"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Protesto contra as prisões de manifestantes!!! 26/06/2014

REALIZADO O PROTESTO CONTRA AS PRISÕES DE MANIFESTANTES!!! PELA LIBERTAÇÃO DxS PRESxS POLÍTICxS!!!

O protesto foi realizado ontem,quinta-feira, dia 26/06/2014, às 17h, em frente ao CERESP/CENTRO-SUL (antigo DOPS - centro de tortura da ditadura). A concentração se deu no Monumento à resistência e à Luta pela Anistia em Minas Gerais (canteiro central da Av. Afonso Pena, em frente ao CERESP/CENTRO-SUL).

Dia 26 de junho/2014 foi Dia Internacional contra a tortura e 46 anos da  Passeata dos Cem mil - 1968/RJ.

O protesto foi convocado pela Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça-MG para lutar contra a repressão, contra a criminalização dos protestos, contra a criminalização dos movimentos sociais e para exigir a libertação imediata dxs presxs políticxs. 

Foram homenageados os mortos e desaparecidos políticos da época da ditadura e os quatro companheiros mortos pela PM, em BH, em junho/2013: Douglas Henrique de Oliveira Souza, Luiz Felipe Aniceto de Almeida, Luís Estrela e Lucas Daniel Alcântara Lima. Foi denunciada a morte do menino Luís Felipe Rangel Bento, 3 anos, assassinado no morro da Quitanda (Rio de Janeiro) pela PM com tiro de fuzil no rosto.

No ato, houve a defesa da libertação imediata de Rafael Braga Vieira (preso no Rio de Janeiro) e de Rafael Marques Lusvarghi e Fábio Hideki Harano ( presos em São Paulo). Em São Paulo também houve manifestações pela libertação dxs presxs políticxs. 

Estiveram presentes indivíduos, coletivos, entidades e organizações que participam da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça-MG e outros movimentos. 

Liberdade imediata para Calu e Igor!!! Liberdade imediata para Rafael Marques Lusvarghi e Fábio Hideki Harano!!! Liberdade imediata para Rafael Braga Vieira!!!

Toda solidariedade e à Karinny!!! 

Toda solidariedade aos familiares do menino Luís Felipe Rangel Bento e aos moradores do morro da Quitanda, onde aconteceu o assassinato. 

Abaixo a repressão! Pela liberdade de manifestação e expressão!

- Pelo fim das leis repressivas que criminalizam manifestantes! Pelo fim dos processos! Pelo trancamento de todas as ações penais contra presas e presos em manifestações!

- Pela libertação das presas e dos presos políticos das Jornadas de Junho/2013, das manifestações do 7 de setembro/2013 e das manifestações Anticopa /2014!

Belo Horizonte, 27 de junho de 2014
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - IHG


Leiam a nota da FIMVJ/MG (24/06/2014):
Abaixo: Fotos/arquivo - IHG




quarta-feira, 25 de junho de 2014

ABAIXO A REPRESSÃO! LIBERDADE IMEDIATA PARA OS MANIFESTANTES CALU E IGOR! TODA SOLIDARIEDADE À KARINNY, PRESA E ESPANCADA PELA PM! Nota da FIMVJ/MG - 24/06/2014


ABAIXO A REPRESSÃO! LIBERDADE IMEDIATA PARA 
OS MANIFESTANTES CALU E IGOR!
 TODA SOLIDARIEDADE À KARINNY, PRESA E ESPANCADA PELA PM!

