos sociais e coletivos, tais como o Centro de Referência LGBTQIA+ de Belo Horizonte, Cellos MG, Comissão Municipal de AIDS, Articulação Nacional de Luta contra a Aids (Anaids), Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG, Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

Belo Horizonte, 16 de setembro de 2021

Dirceu Greco Coordenador dos Projetos Horizonte e PrEP 15 19 – UFMG                                  Professor Emérito da Faculdade de Medicina, UFMG

- ACESSE:

 https://www.facebook.com/projetohorizonte.ufmg

@projetohorizonte_ufmg

https://www.facebook.com/prep1519minas

@nodeumatch

terça-feira, 7 de setembro de 2021

#7SForaBolsonaro | 27º Grito dos Excluídos e Excluídas

        Realizada, em Belo Horizonte, no dia 07 de Setembro/2021, manifestação contra o governo genocida, militar e miliciano de Bolsonaro/Mourão. Além disto, contra as privatizações, pela defesa do serviço público, por renda, emprego, auxílio digno e vacina.
      A concentração do ato foi na Praça Afonso Arinos, seguiu em passeata pela Rua dos Guajajaras, Avenida Afonso Pena, Praça Sete e encerrou na Praça da Estação.
★FORA BOLSONARO, MOURÃO E MILITARES! ABAIXO O GOVERNO GENOCIDA DE MILICOS E MILÍCIAS!
★FORA GOLPISTAS E PRIVATISTAS!
★ABAIXO O FASCISMO, O CONSERVADORISMO E O NEOLIBERALISMO!
Belo Horizonte, 07 de Setembro de 2021
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG









segunda-feira, 6 de setembro de 2021

★ ATO NACIONAL #7S ★

#ForaBolsonaro | Grito dos Excluídos

Terça-feira, dia 07/09/2021, às 10H

– Concentração: Praça Afonso Arinos – Belo Horizonte/MG

- Venha de máscara (PFF2/N95 ou duas máscaras);

- Se puder, utilize face shield;

- Leve seu álcool em gel;

- Mantenha a distância de 2 metros dos demais manifestantes.

FORA BOLSONARO, MOURÃO E MILITARES!

ABAIXO O GOVERNO GENOCIDA DE MILICOS E MILÍCIAS!

FORA GOLPISTAS E PRIVATISTAS!

ABAIXO O FASCISMO, O CONSERVADORISMO E O NEOLIBERALISMO!

#VacinaNoBraçoComidaNoPrato

#DigaNãoÀPrivatização

#DigaNãoÀReformaAdministrativa

#CancelaPEC32

#EmDefesaDoServiçoPúblico

#MarcoTemporalNão

#PL490Não

#ForaZema

#7SForaBolsonaro

#InstitutoHelenaGreco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

sábado, 4 de setembro de 2021

MOBILIZAÇÃO NACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS CONTRA O MARCO TEMPORAL

Com a continuidade do julgamento do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, dia 02/09, diversos Povos Indígenas em todo país se mobilizaram em denúncia a essa tese espúria. No Sul da Bahia, os Pataxó fecharam a BR-101, nas proximidades do Monte Pascoal, e a BR-367, nas proximidades da Aldeia Pataxó Coroa Vermelha.

Nessa última semana, no dia 31/08, os Pataxó do território da Ponta Grande sofreram uma ação truculenta por parte das polícias federal e militar, de destruição de barracas de praia e casas. Ação essa empreendida pelo prefeito bolsonarista de Porto Seguro/BA Jânio Natal que, aproveitando um ofício do Ministério Publico Federal que autorizava a identificação dos responsáveis pelas construções, direcionou as forças repressivas para a destruição das barracas e casas. Ação totalmente ilegal já que o oficio autorizava identificação, não destruição das construções. A luta contra essa violência somou-se àquela já articulada contra o marco temporal.

Concomitante com essas mobilizações, diversos povos mantêm de pé, desde o dia 22/08, o Acampamento Luta pela Vida que repudia o chamado marco temporal. Este é sinônimo de tentativa de esbulho definitivo das terras ancestrais dos Povos Indígenas. Trata-se de uma das maiores mobilizações dos Povos Indígenas dos últimos tempos, sistematicamente ocultada pelas mídias burguesas.

A tramitação da tese do marco temporal no STF, junto com o PL 490 na Câmara Federal, sob a égide do governo fascista e anti-indígena de Bolsonaro/Mourão, constrói um dos piores cenários para os Povos Indígenas desde a ditadura militar.

Contra essa tese falaciosa do marco temporal o Acampamento Luta pela Vida resiste, sob feroz clima de repressão. São recorrentes os adiamentos da votação pelo STF, a data foi novamente protelada para o próximo dia 08/09. Esses adiamentos da votação tentam vencer pelo cansaço a mobilização.

Os Povos Indígenas perseveram na luta: eles têm o acúmulo de 521 longos anos de resistência à opressão.

Pela demarcação de todas as terras indígenas!

#MarcoTemporalNão

#PL490Não

Todo apoio à #MobilizaçãoNacionalIndígena e ao Acampamento #LutaPelaVida

Todo apoio à #MarchaDasMulheresIndígenas

Belo Horizonte, 04 de setembro de 2021

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG