Nota
de solidariedade
ao Grupo Tortura Nunca Mais-RJ
Belo
Horizonte, 21 de julho de 2012
O Instituto Helena Greco de Direitos
Humanos e Cidadania/IHG vem a público manifestar total solidariedade ao Grupo
Tortura Nunca Mais-RJ. No dia 19 de
julho, depois de ter sofrido ameaças sistemáticas por telefone, o GTNM-RJ teve
sua sede invadida e depredada, além de dinheiro, arquivos e documentos roubados. Repudiamos, com veemência, estas práticas
usuais da repressão. Exigimos das chamadas autoridades competentes que sejam
tomadas as providências cabíveis para a garantia da integridade física das
companheiras e companheiros do grupo e o ressarcimento dos prejuízos físicos e
financeiros.
Sabemos
que não serão estes procedimentos infames da repressão, que se esconde na
covardia do anonimato, que haverão de esmorecer a combatividade do Tortura
Nunca Mais-RJ. Nos últimos vinte e sete
anos – desde sua criação, em 1985 – este grupo tem sido referência nacional e
internacional na luta pelos direitos humanos e na luta pelo direito à verdade,
à memória e à justiça. Trata-se de luminoso exemplo para todas e todos que
lutam contra a situação de barbárie vigente.
Viva o Tortura Nunca Mais-RJ!
Abaixo a repressão!
Tortura Nunca Mais!
Ass.:
Instituto Helena Greco
de Direitos Humanos e Cidadania/IHG.
Abaixo:nota do GTNM/RJ
DENUNCIA
Nota Pública
Nota Pública
Invasão à Sede Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro!
O GTNM/RJ que há 27 anos vem
lutando pela memória, verdade e justiça do período de terrorismo de Estado que
se implantou em nosso país e, em menos de 10 dias sofreu duas ameaças das
forças retrógadas e saudosistas da ditadura civil-militar.
No dia 11 de julho último, cerca
das 14 horas, o GTNM/RJ recebeu um telefonema anônimo em que uma voz masculina,
demonstrando tranquilidade, declarou: “estou ligando para dizer que nós vamos
voltar e que isso aí vai acabar”.
Hoje, dia 19 de julho, quando a
secretária do GTNM/RJ chegou para trabalhar verificou que a sede do Grupo foi
invadida e foram furtados do caixa do Projeto Clínico Grupal a quantia de
R$1.567, 37, além de diversos documentos do grupo e notas fiscais de serviço.
Alguns arquivos também foram revirados e o computador estava ligado.
Não tememos estas ameaças, elas
não nos intimidarão e não nos farão recuar em nossa luta de quase trinta anos.
Já passamos por outras ameaças e outras invasões em nossa sede e em nosso site.
Continuaremos exigindo e lutando
por uma efetiva Comissão Nacional da Verdade e Justiça transparente e pública, pela
abertura dos Arquivos da ditadura e pelo cumprimento da sentença da Corte
Interamericana de Direitos Humanos do caso Araguaia.
Pela
Vida, Pela Paz
Tortura
Nunca Mais!
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