"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL 2022 - BH/MG

Na quarta-feira, dia 18/05/2022, foi realizado, em Belo Horizonte/MG, o “Cortejo Antimanicomial - Desmascarando a hipocrisia: loucura é verso, e liberdade, poesia".

A concentração do ato foi na Praça Afonso Arinos. A passeata seguiu, junto com o desfile do bloco Liberdade ainda que tam-tam, pelas ruas do centro. Houve protesto em frente à sede do Conselho Regional de Medicina (CRM/MG), na Rua Timbiras. O encerramento foi na Avenida Afonso Pena com palco aberto em frente à Secretaria Municipal de Saúde.

Foi organizado pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental, ASUSSAM (Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental - MG) e RENILA (Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial). Estavam presentes trabalhadoras/es em saúde mental, usuários, familiares, militantes da Luta Antimanicomial e dos Direitos Humanos.











POR UMA SOCIEDADE SEM PRISÕES E SEM MANICÔMIOS!

CRM NO SUS-BH, NÃO!

Belo Horizonte, dia 19 de maio de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG


segunda-feira, 16 de maio de 2022

DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL 2022

A ESCOLA DE SAMBA LIBERDADE AINDA QUE TANTAN TÁ DE VOLTA NAS RUAS DE BH. VENHAM COMEMORAR/MANIFESTAR CONOSCO, PARTICIPANDO DO CORTEJO ANTIMANICOMIAL "DESMASCARANDO A HIPOCRISIA: LOUCURA É VERSO, E LIBERDADE, POESIA".

 

DIA: 18 DE MAIO/2022 (QUARTA FEIRA)

HORÁRIO DA CONCENTRAÇÃO: 14 HORAS

LOCAL: PRAÇA AFONSO ARINOS (BH)


FONTE - Fórum Mineiro de Saúde Mental:


https://www.facebook.com/229120503955704/photos/a.229124823955272/1965034833697587/


@forummineiro


segunda-feira, 9 de maio de 2022

CRM NO SUS-BH, NÃO!


















PARA CONHECIMENTO E AMPLA DIVULGAÇÃO
Mais de 200 entidades, coletivos, instituições, projetos, associações, movimentos sociais, parlamentares, assinaram a Nota "CRM NO SUS-BH, NÃO!'' (link: https://shre.ink/Cpi), que será entregue ao Prefeito de Belo Horizonte, Sr. Fuad Noman.

FONTE - Fórum Mineiro de Saúde Mental:
https://www.facebook.com/F%C3%B3rum-Mineiro-De-Sa%C3%BAde-Mental-229120503955704/













domingo, 1 de maio de 2022

1º DE MAIO DE 2022: DIA INTERNACIONAL DE LUTA DA CLASSE TRABALHADORA

       Neste 1º de maio de 2022, mantém-se em ritmo de escalada o projeto de poder fascista e ultraliberal do governo genocida Bolsonaro (Partido Liberal)/Mourão (Republicanos). Sua essência é a tentativa de aniquilação definitiva dos direitos da classe trabalhadora, de suas conquistas e da memória de suas lutas. O Brasil – que voltou a ser o país da fome endêmica - se mantém invicto como campeão mundial em concentração de renda, desigualdade social, letalidade policial e destruição do meio ambiente. Foi o país que mais arrasou matas primárias em 2021. Tem um dos maiores índices de desemprego, arrocho salarial, carestia e inflação do mundo. Ao lado da política de privatização agressiva, a precarização do trabalho foi agudizada a tal ponto que o salário não é capaz sequer de garantir o mínimo necessário à sobrevivência física das/dos trabalhadoras/es – 40% da força de trabalho está na informalidade. Cresceu exponencialmente o número de casos de trabalho escravo e de trabalho infantil nas cidades, no campo, nas florestas. Nunca é demais repetir: as principais vítimas são sempre o Povo Negro e os Povos Indígenas – as mulheres são as mais atingidas. Este é o país que mais mata indígenas e pratica violências como estupro de mulheres e crianças indígenas no planeta. É também o país que mais mata defensores dos Direitos Humanos e trabalhadoras/es rurais em luta contra o latifúndio.

