"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

NOSSA SOLIDARIEDADE AO MPL E A TODAS E TODOS QUE LUTAM CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS - JUNHO/2013

Nossa solidariedade ao Movimento Passe Livre
 e a todas e todos que lutam
contra o aumento das passagens
Belo Horizonte, 14 de junho de 2013

O Instituto Helena Greco de Direitos humanos e Cidadania vem a público manifestar irrestrita solidariedade ao Movimento Passe Livre e a todas e todos que se mobilizam, em todo o país, na luta pelo direito ao transporte coletivo público, gratuito e de qualidade. Manifestamos também nosso mais veemente repúdio ao tucano Geraldo Alckmin (governador de São Paulo), ao petista Fernando Haddad (prefeito de São Paulo) e aos peemidebistas Sérgio Cabral Filho e Eduardo Paes, respectivamente governador do Rio de Janeiro e prefeito da capital.    Repudiamos com a mesma veemência as polícias militares do Rio de Janeiro e de São Paulo, que disputam o título de campeoníssimas mundiais em violência policial – estão entre aquelas que mais torturam e matam, em todo o planeta. 

         São estas polícias assassinas que, ao longo desta semana, têm transformado Rio de Janeiro e São Paulo em verdadeiras praças de guerra.  Assistimos a uma estarrecedora ocupação militar destas duas cidades.  A PM-RJ e a PM-SP lançam mão de todos os instrumentos de violência de que dispõem – tropas de choque armadas até os dentes, bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, gás pimenta, balas de borracha, cavalaria, tanques de guerra – para se lançar sobre os manifestantes como um exército no campo de batalha: o objetivo é eliminar o inimigo.  O alvo desta ferocidade absurda é, mais uma vez, o movimento popular , ou seja,  nós -  trabalhadores e estudantes.   Dezenas de pessoas foram presas indiscriminadamente, a maioria deles antes mesmo do início das manifestações.  A repressão atinge todas e todos que lutam por um novo paradigma de transporte público, que supere a lógica do lucro e do capital. É inquestionável a legitimidade desta luta: trata-se da garantia do direito de se locomover, negado a trinta e sete milhões de brasileiras e brasileiros (dados do IBGE).  O transporte se tornou o terceiro maior gasto das famílias.  Muitos trabalhadores deixam frequentemente de comer para poder pagar as passagens para o trabalho.

         Esta repressão que se abate sobre os manifestantes revela processo de crescente militarização e fascistização do Estado e da sociedade. Tal processo é naturalizado pelo aparato midiático, que não perde oportunidade de demonizar as lutas dos trabalhadores e demais oprimidos e reforçar a violência policial e institucional.  Só hoje, depois que jornalistas, lamentavelmente, foram atingidos, alguns jornais mostraram parte da sanha repressiva dos policiais militares – o corporativismo serviu, pelo menos, para uma cobertura um pouco mais real.    Fica evidente que não escapamos ilesos dos vinte e um anos de ditadura militar (1964-1985): o pessimamente chamado Estado Democrático de Direito manteve incólume o aparato repressivo. A destruição continuada do espaço público, a guerra generalizada contra os pobres e a criminalização das lutas populares se mantêm como políticas de Estado.

         Por outro lado, apesar de toda essa repressão, a luta pelo direito ao transporte coletivo público, gratuito e de qualidade tem avançado: o movimento continua firme no Rio e em São Paulo, foi vitorioso na redução da passagem em Goiânia e Porto Alegre e tem se fortalecido em todo o nordeste.  Em Belo Horizonte, precisamos também construir nosso movimento de forma coletiva, organizada, unitária e permanente – sem espontaneísmo e sem disputas de protagonismo.  Assim poderemos enfrentar a política de transporte coletivo privatista, extorsiva, segregacionista e repressora do governador tucano Antônio Anastasia e do prefeito do PSB Márcio Lacerda.