            Nós, da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça/FIMVJ-MG,vimos a público manifestar o mais veemente repúdio à repressão que tem se abatido sobre as manifestações anticopa em todo o país.  Em Belo Horizonte, a feroz repressão aos protestos do dia 12/06/2014 (abertura da Copa) e do dia 14/06/2014 (primeiro jogo em BH) constitui uma das maiores demonstrações do terror de Estado já vistas nesta capital. No dia 14/junho, o cerco à manifestação mobilizou cinco mil policiais militares, só no entorno da Praça Sete. A cidade foi transformada, mais uma vez, em praça de guerra e em território de exceção – propriedade da FIFA e do capital. Repressão selvagem, revistas truculentas indiscriminadas, espancamentos, balas de borracha a queima roupa, gás de pimenta nos olhos de pessoas já contidas foram práticas sistemáticas. Grande parte dos policiais, além de fortemente armados, portava câmeras em seus capacetes – muitos deles não portavam identificação.    Vários jovens – pelo simples fato de serem jovens – foram revistados até cinco vezes no mesmo dia e tiveram seus documentos fotografados pela polícia.   Em São Paulo, no dia 23/06/2014, a polícia deu início à verdadeira caçada de manifestantes do Movimento Passe Livre, acirrando o processo de criminalização do movimento.

            Em Belo Horizonte, onze manifestantes foram detidos – entre eles, um adolescente. Por estar registrando a manifestação e a repressão, a companheiraKarinny foi presa por dois dias e espancada pela Polícia Militar até perder a consciência.  A companheira Calu e o companheiro Igor continuam presos no CERESP/Centro Sul e no CERESP/Gameleira, respectivamente.  Exigimos a imediata libertação de Calu e Igor. Prestamos toda a solidariedade à Karinny.

            Lembramos ainda o terrível saldo das jornadas de junho-julho/2013 e da Copa/FIFA. Em todo o país, centenas de manifestantes foram indiciados por saírem às ruas para protestar; cerca de vinte pessoas foram mortas pela repressão.  O ajudante de pedreiro Amarildo Souza – assassinado pela UPP da Rocinha – Rio de Janeiro, continua desaparecido.  Também no Rio, Rafael Braga Vieira, 25 anos, negro, morador de rua, foi condenado e cumpre cinco anos de prisão por portar produtos de limpeza. Em Belo Horizonte e na região metropolitana, quatro jovens foram mortos pela repressão: Douglas Henrique de Oliveira Souza, Luiz Felipe Aniceto de Almeida, Luís Estrela e Lucas Daniel Alcântara Lima.   Destacamos que dezenas de operários foram mortos e sofreram acidentes de trabalho durante a construção dos estádios e arenas da FIFA. Da mesma forma, as obras do PAC – como Jirau e Belo Monte – foram militarizadas: há dezenas de trabalhadores desaparecidos e presos. Há ainda dezenas camponeses presos por lutarem contra o latifúndio que tem matado milhares deles ao longo das duas últimas décadas, no Brasil. Todas estas mortes constituem responsabilidade do governo federal (PT, PMDB, PCdoB) da presidente Dilma Rousseff, do governo estadual de Anastasia/Aécio, do governo municipal de Márcio Lacerda e demais governos estaduais e municipais.

 A militarização da cidade se mantém e quer se perpetuar. A escalada da repressão segue seu curso. Leis repressivas contra manifestantes se multiplicam: a Assembleia Legislativa de Minas Gerais acaba de aprovar, inclusive, lei que proíbe as máscaras, que constituem instrumento de defesa dos manifestantes. Fica cada vez mais evidente que vivemos sob um Estado de exceção permanente que reproduz e leva às máximas consequências os métodos da ditadura militar. É o mesmo Estado que mantém fechados os arquivos da repressão e que impede a responsabilização e punição dos torturadores e assassinos de opositores durante a ditadura militar – crimes de lesa humanidade, portanto inafiançáveis, imprescritíveis e inanistiáveis. Este Estado incorpora o totalitarismo do mercado e do capital, que tem na sua essência a repressão desenfreada, a criminalização da juventude, a guerra generalizada contra os pobres, contra as lutas dos trabalhadores e contra os movimentos sociais. São estes os princípios da doutrina de pacificação – tributária da Doutrina de Segurança Nacional - como política de Estado.  A polícia que reprime manifestantes mata pobre todo dia.  Aí estão três casos recentes, que tiveram maior visibilidade: a auxiliar de limpeza Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, morta por policiais do 9º BPM e arrastada por sua viatura em Madureira-Rio de Janeiro, em 16/04/2014; o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira (DG) e o menino Mateus, assassinados pela UPP do Morro Pavão – Pavãozinho, Rio de Janeiro, em 22/04/2014.