A necropolítica bolsonarista cumpre à risca os desígnios do ultraliberalismo: totalitarismo de mercado e terrorismo de Estado constituem a mesma coisa e se retroalimentam. A metade da população está literalmente a passar fome e quase 2/3 vivem no liminar da linha de miséria. Ao mesmo tempo, o agronegócio/latifúndio bate sistematicamente os próprios recordes em lucratividade: latifundiários não produzem alimentos, produzem commodities às custas da superexploração do trabalho precarizado e do trabalho escravo. Quem produz alimentos são a agricultura familiar e as/os trabalhadoras/es rurais em luta pela terra para quem nela trabalha.

   Assim como o agronegócio/latifúndio, o capital financeiro e as gigantes mineradoras e empreiteiras têm obtido lucros estratosféricos. Quatro bancos do país estão entre os 10 mais rentáveis do mundo. A genocida e ecocida Vale é a maior mineradora do planeta. Latifúndio, bancos e gigantes mineradoras e empreiteiras são tributários do genocídio institucional e do genocídio sanitário – ainda em curso, mas agora naturalizado.

    Aqui em Belo Horizonte e em Minas Gerais, a simultaneidade das recentes greves das/dos trabalhadoras/es em Educação das redes municipal e estadual do ensino básico e superior (UEMG e UNIMONTES) escancarou uma realidade nacional: as trabalhadoras/es são consideradas/os inimigas/os pelos governos e patrões. A prefeitura de Belo Horizonte se recusou a pagar o Piso Salarial Profissional Nacional determinado constitucionalmente, avançou na ofensiva de acabar com o plano de carreira da categoria e excluiu totalmente as/os aposentadas/os do limitadíssimo e insuficiente acordo proposto. O então prefeito Kalil (PSD) se recusou a negociar, como sempre. No seu último dia na prefeitura, a tropa de choque da guarda civil municipal espancou ferozmente as/os grevistas – dezenas ficaram feridas/os, houve risco de morte e prisão do sindicalista Wanderson Rocha. A mesma coisa aconteceu em 2018, quando as professoras da Educação Infantil foram espancadas pela tropa de choque da polícia militar. O novo prefeito Fuad (PSD) mantém a mesma postura. Nomeou para secretaria de saúde Claudia Navarro, do Conselho Regional de Medicina, a qual tem atuado de forma eminentemente negacionista, privatista, anti-SUS e contra a luta Antimanicomial.

O governo estadual bolsonarista Romeu Zema (Novo) nunca negociou com a categoria da Educação/MG, desde 2019, quando ele assumiu. Mandou reprimir e espancar grevistas em todo o estado. Recusou-se a pagar o Piso Salarial Profissional Nacional diante da luta combativa da categoria, mesmo depois da derrubada de seu veto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em votação quase unânime. Depois da derrubada do veto, o governador não sancionou a lei e a ALMG a promulgou. Com isto, Zema judicializou contra o pagamento do Piso. A categoria se mantém em estado de greve com paralisação e manifestação na Cidade Administrativa/MG no dia 06/05/2022. Zema empenhou estes quatro anos em sistemática escalada da privatização e militarização das escolas – parceria com as Forças Armadas e bancos como o Itaú/Unibanco, o qual está entre os 10 mais rentáveis do mundo. Romeu Zema tem feito o desmonte e a precarização totais da infraestrutura das escolas, desqualificando sistematicamente as/os profissionais de ensino.

        As greves das/dos trabalhadoras/es em Educação terminaram, mas as categorias continuam  mobilizadas, em luta por seus direitos não efetivados. Professoras/es da rede particular de Minas Gerais fizeram assembleia neste sábado (30/04) com indicativo de greve da categoria. Trata-se da luta contra os péssimos salários e condições de trabalho impostos pelo multimilionário sindicato patronal. 

As/os metroviárias/os da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), em Belo Horizonte, continuam em greve desde 21/03. Lutam contra a privatização do metrô e pela garantia de não demissão de 1.600 trabalhadoras/es concursadas/os, Privatização e ameaça de demissões constituem iniciativa de Paulo Guedes e Bolsonaro.

Também as/os servidoras/es públicas/es federais estão em mobilização permanente, com indicação de greve geral da categoria para maio.