Toda solidariedade ao Movimento Passe Livre
e a todas e todos que lutam
contra o aumento das passagens!
Transporte coletivo público, gratuito e de qualidade para estudantes e trabalhadores!
Abaixo as empresas privadas,
pelo fim das concessões!
Abaixo a repressão!
Pela extinção da Polícia Militar!
Pelo desmantelamento do aparato repressivo!
Abaixo a mídia burguesa!
Viva a luta da
classe trabalhadora e do movimento popular!
Instituto Helena Greco
de Direitos Humanos e Cidadania – IHG/BH

Foto abaixo:junho/2013
Fonte:Passe Livre São Paulo

 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

NOTA DE REPÚDIO À REPRESSÃO CONTRA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

Nota de repúdio à repressão contra a população em situação de rua

Belo Horizonte, 12 de junho de 2013

                Nós, do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, manifestamos nosso veemente repúdio à ofensiva do governo municipal de Márcio Lacerda (PSB) e do governo estadual de Anastasia  (PSDB) contra a população em situação de rua de Belo Horizonte.   O Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis – CNDDH/PSR/CMR registrou dados impressionantes: cem homicídios de moradores de rua em dois anos – trinta em 2011, cinquenta e dois em 2012, dezoito em 2013. Só nesta semana, dois foram assassinados.  Estes dados mostram que cinco por cento da população de rua foram exterminados nesse período.  A população com trajetória de rua tem sido também submetida pelo poder público a saques cotidianos de seus pertences e instrumentos de trabalho.  Rotineiramente sofrem abusos, maus tratos, espancamentos e extorsões por parte das polícias civil e militar e da Guarda Municipal.  Fica evidente, portanto, que a política higienista e segregacionista dos governos municipal e estadual tem sido levada às máximas consequências.

 Além disto, Belo Horizonte mantém sua terrível tradição de grupos de extermínio e de grupos de policiais a paisana que reprimem moradores de rua patrocinados por empresários.   A Polícia Militar de Minas Gerais é das mais violentas do país e a Guarda Municipal tem se mostrado igualmente violenta contra os moradores das ocupações e a população com trajetória de rua.  Há ainda a iminência dos internamentos forçados de usuários de drogas, intenção já declarada pela institucionalidade.  Os chamados grandes eventos esportivos trazem o aprofundamento da política de privatização e expulsão dos pobres da cidade em nome da especulação imobiliária.  Esta política já está consolidada pelos senhores Márcio Lacerda e Antônio Anastasia.  Esta é também a política do governo federal, presidido por Dilma Roussef (PT), que transformou as Unidades de Polícia Pacificadora/UPPs em política de Estado.  As UPPs continuam a fazer o mesmo serviço de repressão e extermínio da população negra e pobre.

O quadro é absolutamente assustador e pode piorar ainda mais. Trata-se da generalização da guerra contra os pobres: as políticas públicas municipais, estaduais e federais têm sido, cada vez mais, informadas por esta prática.  Estamos vivendo, portanto, uma situação de genocídio institucionalizado.  Não podemos tolerar a institucionalização da barbárie, não podemos tolerar o intolerável! 

Somos todas e todos população de rua
e catadores de materiais recicláveis!

Abaixo o aparato repressivo!

Abaixo a política higienista, de segregação e criminalização dos
pobres, praticada por Márcio Lacerda e Antônio Anastasia!

Viva a luta da classe trabalhadora e do movimento popular!

 Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – IHG/BH

quinta-feira, 6 de junho de 2013

NOTA DE SOLIDARIEDADE AO DR. DIRCEU GRECO - 06/06/2013

Nota de solidariedade ao Dr. Dirceu Greco

         O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania vem a público prestar irrestrita solidariedade ao companheiro Dirceu Greco*, sumariamente demitido da Secretaria de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, nesta terça-feira (04/06/2013).  O que levou à sua demissão foi, mais uma vez, a rendição do governo federal ao fundamentalismo e conservadorismo extremo da bancada evangélica. Esta tem sido potencializada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, presidida pelo pastor homofóbico e racista Marcos Feliciano. 

       Ruy Burgos Filho e Eduardo Barbosa, diretores adjuntos da Secretaria de DST, AIDS e Hepatites Virais, se demitiram em solidariedade a Dirceu e por não concordarem com a linha conservadora consolidada no Ministério da Saúde. Também eles têm todo o nosso apoio.

        A sanha do fundamentalismo evangélico se abateu, desta vez, sobre campanha de prevenção de HIV/AIDS com foco nas prostitutas, lançada no último final de semana pela Secretaria de DST, AIDS e Hepatites Virais.  Esta campanha foi construída pelas próprias prostitutas em oficina comunitária nacional.   Ao demitir o Dr. Dirceu Greco, o ministro da saúde Alexandre Padilha e o governo Dilma confirmaram sua condição de reféns do que há de mais reacionário e deletério na sociedade brasileira. 