A escalada da repressão, no entanto, não consegue conter a realização das manifestações: lutar contra a opressão é direito do qual os trabalhadores, a juventude e o povo não abrem mão. Em todo o Brasil são realizados protestos anticopa, minimizados pelo aparato midiático. Em junho/2014, estudantes da UFMG ocuparam a reitoria para impedir a militarização do campus, ocupado pelo aparato repressivo durante as jornadas de junho/2013. Além disso, houve aumento exponencial das greves de trabalhadores e das lutas estudantis em todo o país, também elas reprimidas com a selvageria típica do capital. Este tem à sua disposição o aparato midiático e o aparato policial-militar e jurídico.  Em São Paulo, quarenta e dois metroviários grevistas foram demitidos. Ainda em São Paulo, rodoviários grevistas também foram demitidos. Exigimos a readmissão imediata de todos os companheiros demitidos.

Somente a luta da classe trabalhadora, da juventude e do movimento popular terá condições de combater a exploração e opressão do Estado.  Esta batalha deve ser travada na perspectiva da luta de classes: com radicalidade e com independência em relação aos governos, ao Estado, aos patrões e à institucionalidade.  Demarcamos com setores do movimento – como o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa/COPAC e a Assembleia Popular Horizontal/APH de BH/MG- que adotam práticas, autoritárias, oportunistas, jurisdicistas e pelegas.  Tais setores se deixam levar pela ilusão de que tudo pode ser resolvido somente através do aparato jurídico. Acreditam que pode haver interlocução com a institucionalidade – até com o governador Anastasia! Fazem acordo e formam comissão em conjunto com a polícia (desde 2013), esta polícia que trata manifestantes, trabalhadores, sem-teto, jovens e grevistas como inimigos internos a serem eliminados.  

LIBERDADE IMEDIATA PARA CALU E IGOR! 
TODA SOLIDARIEDADE À KARINNY!

 Abaixo a repressão! Pela liberdade de manifestação e expressão!
·                Pelo fim das leis repressivas que criminalizam manifestantes! Pelo fim dos processos! Pelo trancamento de todas as ações penais contra presas e presos em manifestações!
·                Pela libertação das presas e presos das Jornadas de Junho/2013, das manifestações do 7 de setembro/2013 e das manifestações  anticopa /2014!
·                Pelo fim da criminalização dos pobres! Pelo fim da criminalização da luta dos estudantes! Pelo fim da criminalização da luta dos trabalhadores da cidade, do campo e do movimento popular!
·             Pelo fim das torturas e das execuções! Pelo fim do genocídio dos jovens, negros, indígenas e pobres!  
·             Fora a FIFA!
 Pela luta independente, realizada pela classe trabalhadora e pelo movimento popular, em relação ao Estado, aos governos, aos patrões e à institucionalidade!
Belo Horizonte, 24 de junho de 2014

 FRENTE INDEPENDENTE 

PELA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA/ FIMVJ-MG
 frentemvj.blogspot.com.br

sexta-feira, 20 de junho de 2014

PROTESTO CONTRA AS PRISÕES DE MANIFESTANTES!!! PELA LIBERTAÇÃO DxS PRESxS POLÍTICxS!!!
























PROTESTO CONTRA  AS PRISÕES DE MANIFESTANTES!!! 

PELA LIBERTAÇÃO DxS PRESxS POLÍTICxS!!!

Quinta-feira, dia 26/06/2014, às 17h
LOCAL: em frente ao CERESP/CENTRO-SUL (antigo DOPS - centro de tortura da ditadura) 
Av. Afonso Pena, 2351, Funcionários - BH/MG 

Liberdade imediata para Calu e Igor!!!  

Toda solidariedade à Karinny, detida e espancada  pela Polícia Militar até perder a consciência!