A luta de todas/os é uma só: o combate à superexploração, ao arrocho, ao congelamento salariais, à opressão, à fome, ao necroliberalismo. É este o legado do bolsonarismo: violações dos Direitos Humanos, terrorismo de Estado, genocídio institucional, ecocídio, privatizações, totalitarismo de mercado. Trata-se de política fascista de terra arrasada em todos os níveis – método de governo e política de Estado que têm como núcleo destruição continuada e morte.

Só a luta combativa e autônoma da classe trabalhadora e demais exploradas/os poderá combater este legado nefasto. Esta luta é necessariamente Antirracista, Anticolonial, Antifascista, Anticapitalista. É também Feminista, Antipatriarcal, Antilgbtqia+fóbica. É preciso resgatar as energias classistas e emancipatórias da história do Dia Internacional das/os Trabalhadoras/es!

VIVA A LUTA INDEPENDENTE E COMBATIVA DA CLASSE TRABALHADORA!

POR UM 1º DE MAIO SEM CONCILIAÇÃO – SEM PELEGO E SEM PATRÃO!

ABAIXO AS PRIVATIZAÇÕES E O NEOLIBERALISMO!

FASCISTAS E CAPITALISTAS: NÃO PASSARÃO!

Belo Horizonte, 1º de maio de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG


quinta-feira, 21 de abril de 2022

★ COMPANHEIRA ★ GISELLE NOGUEIRA: PRESENTE, HOJE E SEMPRE!

Faleceu, no dia 20 de abril de 2022, a companheira guerrilheira, ex-presa política, escritora e grande jornalista da imprensa alternativa. Lutou contra a ditadura (1964-1985) e contra todas as formas de exploração e opressão.

COMPANHEIRA GISELLE: PRESENTE NA LUTA!

Belo Horizonte, 21 de abril de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

 

- Leia - “Casaco Marrom”: memórias de uma guerrilheira – Acesse: https://brasiliarios.com/colunas/76-angelica-torres/1247-casaco-marrom-memorias-de-uma-guerrilheira


sexta-feira, 15 de abril de 2022

TODO APOIO E SOLIDARIEDADE AO COMPANHEIRO ÍNDIO!

Ivaldi José Rodrigues, conhecido como Índio pelos movimentos sociais, e como Dinha por seus familiares, está com problemas de saúde e necessita de ajuda financeira.

O companheiro, durante toda a pandemia, tem enfrentado um câncer e está com dificuldades para comprar remédios que são caríssimos. Tem sentido fortes dores e está com dificuldades para arcar com vários tipos de despesas – alimentação, transporte, contas de água e luz e outros.

O companheiro Índio é referência da luta por moradia há décadas em Belo Horizonte/MG. Em 2011, foi articulador e um dos fundadores da Ocupação Helena Greco - Bairro Zilah Spósito - BH/MG. Atuou junto com Dona Helena Greco no Sarandi, em várias ocupações e movimentos populares. Índio é membro do Movimento de Luta Pela Moradia (MLPM).

Atualmente, o companheiro Índio está morando em Porto Seguro/Bahia e precisa se deslocar constantemente até Salvador/BA para fazer o tratamento. Teve também dificuldades para recebimentos de direitos trabalhistas.

Solicitamos às/aos companheiras/os que contribuam com qualquer quantia para o companheiro que lutou e que luta todos os dias ombro a ombro pela dignidade coletiva.

 

IVALDI JOSÉ RODRIGUES

PIX: (73) 9 8864 – 9614

NUBANK

 

BANCO: CAIXA ECONÔMICA (104)

AGÊNCIA: 3948

CONTA CORRENTE: 554574

CPF: 488.941.845.87

 

Belo Horizonte, 15 de abril de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

 

*Assista o vídeo produzido pelos familiares:


https://www.facebook.com/institutohelenagreco/videos/312996890919412/


https://www.instagram.com/p/CcYJkRKlue0/



sexta-feira, 1 de abril de 2022

1º ABRIL DE 2022 – 58 ANOS DO GOLPE DE 1964. DITADURA NUNCA MAIS!