        O governo federal mantém, assim, a sua prática de criminalização dos movimentos sociais e de institucionalização do preconceito contra a diversidade: repudiamos com veemência mais esta ofensiva contra a construção dos direitos humanos e da cidadania.

Belo Horizonte, 6 de junho de 2013

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – IHG/BH

*Dirceu Greco é professor titular de do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG e um dos pioneiros da Bioética no Brasil. É filho de D. Helena Greco e apoiador do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.

terça-feira, 21 de maio de 2013

4º MAIO DE RESISTÊNCIA - SÁBADO, DIA 25 DE MAIO/2013, ÀS 16H

IVº MAIO DE RESISTÊNCIA !!!
A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA CONTRA 
A OPRESSÃO E A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA.
NESTA EDIÇÃO:
-GREVE UNIFICADA DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE
-OCUPAÇÕES  DE BELO HORIZONTE
-OPERÁRIOS DO JIRAU/RODÔNIA
-TRABALHADORAS TERCEIRIZADAS DA USP

PAINÉIS:
> GREVE DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE  
-Prof. Luiz Roberti/Comando Unificado de Greve e Sind-Rede.
> LUTA E RESISTÊNCIA DAS OCUPAÇÕES CAMILO TORRES E IRMÃ DOROTHY 
 -Lacerda/Coordenação da Camilo Torres, CSP-Conlutas e Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações-BH.
> LUTA DOS OPERÁRIOS DO JIRAU/RONDÔNIA
-Um operário do Jirau e Gerson Lima/Liga Operária.
> LUTA DAS TRABALHADORAS TERCEIRIZADAS DA USP 
-Flávia Vale/Pão e Rosas (LER-QI e Indepedentes ).

APÓS O DEBATE:
> MÚSICA AMBIENTE - CANÇÕES REVOLUCIONÁRIAS, MPB DE PROTESTO, MÚSICA  LATINO-AMERICANA E OUTRAS.
> MATERIAIS ALTERNATIVOS + SEBO (LIVROS E VINIS ) + LIVRO DAS MÃES DE MAIO/ SP  + TORTA VEGAN.  

MAIO DE RESISTÊNCIA é umas das atividades  periódicas de  formação realizadas pelo IHG para  membros, apoiadores,  militantes em geral e visitantes.Estas contam com a presença  dos movimentos  classistas e populares, dos movimentos sociais e políticos, das organizações libertárias e de esquerda.O  Maio de Resistência do IHG reflete a vontade de realização de um 1º de maio de luta em BH e de um mês inteiro de  luta autogestionária e classista, com unidade e horizontalidade.

SÁBADO, DIA 25 DE MAIO/2013, ÀS 16H
INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Rua Hermilo Alves, 290, Santa Tereza - BH/MG
Onibus:9103,9210 e sc01; Metrô: Estação Sta Efigênia
institutohelenagrecoblogspot.com

Evento no facebook:
https://www.facebook.com/events/128094600722703/?ref=22









sexta-feira, 10 de maio de 2013

DEBATE : A LUTA DOS TRABALHADORES E DA JUVENTUDE POR MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA - DIA 14/05/2013

 
 
 

DIA DAS MÃES CONTRA OS DESPEJOS - COMUNIDADES CAMILO TORRES, IRMÃ DOROTHY E ELIANA SILVA

 
 

7 ANOS DO MOVIMENTO MÃES DE MAIO - 11 DE MAIO DE 2013

É NESTE SÁBADO!!!
 
CONVOCAÇÃO GERAL A@S VERDADÊR@S: É NESTE SÁBADO (11/05), NA BAIXADA SANTISTA!!!

A partir das 9hs, no Sambódromo da Zona Noroeste de Santos-SP!

* Sairão 2 ônibus gratuitos de São Paulo para a Baixada Santista, ida e volta: do Terminal Jabaquara e do Centro de Osasco (Estação Osasco CPTM)

7 ANOS DO MOVIMENTO Mães de Maio, VÉSPERA DO DIA DAS MÃES GUERREIRAS DE MAIO - NA LUTA POR JUSTIÇA E PAZ!!!
homenagem às vítimas de Maio de 2006 e a todos DJs e MCs assassinados na Baixada... Santista: MC felipe boladao, DJ Felipe (2010), MC Duda do Marapê (2011), Mc Primo, Mc Careca Oficial (2012), DJ Láh (2013) e tod@s: Salve sua Memória Viva!