Abaixo a repressão! Pela liberdade de manifestação e expressão!
   - Pelo fim das leis repressivas que criminalizam manifestantes! Pelo fim dos processos! Pelo trancamento de todas as ações penais contra presas e presos em manifestações!
 -  Pela libertação das presas e dos presos políticos das Jornadas de Junho/2013, das manifestações do 7 de setembro/2013 e das manifestações Anticopa /2014!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO: CALABOUÇO 1968 - UM TIRO NO CORAÇÃO DO BRASIL , DIA 10/06/2014






















ENCONTRO COM O CINEASTA 
CARLOS PRONZATO

Exibição do documentário/2014:
Calabouço 1968 - um tiro no coração do Brasil (58 min.)
Direção e roteiro: Carlos Pronzato
Produção executiva: Paulo Gomes Neto e Geraldo Sardinha
Diretora de produção: Cristiane Paolinelli
Direção de fotografia: Edna Calheiros
Montagem: Juca Badaró
Trilha sonora: Sérgio Ricardo.
Produtora: La Mestiza Audiovisual

Sinopse fornecida pela produção do documentário:
"Em 28 de março de 1968, a ditadura civil-militar de 1964, através da Polícia Militar do Rio de Janeiro, invadiu o Restaurante Central dos Estudantes, conhecido como Calabouço, e assassinou o jovem estudante Edson Luis de Lima Souto com uma bala no coração. O assassinato serviu como o estopim que desencadeou uma onda de protestos e indignação em todo o país, culminando com a histórica “Passeata dos 100 mil”. O documentário relata os fatos históricos com depoimentos comoventes dos protagonistas da época e resgata um dos episódios mais dramáticos, como parte daquelas memoráveis lutas travadas pelo movimento estudantil contra a ditadura."

*Exposição do diretor e roda de conversa 

TERÇA-FEIRA, DIA 10/06/2014, ÀS 18H30
Local:Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania/IHG
-Rua Hermilo Alves, nº 290, Bairro Santa Tereza - BH/MG


Evento em rede social:
https://www.facebook.com/events/1429607163971526/?context=create&ref_dashboard_filter=upcoming&source=49

Teaser do documentário "Calabouço - 1968, um tiro no coração do Brasil". 

domingo, 25 de maio de 2014

Vº MAIO DE RESISTÊNCIA!!! Quinta-feira, dia 29/05/2014, às 18h30min, no SINDADOS/MG






























Vº MAIO DE RESISTÊNCIA!!! 

*Quinta-feira, dia 29/05/2014, às 18h30min
*Local/apoio: SINDADOS/MG 
- Rua David Campista, 150, Bairro Floresta - BH/MG

Nesta edição:

1ª greve dos(as) trabalhadores(as) da assistência social da PBH;
greve dos(as) professores(as) da rede municipal de BH;
greve dos(as) professores(as) da rede estadual de MG; greve dos trabalhadores(as) dos(as) Correios de MG;
greve dos(as) trabalhadores(as) da construção de BH e Região;
luta das trabalhadoras terceirizadas da USP.

Painéis:
* Maykel Calais - Trabalhador da assistência social da PBH.
* Heloísa Gouvêia - Professora da rede municipal de BH.
* Rômulo Radicchi - Professor da rede estadual de MG e membro do Movimento Classista dos Trabalhadores da Educação (MOCLATE).
* Pedro Paulo Pinheiro - Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (SINTECT-MG).
* Um companheiro - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção em BH e Região.
* Silvana Araújo - Linha de frente da luta das trabalhadoras terceirizadas da USP.

Maio de resistência 
- A luta da classe trabalhadora contra a opressão e a exploração capitalista:
É uma das atividades periódicas de formação realizadas pelo IHG para membros, apoiadores, militantes em geral e visitantes. Estas contam com a presença dos movimentos classistas e populares; dos movimentos sociais e políticos; das organizações libertárias e de esquerda. O Maio de Resistência do IHG reflete a vontade de realização, em BH, de um 1º de maio combativo e de um mês inteiro de luta classista, autogestionária e revolucionária - com unidade e horizontalidade.

*Agradecemos ao SINDADOS/MG - Sindicato dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares do Estado de Minas Gerais - por nos ter cedido o espaço.


