NOTÍCIA SOBRE O VIIº MAIO DE RESISTÊNCIA!
Foi realizada, na segunda-feira, dia 23 de
maio de 2016, a 7ª edição do Maio de Resistência. Esta é uma das atividades periódicas de formação e
militância organizadas pelo Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e
Cidadania para membros, apoiadores, militantes em geral e interessados. O Maio
de Resistência conta com a presença de categorias, movimentos classistas e
populares.
Nesta edição houve a
participação de Cleide Donária – trabalhadora da saúde de Belo Horizonte, servidora
pública e sindicalista; Prof. Túlio Lopes – membro do Comando de Greve dos Professores
da UEMG; Nilo Hallack, da Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres e
José Pereira Gonçalves, da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia
Ocidental. O irmão de José Pereira Gonçalves, Renato Nathan, foi assassinado em
Jacinópolis (Buritis/Rondônia) por policiais militares e pistoleiros a mando de
latifundiários, em abril de 2012.
Cleide
Donária denunciou o processo de desmonte e aniquilação da rede púbica de saúde perpetrado
em Belo Horizonte pela prefeitura de Márcio Lacerda (PSB/PSDB). Denunciou
também o programa em curso de precarização e demissão em massa, que já atingiu
mais de 3 500 trabalhadores(as) da saúde, com ênfase nos contratados e
terceirizados. Destacou a importância da
mobilização permanente dos(as) trabalhadores(as) da saúde para reverter este
processo e garantir o direito universal à saúde pública gratuita e de
qualidade.
Túlio
Lopes traçou um painel do processo de precarização sofrido pela Universidade do
Estado de Minas Gerais (UEMG) desde sua criação, em 1989. Este processo se agravou a partir de 2013, quando
se deu o aprofundamento das investidas rumo à privatização da
universidade. O governo Fernando
Pimentel (PT/PMDB) mantém esta política cujo desfecho pode resultar na
destruição da UEMG. Professores(as) da
UEMG e da UNIMONTES estão em greve para impedir esta destruição e garantir uma
universidade pública de qualidade, democrática e socialmente referenciada. Foram
também denunciados os baixíssimos salários. Professores(as) da UEMG de Frutal/MG
estão em greve e estudantes ocuparam universidade em apoio.
Nilo e
José Pereira denunciaram as permanentes e sistêmicas perseguições, ameaças e
assassinatos de trabalhadores(as) do campo e suas lideranças praticados em Rondônia
pelo
latifúndio. Este é representado sobretudo por
Carlos Faitaroni e sua Associação de Pecuaristas do Vale do Jamari – feroz grupo
de extermínio; pelo governador do Estado, Confúcio Moura (PMDB); e pela Polícia
Militar, comandada pelo Cel. Ênedy Dias. Destacou-se que o governo Dilma
Rousseff (PT/PCdoB/PMDB e outros) manteve a política de concentração de terras,
de favorecimento incondicional ao agronegócio, de violência e extermínio
sistemático de trabalhadores(as) do campo, de comunidades indígenas e
quilombolas. Jamais houve qualquer política de reforma agrária. Esta situação
se agrava com o governo interino de Michel Temer (PMDB/PSDB/PP e outros) que
empodera definitivamente setores abertamente fascistas como a bancada do
agronegócio. O terrorismo, o extermínio
de trabalhadores(as) do campo e genocídio de comunidades indígenas e
quilombolas, a guerra generalizada contra os pobres se consolidam cada vez mais
como método de governo e política de Estado. Por outro lado, a luta independente
dos trabalhadores(as) do campo radicaliza e se intensifica – é esta a única
maneira de destruir o latifúndio e garantir a terra para quem nela vive e
trabalha.
Estiveram
presentes nesta edição estudantes, trabalhadores(as) de várias categorias e militantes
de entidades e movimentos sociais. Houve também a participação de estudantes do
curso Interdisciplinar Saúde e do curso
de Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
O VIIº
Maio de Resistência foi organizado pelo Instituto Helena Greco de Direitos
Humanos e Cidadania com o apoio do Coletivo Estopim de Porto Seguro/Bahia.
Todo apoio aos
trabalhadores(as) da saúde!
Todo apoio aos
trabalhadores(as) da educação da UEMG!
Todo apoio às
ocupações dos(as) estudantes!
Viva a luta dos(as) trabalhadores(as) do campo!
Abaixo terrorismo
de Estado e do capital!
Belo Horizonte, 24
de maio de 2016
Instituto
Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG-BH/MG).
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