RAP E FUNK RESPONSA

Crias da Baixada

Influência Positiva

Família DUCORRE

Lauren

MC Pekeno e MC Barriga

MC Pelú e MC Matheus

Moysés A286 - Oficial.

Teresa Clemente - PRETA RARA

Rhéus

Sub-Elevação

Yzalú

TEATRO POPULAR

Trupe Teatro Olho da Rua

RÁDIO COMUNITÁRIA
Rádio da Juventude e Várzea Livre

BREAK & GRAFITTI

LOCAL: Sambódromo da Zona Noroeste de Santos-SP
HORÁRIO: Sábado (11/5), a partir das 9hs da manhã

* Favor levar doações de roupas, cobertores e comidas não perecíveis para as 350 famílias vítimas do incêndio na Vila Margariga - México 70

APOIOS:

Defensoria Pública
Educafro - Santos
MH2O Hip-Hop Organizado Organizado
Movimentação Hip-Hop Sim
Mutirão Cultural da Quebrada
Prefeitura Municipal de Santos
Sarau da Ademar
Sindest
SindSaude
Sintrasaude
Sind. dos Rodoviários - Santos
SETTAPORT
3M Digital

#MEMÓRIA, VERDADE, JUSTIÇA E LIBERDADE!
#SEM JUSTIÇA NÃO HÁ PAZ E AMOR REAL!
#DO POVO, PARA O POVO, PELO POVO!
#AQUI É NÓIS POR NÓIS MESM@S!

Um Salve Sempre Juntão com a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência (RJ), Campanha Reaja ou Será Mort@ (BA), Rede 2 de Outubro, (013) - Movimentação Hip-Hop Baixada Santista, Rede Extremo Sul, Comitê Contra o Genocídio da Juventude PPP, Fórum Municipal de Hip-Hop, Campanha Contra o Genocídio, Cordão da Mentira, Perifatividade, AmoPaz, Cooperifa, Mop@t, Teatro Mágico, Mesquiteiros, Elo em Brasa, Quilombaque Perus, Sarau da Ocupa, Rede Viva Periferia Viva, Rede Livre Leste, Sarau do Fórum, Sarau Rap, Família Rap É Compromisso, MH2R, Família Rap Nacional, Sarau na Quebrada, Encontro de Utopias, Sarau do Binho, União Popular das Mulheres, Sarau Suburbano, Pastoral Carcerária, Rede Não Te Cales, Direito no Cárcere, Sociedade Sem Prisões, Frente Anti-Prisional das Brigadas (MG), AMAFAVV-ES, ASFAB-BA, Comitê Goiano Contra Violência Policial, Círculo Palmarino, UNEAFRO, MNU, Comuna Força Ativa, Quilombo Raça e Classe, Campanha #Eu Pareço Suspeito?, Periferia Nossa Faixa de Gaza, Icarabe, Levante da Juventude, Coletivo Carrano Antimanicomial, Encontro Rap, Versão Popular, Anexo Verbal, Família Deeanto, Us Guerreiroz do Capão, Ag. Popular Solano Trindade, Sintonia Lado Sul, Negredo, Capão Cidadão, NSN, Rapper Pirata, D'Grand Stilo - Heliópolis, QI Alforria, Fino Du Rap, Sabota Jr., Tati Botelho, Marta Moura, Cia Kiwi de Teatro, Dolores Bocaberta, Brava Companhia, Trupe Lona Preta, Luta Popular, MTST, Assentamento Milton Santos - MST, Passe Livre, Coletivo DAR, Comboio, Moinho Vivo, Jairo Periafricania, Fábio Boca Di Quintal, Rapper Pirata, Extremo Leste Cartel, Vital Liberdade e Revolução, Zumaluma - Embú, B. Valente, Crônica Mendes, Záfrica Brasil, Família Mameluco-Afro-Brasileiro, Trilha $onora do Gueto, Umojá, Espírito de Zumbi, Núcleo Poder e Revolução, Repper Fiell Santa Marta, Núcleo de Familiares Cantagalo Pavão-Pavãozinho, Mães da Maré, Mães da Sé, Deley de Acari, Coletivo Levante Lutarmada, Grupo Tortura Nunca de SP e do RJ, Coletivo Merlino, Instituto Helena Greco, Cine Bijou Memória, Cine Ocupa, Ocupa Sampa, CDH Sapopemba, Tubarão Santos DuLixo, Suburbano Convicto, Banks Backspin, Rosana Bronks, Família Boogie Naipe, Família Bóia Fria, Família Daruê Malungo, Cia Os Crespos, Coletivo Mahins, Quilombage, Rede TVT, Passa Palavra, Família Desinformemonos, Núcleo Piratininga de Comunicação, Brasil de Fato, Rede Brasil Atual, SpressoSP, Lamparina Urbana, Maria Frô, Plínio Comenta, Blogueiras Feministas, Viomundo, Fórum, Rodrigo Vianna, Luis Nassif, Guerrêro CarlosCarlos Bola e Arte, Do Lado de Cá, Periferia em Movimento, Coletivo Vídeo Popular, NCA, Sacolão das Artes, Nosso Samba, Coletivo Zagaia, Quilombo, Caçandoquinha, Quilombo Rio dos Macacos, Uma Outra Opinião, Intersindical, Pastoral Sindical, Bancários-Santos, Coletivo CSOL, Portal Central Hip-Hop (DJ Corte Certu), Vereda Estreita, Sind. Urbanitários - Santos e região, Sinsprev, Mostra Luta, Xemalami, Rimatitude, Apocalipse Urbano, Procuru, ECLA - Espaço Cultural Latino-Americano, Assembléia Aty Guasú Guarani Kayowá, Brô MCs,
 