Evento em rede social:

quarta-feira, 21 de maio de 2014

segunda-feira, 28 de abril de 2014

EIS A NOSSA DENÚNCIA E A NOSSA RESPOSTA ÀS PROVOCAÇÕES DA EXTREMA DIREITA:

¡NO PASARÁN! 
O espaço físico do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania/IHG, localizado na Rua Hermilo Alves, 290, Bairro Santa Tereza, BH/MG, tem sido alvo de provocações da extrema direita. Seu muro e seu portão foram pichados com dizeres anticomunistas, nazistas, machistas e homofóbicos.

A primeira pichação foi vista pelos membros do IHG no dia 27/01/2014; a segunda pichação foi vista por parceiros no dia 21/04/2014. Ambas foram fotografadas e arquivadas pelos membros do IHG - quem tiver interesse em ver este registro e só comparecer às nossas reuniões abertas (aos sábados, às 16h) ou às reuniões abertas da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça-MG, que acontecem no mesmo espaço. Não divulgamos as fotos destas pichações na web porque não queremos dar visibilidade a estas iniquidades.

Eis a nossa denúncia e a nossa resposta a estas provocações:

-¡NO PASARÁN! 
- ILS NE PASSERONT PAS! 
- NON PASSERANNO! 
- SIE WERBEN NICHT DURCHKOMMEN! 
- Не пройдут! 
- THEY SHALL NOT PASS!
- NÃO PASSARÃO!
NÃO PASSARÃO: nazistas, fascistas, integralistas, neoliberais, capitalistas, patrões & as direitas!
NÃO PASSARÃO: racistas, machistas, homofóbicos, lesbofóbicos & transfóbicos!
NÃO PASSARÃO: agentes da repressão - torturadores, policiais, militares, p2, defensores da ditadura militar, agentes provocadores & coniventes!
NÃO PASSARÃO: todos aqueles que criminalizam, exploram, oprimem & reprimem a classe trabalhadora, manifestantes & o movimento popular!
ABAIXO A REPRESSÃO!
PELO FIM DO APARATO REPRESSIVO!
PELA EXTINÇÃO DE TODAS AS POLÍCIAS!
INSTITUTO HELENA GRECO
DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA - IHG
28 de abril de 2014
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.




sábado, 26 de abril de 2014

REUNIÃO DA FIMVJ-MG NA SEGUNDA-FEIRA, DIA 28/04/2014, ÀS 18H30

Reunião da Frente Independente 
pela Memória, Verdade e Justiça-MG:
Luta contra a repressão e contra as perseguições políticas aos manifestantes do 7 de setembro!
Segunda-feira, dia 28/04/2014, às 18h30min
Local: IHG - Rua Hermilo Alves, 290, Bairro Santa Tereza - BH/MG
Evento:
https://www.facebook.com/events/1595270634030647/?context=create&ref_dashboard_filter=upcoming&source=49

Abaixo a repressão! Pela liberdade de manifestação e expressão!

- Pelo fim dos processos! Pelo trancamento de todas as ações penais contra os presos políticos do 7 de setembro!

- Pelo fim do aparato repressivo! Pelo fim imediato da Guarda Municipal! Pelo fim imediato da polícia militar, da polícia civil e da Força Nacional de Segurança Pública! Fora Forças Armadas! Fora FIFA!

-Pelo fim da criminalização dos pobres! Pelo fim da criminalização da luta dos estudantes! Pelo fim da criminalização da luta dos trabalhadores da cidade e do campo! Pelo fim da criminalização do movimento popular!

Pela luta independente, realizada pela classe trabalhadora e pelo movimento popular, em relação ao Estado, aos governos, aos patrões e à institucionalidade!

FRENTE INDEPENDENTE PELA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA-MG

sábado, 5 de abril de 2014

NOTA DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA E PRISÃO SOFRIDAS PELOS MILITANTES BIZOCA E BRUNO

Nota de repúdio à violência e prisão 
sofridas pelos militantes Bizoca e Bruno

           O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania/IHG vem a público manifestar o mais veemente repúdio à violência praticada pela Guarda Municipal de Belo Horizonte e pela Polícia Militar de Minas Gerais contra dois dos seus militantes.  Heloisa Greco (Bizoca) e Bruno A. Soares foram presos e sofreram espancamentos e tortura, no dia 30 de março de 2014, por volta da 19h00, na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza.