O golpe militar de 1964 instaurou no Brasil uma ditadura (1964-1985) que se tornou referência para todas as outras do Cone Sul da América Latina. Todas seguiam a Doutrina de Segurança Nacional: anticomunismo exacerbado; Deus, Pátria e Família acima de tudo; defesa dos ideais do Ocidente; sujeição ao imperialismo estadunidense; contenção e eliminação dos inimigos internos. A ditadura brasileira exportou para as demais  técnicas de tortura, de desaparecimentos, de assassinatos de opositoras/es, de montagem do aparato repressivo.

Os Estados Unidos tiveram protagonismo em todas elas. Todas tinham o projeto fascista de modernização do capitalismo, a ser viabilizado pelo mais extremado terrorismo de Estado. Daí a criação conjunta da Operação Condor - a famigerada transnacional do terror - para a eliminação dos inimigos internos.

Em longevidade, a ditadura brasileira só perde para a do Paraguai (1954-1989). Assim, no Brasil, os militares tiveram tempo suficiente para concretizar a sua obra. Foram os militares que consolidaram a institucionalização da tortura, os desaparecimentos forçados e a fabricação do esquecimento. Formataram enorme aparato jurídico, gigantesco aparato repressivo e ubíqua estrutura de vigilância e censura. Milhares de pessoas foram cassadas, presas, torturadas, exiladas, banidas, mortas e desaparecidas. Este aparato repressivo vinculava organicamente as forças armadas, as polícias e grupos de extermínio.

O golpe militar continua a nos cercar por todos os lados. Foram os 21 anos de ditadura sangrenta e os 34 anos de transição pactuada (1985-2018) que abriram espaço para o advento do governo fascista Bolsonaro (PL)/Mourão (Republicanos). O quadro descrito ao longo desta nota se aplica ao projeto de poder bolsonarista. Este tem como referência a própria ditadura. Seus heróis são torturadores e milicianos (grupos de extermínio).

Tanto quanto a ditadura, o bolsonarismo tem ódio mortal dos Direitos Humanos e de qualquer tipo de diversidade. O Brasil é um dos campeões mundiais em concentração de renda e desigualdade social. Tem a polícia mais letal do mundo. Este é o país do racismo estrutural e do genocídio institucional do Povo Negro e dos Povos Indígenas. É o vice-campeão em genocídio sanitário deliberadamente provocado pelo negacionismo adotado como método de governo – são mais de 660 mil vidas perdidas para a COVID-19.  

Continuamos na luta pelo desmantelamento do aparato repressivo e na luta contra a tortura e o extermínio institucionalizados. Continuamos na luta pela abertura dos arquivos da repressão. Bolsonaro tem tentado destruir documentos sensíveis do Arquivo Nacional. Aniquilou o que havia de política pública voltada para Memória, Verdade e Justiça. Até hoje não foi resolvida a questão das/os desaparecidas/os políticas/os. A elas/es devemos enterro digno e resgate histórico. Não houve responsabilização pública dos seus algozes. Incluímos aí os empresários, latifundiários e banqueiros que respaldaram e financiaram a ditadura. Até hoje não constam nas nossas listas os nomes dos milhares de indígenas e trabalhadoras/es rurais trucidadas pela ditadura, pelo latifúndio e pelas gigantes empreiteiras e mineradoras.

Como a ditadura, o governo atual é dos militares: mais de seis mil estão incrustados em todas as malhas do aparelho de Estado. São todos entusiastas do golpe militar de 1964, da ditadura, da tortura. A mando de Bolsonaro, desde 2019 foram retomadas as ordens do dia alusivas ao 31 de março do Ministério da Defesa, assinadas pelo ministro e pelos três comandantes das forças armadas. Foi institucionalizada, assim, a apologia da ditadura e de crimes contra a humanidade, com respaldo do Supremo Tribunal Federal. Sempre no canhestro jargão da caserna, estas ordens do dia reproduzem fielmente o negacionismo histórico, o auto-enaltecimento e a mentira organizada – características essenciais da ditadura militar e do bolsonarismo.   A ordem do dia deste ano, como a do ano passado, é assinada pelo general Braga Netto (PL), ministro da defesa até ontem, candidato a vice-presidente de Bolsonaro.