 
 

REPRESSÃO POLICIAL NAS COMUNIDADES CAMILO TORRES, IRMÃ DOROTHY E ELIANA SILVA - NOTA DO MLB

Nota do MLB sobre a repressão da polícia e da PBH
sobre as famílias das ocupações Eliana Silva, Camilo Torres e Irmã Dorothy  

Um trator com apoio do Batalhão de Choque chegou de surpresa com o objetivo de realizar o despejo das comunidades ...Eliana Silva, Camilo Torres e Irmã Dorothy. A polícia alegou que foi realizar a derrubada de apenas alguns barracos que estavam em construção (vale lembrar, de forma ilegal e sem mandato judicial). Independentemente dos motivos alegados pela PM, sua imensa truculência gerou indignação nas mais de 700 famílias que vivem nas três comunidades debaixo de tensão diária de sofrer um despejo a qualquer momento. Elas responderam aos ataques policiais com intensa mobilização. Barricadas foram formadas em frente às comunidades pelos moradores e outras 14 viaturas policiais foram acionadas assim, um enorme clima de medo e terror foi gerado. Junto ao aparato militar estavam 4 carros e um caminhão da Copasa. Os policiais durante todo o tempo agrediram verbalmente os moradores com xingamentos, provocações e ameaças. Fortemente armados, exibiam suas metralhadoras, revólveres, sprays de pimenta e cassetetes apontando-os para crianças, mulheres e idosos. Saíram correndo como “ratos” quando souberam da chegada de representantes da defensoria pública e de entidades de movimento sindical e de direitos humanos.
O que pudemos ver com essas ações é que a PM e a Prefeitura estão tentando criar um clima de terror nas famílias. Sem exagero, estamos diante de uma verdadeira guerra contra os pobres. Há alguns meses diversas incursões da PM e da Prefeitura vem sendo realizadas na região. Barracos de alvenaria foram derrubados, famílias tiveram cortados água e luz e ocorreram sobrevoos de helicópteros gerando muita desinformação.
Com ações cada dia mais agressivas, a PM e a PBH podem estar prestes a promover uma verdadeira tragédia na região.
Informamos a todos, que as famílias das três comunidades, demonstraram no dia de ontem mais uma vez, sua enorme disposição para luta e resistência. Nesse contexto, um processo de despejo das famílias, acarretará um verdadeiro banho de sangue na região.
Estamos mobilizados e vamos defender o direito humano de morar dignamente de todas as famílias dessas ocupações. Convocamos todas as pessoas de bem, defensoras da democracia e dos direitos humanos a se juntar ainda mais a nossa luta.
No sábado à noite, haverá um jantar em homenagem às mães da comunidade Eliana Silva que no mesmo dia, no ano passado, receberam de presente da Prefeitura de Belo Horizonte o despejo da primeira ocupação.
Seguimos na luta pela moradia digna, pela reforma urbana e uma pátria livre e soberana!