 Vamos aos fatos. Bizoca e Bruno tiravam fotos do busto de Duque de Caxias, um dos maiores repressores do século XIX.  Lá estava colado um emblemático flyer (mosquitinho) sobre a manifestação em repúdio ao golpe de 1964 convocada pela Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça-MG, da qual o IHG é membro.

Bruno e Bizoca foram, então, abordados por dois guardas municipais, Jardel Henrique e Itamar Silva.  Ambos empunhavam armas de eletrochoques – chamadas taser - e passaram a ameaçá-los com truculência. Deram imediatamente voz de prisão acusando os dois de “depredação de patrimônio público” (?). Jardel Henrique tinha retirado a identificação, o que é facilitado pelo providencial velcro dos uniformes da Guarda Municipal e da PM. Após vários empurrões, derrubaram Bizoca.  Em seguida, derrubaram Bruno, imobilizaram-no, começaram a chutar e aplicar choques elétricos em todo o seu corpo, por mais de cinco minutos.

Logo depois, chegou um homem a paisana, que também passou a chutar Bruno e Bizoca.  Disse que podia fazer qualquer coisa porque era policial. Havia mais dois indivíduos a paisana agindo de forma truculenta.  Exatamente os três – juntamente com os PMs e os guardas municipais que estavam na ocorrência - foram arrolados como testemunhas contra Bizoca e Bruno.  Trata-se, certamente de P2, policiais infiltrados para monitorar cidadãos, denunciá-los e reforçar a repressão – tão presentes em toda e qualquer manifestação popular.   Os militantes do IHG foram acusados de pichação, desacato, resistência à prisão e agressão física a seus repressores.   Nós, do IHG, desqualificamos totalmente estas acusações.

 Os guardas municipais, então, pressionaram a cabeça de Bruno no asfalto e o algemaram.    Aí, chegaram os policiais militares – mais de uma dezena deles, alguns da tropa de choque, em várias viaturas. Eram chefiados pela Comandante de Policiamento da Capital em pessoa, a Coronel Cláudia Romualdo – a mesmíssima repressora feroz das jornadas de junho de 2013 -, o que potencializou a violência policial.  Bruno foi mantido algemado nas costas, propositalmente de frente para a Igreja de Santa Tereza, em saída de missa. Os policiais disseram que queriam que todos o vissem naquela situação, em mais uma tentativa infame de humilhá-lo.    

Bizoca foi imobilizada com extrema brutalidade pela PM, o que deixou seus dois braços machucados. Foi, literalmente, arremessada no camburão.  Durante toda a agressão houve participação direta da cel. Cláudia.  Bruno foi atirado com a mesma violência em outra viatura, juntamente com um jovem que estava no local.  Este foi preso pelo fato de ter dito que era covardia a ação dos PMs e dos guardas municipais. Não foi o único a se indignar:  pessoas que saíam da Igreja de Santa Tereza e aquelas que estavam na praça – que presenciaram os choques elétricos e as agressões - também disseram que era covardia o que foi feito contra Bruno, que já estava imobilizado, e Bizoca, que tem 62 anos de idade, mede 1,50m e pesa pouco mais de 43 quilos.

  Bizoca, Bruno e o jovem passante foram conduzidos à Central de Flagrantes (Rua Pouso Alegre, Floresta). Durante todo o trajeto foram ameaçados e agredidos verbalmente: os PMs disseram que os detidos tiveram sorte porque a abordagem inicial foi da Guarda Municipal - se tivesse sido deles teriam logo dado pauladas.  

