"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

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Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

sábado, 23 de janeiro de 2021

FORA BOLSONARO! FORA MOURÃO! FORA MILICOS E MILÍCIAS! PELO FIM DO GENOCÍDIO!


       O Brasil e o mundo têm assistido estarrecidos, consternados e revoltados a morte por asfixia de centenas de pacientes da COVID-19 em Manaus/AM – crime premeditado praticado por Bolsonaro, com a cumplicidade dos governos estadual e municipal. As missões precípuas do nefasto gen. Eduardo Pazuello no seu hipermilitarizado Ministério (?) da Saúde (?) são o negacionismo científico, a manipulação de dados, a sonegação de informações, a mentira organizada, o desmonte do que restou das políticas públicas sanitárias.  Ninguém foi responsabilizado formalmente, o massacre continua. O estado do Pará já padece da falta de oxigênio. Há projeções de que esta situação hedionda se alastrará por todo o país. Este tem o segundo maior número de mortos e infectados do planeta. Enfrenta agora novo pico da pandemia, ainda mais letal que o primeiro.

         A tentativa de aniquilação do SUS, centros de pesquisa, universidades federais, o boicote aos testes, vacinas, equipamentos de proteção individual, o incentivo às aglomerações foram alçados a método de governo. Assim como a imposição de medicamentos e terapêuticas anticientíficos, mistificadores e inócuos. A ofensiva do sistema de saúde privado (conglomerados farmacêuticos, planos de saúde, grandes redes de hospitais de luxo) na busca de lucros ainda mais obscenos do que aqueles já praticados completa o quadro. Há ainda a tentativa da FIESP et caterva de furar a fila na compra de vacinas para monetizá-las e controla-las a bel prazer do mercado.  O que foi recebido com muito entusiasmo pela mídia corporativa.

        Esta prática deliberada de propagação da doença e da morte está inserida na escalada da necropolítica em todas as instâncias do governo Bolsonaro/Mourão/Guedes. Escalada, portanto, da fome, do desemprego, da miserabilidade, da eliminação física, da destruição irreversível dos nossos principais biomas e dos territórios tradicionais dos povos originários e quilombolas. Este governo tem na sua essência a militarização do sistema, o ultraliberalismo e o mais tacanho fundamentalismo evangélico. Como na ditadura militar (1964-1985), é um governo dos generais, com a peculiaridade abjeta da presença orgânica das milícias no Palácio do Planalto. Tem como paradigmas torturadores sanguinários e milicianos genocidas. Trata-se de projeto explícito de extermínio cujos componentes principais são o racismo estrutural, o genocídio institucional e o patriarcalismo colonial.  Sua principal vítima é a população negra, indígena e pobre. Esta tem sido fisicamente eliminada pela polícia mais letal do mundo e pelo totalitarismo de mercado projetado por Paulo Guedes.  O incremento da violência policial através de medidas como a excludência de ilicitude, o incentivo à indústria armamentista e o projeto de autonomização das polícias reforçam ainda mais o aparato repressivo e suas milícias. O fim criminoso do chamado auxílio de emergência, a manutenção do teto de gastos e do arrocho salarial, o projeto de reforma administrativa, a corrida privatista, o aprofundamento da desigualdade social, da reforma trabalhista e da concentração de renda fazem parte da ofensiva brutal contra as conquistas históricas da classe trabalhadora, das mulheres, da população LGBTQIA+, dos movimentos sociais.

        Assim, o governo Bolsonaro/Mourão/Guedes incorporou literalmente o sinistro grito de guerra da Espanha franquista: Viva a morte! Abaixo a inteligência! Temos clareza que a luta contra a escalada desta necropolítica tem caráter permanente, estrutural e planetário. Nossa luta tem que ser necessariamente Antirracista, Antifascista, Anticapitalista, Antipatriarcal e Decolonial.  No Brasil é ainda mais urgente: é o país campensíssimo mundial em todas as graves violações dos Direitos Humanos. A começar pelo Direito à Vida, o mais básico deles.  Não esqueçamos que se trata de crime contra a humanidade.

        Prestamos aqui nosso tributo às mais de 215 mil vítimas da COVID19, aos familiares e aos profissionais da saúde. Estes enfrentam cotidianamente as mais absurdas adversidades, ao combater a pandemia e os crimes sanitários do bolsonarismo. A elas/es devemos nossas vidas. Tal tributo só se efetivará com um desagravo, a erradicação das práticas genocidas: o fim do governo Bolsonaro/Mourão/Guedes.

- IMPEACHMENT JÁ!

- FORA BOLSONARO GENOCIDA! FORA MOURÃO, GUEDES, MILICOS E MILÍCIAS!

- TESTE E VACINA PARA TODA A POPULAÇÃO!

- DEFENDER O SUS!

- RENDA BÁSICA JÁ!

- LUTAR NAS RUAS E GREVE GERAL!

- PELO FIM DO GENOCÍDIO DO POVO NEGRO E DOS POVOS INDÍGENAS!

- ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO E DO CAPITAL!

Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2021                                                                                      Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania                                                          Sempre na luta Antirracista, Antifascista e Anticapitalista!

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