Belo Horizonte, 09 de maio de 2013
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB
Contato: (31) 9133-0983
 
 


 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

SOLIDARIEDADE ÀS OCUPAÇÕES CAMILO TORRES E IRMÃ DOROTHY - COMUNIDADES ESTÃO SOB AMEAÇA DE DESPEJO SEM APELAÇÃO - MAIO 2013

Nota de solidariedade às Comunidades
Camilo Torres e Irmã Dorothy
sob ameaça  de despejo sem apelação
      No dia 11/4/2013, o juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares condenou as trezentas famílias das Comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy ao despejo imediato.  Não há possibilidade de apelação ou recurso.  Estas famílias, para realizarem o direito básico à moradia, ocupam terrenos públicos no Barreiro – a maioria delas há seis anos.
Há vinte anos, estes terrenos têm sido objeto de transação ilegal entre o governo de Minas Gerais, a Prefeitura de Belo Horizonte, a Victor Pneus, a  TraMM Locação de Equipamentos Ltda e os Bancos Bradesco e Rural.  Antes da ocupação pelas Comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy o local estava completamente abandonado.  Não cumpria, portanto, sua função social e era objeto da mais evidente especulação imobiliária.   O prefeito Márcio Lacerda, o governador Anastasia e o poder judiciário representam os interesses das empresas e atacam o mais legítimo direito defendido pelas famílias ameaçadas de despejo: o direito à moradia .
As trabalhadoras e os trabalhadores das Comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy têm resistido bravamente às investidas do Estado, da propriedade privada e do capital. São cidadãos e cidadãs de todas as idades que construíram suas casas com as próprias mãos, preservam o espaço onde moram e imprimiram a mais legítima função social aos terrenos ocupados: o direito à existência digna.
Foi decretada a desocupação que deve, a qualquer momento, ser realizada pela Polícia Militar de Minas Gerais /PMMG, o que tem tudo para se transformar em banho de sangue.  Sabemos que a PMMG atua, nesta situação, como um exército no campo de batalha cujo objetivo é eliminar os inimigos. Aqueles que são considerados inimigos pela PMMG, nesse caso, são as trezentas famílias pobres que construíram as Comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy.  Lembremos do despejo da Eliana Silva 1 (maio/2012) e da tentativa de despejo da Zilah Spósito-Helena Greco (outubro/2011) onde a PM usou desde gás de pimenta contra crianças asmáticas e idosos cardíacos  até centenas de homens armados até os dentes, caveirão, cachorros, cavalos e helicópteros contra todas e todos os membros destas comunidades. O juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares considera exemplar a atuação da PMMG na reintegração de posse da Ocupação Eliana Silva 1 e determinou que o modelo seja aplicado no despejo das Comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy.
Não aceitamos  definitivamente  o despejo e defendemos o direito inalienável à resistência contra todas essas investidas. As Comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy têm o direito de permanecer onde estão. Continuaremos juntos a combater o projeto dos governos municipal, estadual e federal de garantir uma cidade só para os ricos.  Continuaremos lutando contra a violência policial e institucional, a guerra generalizada contra os pobres,  a criminalização  de suas lutas e a privatização do espaço público.
Lutamos por uma cidade que incorpore as necessidades, as lutas e as conquistas da classe trabalhadora.
 
Somos todas e todos Camilo Torres e Irmã Dorothy!
RESISTÊNCIA, SIM! DESPEJO, NÃO!
Belo Horizonte, maio de 2013
Comunidade Camilo Torres, Comunidade Irmã Dorothy e
Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações / FPSO-BH
 
Além do FPSO-BH e das Comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy, assinam esta nota:
 
AGB-BH, CRESS, CRESS, CSP-Conlutas, Consulta Popular, MMNDH-MG, MST, MAB, Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, Rede Feminista de Saúde, Pré-associação Solidariedade Plural, Pólos de Cidadania, PSTU, PSOL, Sind-rede, Sindess, Subsede Barreiro Sind-ute, Federação Democrática dos Metalúgicos de MG, Sinde-saúde Contagem, Metabase Inconfidentes, Sindicato dos Agicultores Familiares, Movimento Mulheres em Luta, Movimento Quilombo Raça e Classe.
 
Participe também do DIA DAS MÃES NA COMUNIDADE CAMILO TORRES.
12 de Maio – 9H, Comunidade Camilo Torres : Av. Perimetral, 450, Vila Santa Rita.