Os fascismos prosperam em todas as instâncias de poder. O aparato repressivo é cada vez mais incrementado. Os inimigos internos são cada vez mais fustigados. Como tem acontecido com as professoras/es grevistas da rede estadual de Minas Gerais e da rede municipal de Belo Horizonte. Recentemente, a polícia militar do governador bolsonarista Zema (Novo) reprimiu grevistas em São João del Rei e Uberaba. No dia 29/03, em frente à prefeitura de Belo Horizonte – espaço público, portanto - professoras/es municipais foram brutalmente atacadas/os pela tropa de choque da guarda civil municipal, a mando do então prefeito Kalil (PSD). Houve espancamento generalizado com cassetetes. Houve bombas e tiros de escopetas com balas de borracha a curta distância. Grevistas que lá estavam, pouco mais de vinte pessoas, ficaram feridas/os - quatro deles mais gravemente. Felizmente agora todas/os estão fora de perigo. Um dos professores, que tomou forte golpe de cassetete na cabeça, foi literalmente arrastado, ainda desmaiado, para o pronto socorro. Depois foi preso e ficou incomunicável por horas.

Se já é aberração a existência de uma guarda civil municipal militarizada, é absolutamente inaceitável a feroz repressão desencadeada em cima de professoras/es em luta por seus direitos, pelo piso salarial, contra o aniquilamento de carreiras, contra a precarização do trabalho, contra o desmonte do ensino público.

Este cenário remete, mais uma vez, à ditadura militar. Lembremo-nos das históricas greves de 1979, quando as/os professoras/es também lutavam ao lado de diversas categorias. Toda a diretoria da União dos Trabalhadores de Ensino de Minas Gerais (UTE/MG) – hoje Sind-UTE/MG - foi presa e levada para o DOPS. Quatro trabalhadores grevistas foram assassinados pela polícia militar: três em Minas Gerais (o trabalhador da construção civil Orocílio Martins Gonçalves e os metalúrgicos Benedito Gonçalves e Guido Leão) e um em São Paulo (o metalúrgico Santo Dias). Saudamos as/os grevistas de ontem e de hoje. Nosso tributo a todas as vítimas do terrorismo de Estado e do capital.  A elas/es nossas homenagens e nossa solidariedade.

ABAIXO A REPRESSÃO!

GOLPE, DITADURA E TORTURA NUNCA MAIS!

PELO DIREITO À HISTÓRIA, À MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA!

FASCISTAS NÃO PASSARÃO!

Belo Horizonte, 1º de abril de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG


terça-feira, 29 de março de 2022

CRM NO SUS-BH, NÃO!

Segue Carta em Repúdio à indicação de representante do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) para ocupar o cargo de Secretária Municipal de Saúde de Belo Horizonte, assinada pelos presentes à Reunião Extraordinária convocada pelo Conselho Municipal de Saúde, ontem, 28/03.

https://www.facebook.com/229120503955704/photos/a.229124823955272/1932769820257422/

CRM NO SUS-BH, NÃO!

As entidades, coletivos, movimentos, organizações e mandatos de parlamentares abaixo assinadas, presentes na Reunião Extraordinária do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte do dia 28/03/2022, vêm afirmar seu decidido compromisso com a Política de Saúde de Belo Horizonte e manifestar o mais profundo repúdio pela indicação à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizontede representante do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG).

O SUS-BH não é espaço de privilégio de corporações, muito menos quando a entidade em questão se posiciona de forma equivocada em relação à saúde pública em vários campos, sempre defendendo interesses próprios e privatistas em detrimento da saúde da população. O atrelamento do CRMMG ao governo federal e sua política fascista e genocida, desqualifica-o, assim como as pessoas que o compõem, a gerir uma Secretaria cuja política funda-se em princípios democráticos, inclusivos, solidários e interprofissionais.

O posicionamento negacionista que legitimou a prescrição indiscriminada de medicamentos para tratamento à COVID-19 sem comprovação científica, a tentativa de interdição do trabalho médico nos Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM), as posições absurdas em relação à Reforma Sanitária, Reforma Psiquiátrica, Saúde da Mulher, Atenção Primária e tantos outros pontos da rede SUS-BH, demostram desprezo e desconhecimento com a maior política pública do país, bem como as pessoas que ali trabalham e dela usam por direito.

