"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 2025

A Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU é de 1948. Depois vieram mais pactos e convenções - pressão da classe trabalhadora e dos movimentos sociais. Em 77 anos, contudo, as violações dos Direitos Humanos foram gigantescas.

Dois eventos de 1948 mostram a ineficácia da Declaração: o apartheid sul africano (1948-1994) e a criação pela ONU do Estado colonial nazissionista de Israel. Há 77 anos começou o genocídio continuado do Povo Palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. O imobilismo da ONU e o imperialismo (EUA e Europa) respaldam estes dois eventos.

O Brasil é campeão mundial em violações dos Direitos Humanos. Tem a maior desigualdade social do mundo. Tem a terceira maior população carcerária. Tem mais casos de trabalho escravizado. É campeão em violência de gênero, feminicídios, estupros, gravidez de crianças e adolescentes, transfeminicídios e violência contra LGBTQIAPN+.

A tortura e o desaparecimento forçado são institucionais - legados da ditadura militar (1964-1985). A polícia é a mais letal do planeta. As chacinas são política de Estado. Daí a normalização de mais de 130 execuções em 24 horas (Complexos da Penha e do Alemão, Rio de Janeiro, 28/10). Há racismo e genocídio institucional do Povo Negro e dos Povos Indígenas. Nada de reparação pelos 350 anos de escravização, 525 anos de opressão e 21 anos de ditadura militar.

A luta pelos Direitos Humanos é antifascista, antirracista, anticolonial, feminista, anticapitalista. É luta contra o terrorismo de Estado - a necropolítica é a essência do capitalismo.

Saudamos os mais de oito meses do Memorial dos Direitos Humanos (antigo DOPS/MG e DOI-CODI) ocupado pelos movimentos sociais - lugar de luta permanente por memória, verdade e justiça. Total repúdio ao governo fascista Zema/Simões que criminaliza a ocupação, quer fazer despejo violento e fechar o Memorial para sempre.

No capitalismo não há direitos humanos.

Pelo fim do genocídio do povo palestino, do povo negro e dos povos indígenas!

Pelo fim da violência policial!

Por memória, verdade e justiça!

BH, 10/12/25

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania:

22 anos de luta!