Ao chegar à Central de Flagrantes, Bizoca foi jogada na carceragem da PM, onde já havia três homens presos, o que é absolutamente ilegal. Depois de muito protestar, foi de lá retirada e mantida no espaço dos conduzidos. Bruno e o jovem foram mantidos na carceragem nas seguintes condições: o tempo todo de pé (não há lugar para sentar), sem água, sem luz, no meio da urina que se espalhava no lugar. As pessoas tinham que urinar e defecar no chão de azulejo, uma vez que não há instalações para isso, nem sequer um ralo para escoamento dos dejetos.  São estas as condições das masmorras existentes em Minas e no Brasil. Os celulares de Bruno e Bizoca foram apreendidos e, depois,  inutilizados.  Os dois e o jovem detido com eles só foram ouvidos pelo delegado de plantão e liberados por volta de 04h30min da madrugada do dia seguinte.

 Bruno e Bizoca foram, então, ao Instituto Médico Legal para o exame de corpo de delito: ainda hoje, uma semana depois, Bruno continua mancando e ambos apresentam ferimentos e hematomas causados pelas agressões da Guarda Municipal e da PM.

            Familiares da Bizoca, que chegaram à Central de Flagrantes, foram abordados com truculência por uma policial civil que chegou a dar ordem de prisão a eles, o que evidentemente não se concretizou. Ao longo da noite do dia 30/03 e da madrugada do dia seguinte, amigos e militantes da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça-MG e de outras entidades compareceram para prestar solidariedade aos militantes presos. Também a Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, o Sindicato dos Advogados - MG e a Associação Brasileira de Advogados do Povo/ABRAPO estiveram presentes.  Seus advogados estão assistindo Bizoca, Bruno e o jovem que foi detido com eles.  

O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania tem recebido manifestações de solidariedade de todo o Brasil.  Bizoca e Bruno denunciaram amplamente as violências sofridas. Além disso, encaminharam denúncia formal às comissões de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil/OAB-MG, da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e da Câmara Federal. Na próxima semana, a denúncia será encaminhada também à Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público.

            O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania considera intolerável a violência a que foram submetidos seus militantes, o que aconteceu exatamente às vésperas do cinquentenário do golpe militar de 1964, que submeteu o Brasil a uma ditadura sangrenta.  Fica evidente que a Polícia Militar mantém a mesma prática da época da ditadura.  Atua sistematicamente como um exército no campo de batalha cujo objetivo é eliminar o inimigo.  A Guarda Municipal reproduz esta prática.  Afinal, os guardas municipais são treinados e coordenados pela PM e incorporam o paradigma da violência generalizada contra a população da cidade. 

Choques elétricos constituem método tradicional e institucionalizado de tortura do aparato repressivo.  A guarda municipal aplicou choques elétricos, ou seja, torturou o companheiro Bruno. Antes, os choques elétricos eram aplicados exclusivamente nos porões.  Agora são aplicados também em praça pública, a céu aberto e à vista de todos.

           O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania reitera o repúdio à violência da PM e da Guarda Municipal.  Responsabilizamos diretamente a comandante de policiamento da capital, coronel Cláudia Romualdo por toda esta violência.  Responsabilizamos também todos os guardas municipais e policiais militares envolvidos nas agressões.  Reafirmamos que lutamos pelo fim da PM, da Guarda Municipal e pelo desmantelamento do aparato repressivo.

            Agradecemos todas as manifestações de apoio e solidariedade que temos recebido dos movimentos e entidades que lutam conosco, ombro a ombro, contra todas as formas de repressão e opressão, contra o aparato repressivo e contra o terror de Estado, que continua a vigorar, agora sob o manto do pessimamente chamado Estado democrático de direito, que não é outra coisa senão o Estado penal.

Abaixo a repressão! Pela liberdade de manifestação e expressão!
Pelo fim imediato da Guarda Municipal e da Polícia Militar! 
Pelo fim de todas as polícias!       


Belo Horizonte, 5 de abril de 2014
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania



Imagem: Ao centro da foto, o  Guarda Municipal Jardel Henrique sem a sua identificação e, à direita, o Guarda Municipal Itamar Silva. Ambos agrediram e utilizaram as armas de eletrochoque. 
Foto: Bizoca - IHG