É, portanto, inadmissível cogitar a indicação de representantes da referida entidade, em flagrante conflito de interesses, especialmente para gerir um município que possui políticas públicas pioneiras, vitoriosas e reconhecidas nacionalmente e que se mostra exemplo de cuidado e zelo com a população neste momento de pandemia.

Não aceitaremos qualquer retrocesso ou desrespeito à saúde do povo, à sua história e seu controle social.

CRM NO SUS-BH, NÃO!

Assinam este documento:

Associação Brasileira de Ensino em Psicologia

Associação Brasileira de Juristas pela Democracia

Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia

Associação Brasileira de Psicologia Social Núcleo BH-Betim

Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais (ASUSSAM-MG)

Coletiva em Apoio às Mães Orfãs

Coletivo Alvorada

Coletivo Resistência de MG

Comissão Estadual de Reforma Psiquiátrica/CES-MG

Comissão Municipal de Reforma Psiquiátrica/CMS-BH

Conselhos de DAs e CAs da PUC-MG

Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais

Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte

Conselho Regional de Fonoaudiologia (6° Região)

Conselho Regional de Nutricionistas (9º Região)

Conselho Regional de Psicologia (CRP-04)

Conselho Regional de Serviço Social

Deputada Estadual Beatriz Cerqueira (PT)

Deputado Estadual Dr. Jean Freire (PT)

Deputado Federal Rogério Correia (PT)

Desencarcera MG

Diretório Acadêmico de Psicologia da PUC-MG

Federação Nacional dos Farmacêuticos

Fórum de Estudantes e Juventudes Anticapitalistas em Defesa do SUS-MG

Fórum Mineiro de Saúde Mental

Frente Brasil Popular

Frente Mineira Drogas e Direitos Humanos

Instituto DH

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG

Levante Popular da Juventude

Mandato ColetivA

Marcha da Maconha de BH

Marcha Mundial das Mulheres

Movimento dos Trabalhadores dos Serviços de Saúde Mental de Belo Horizonte

Movimento Nasce Leonina

Núcleo de Saúde do PT-BH

Observatório de Políticas e Cuidado em Saúde (UFMG)

Partido dos Trabalhadores de Belo Horizonte (PT-BH)

Rede de Saúde Mental UFMG

Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares

Rede Nacional Internúcleos de Luta Antimanicomial (RENILA)

Sindicato das/os Enfermeiras/os de Minas Gerais

Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais

Vereadora Bella Gonçalves (PSOL)

Vereador Pedro Patrus (PT)

domingo, 27 de março de 2022

MARCHA NO DIA DA MEMÓRIA: 46 ANOS DO GOLPE GENOCIDA ARGENTINO

Grandes manifestações protagonizadas por entidades de Direitos Humanos, movimentos populares, sindicatos e organizações de esquerda tomaram as ruas de toda Argentina nesta última quinta-feira, 24 de março, Dia da Memória.

Em Mar del Plata, apesar do tempo chuvoso, a manifestação contou com dezenas de organizações e mais de 30 mil pessoas. A marcha teve como lema: Seamos memoria en las calles. A manifestação é a primeira, desde o início da pandemia, convocada por todas as organizações que promovem a marcha anual em Memória da luta contra o golpe genocida argentino. Nesse momento de transição, os movimentos sociais reclamam outra vez o espaço das ruas para a Memória e exigem Verdade e Justiça.

A manifestação exigiu a abertura de todos os arquivos da ditadura militar (1976-1983) e a punição de todos os torturadores e repressores. Além disso, denunciou as perseguições e violências policiais nos dias de hoje - exigiu a punição dos repressores de ontem e hoje. A marcha ainda denunciou o acordo que o governo argentino tenta realizar com o FMI e lembrou-se das vítimas da COVID-19.

¡30.000 compañeras y compañeros detenidos-desaparecidos, presentes!

¡Restitución de la identidad de las nietas y nietos!

¡Libertad a las y los presos y presas políticas!

¡Tenemos 30.000 razones para decir no al acuerdo entre el gobierno y el FMI!



Mar del Plata, 27 de março de 2022

Notícia/Fotos: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – Belo Horizonte/MG.