"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

25 DE NOVEMBRO: DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA ÀS MULHERES

A 25 de novembro de 1960, as irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabal foram assassinadas sob tortura, na República Dominicana. As irmãs Mirabal – conhecidas como Las Mariposas - eram militantes contra a ditadura do generalíssimo Rafael Trujillo (1930-1961), responsável por mais de 30 mil mortes e desaparecimentos de opositoras/es. Tal regime – como as demais ditaduras na América Latina e no Caribe - foi fortemente apoiado pelos Estados Unidos. 

A combatividade das irmãs Mirabal contra a ditadura e contra o patriarcalismo se tornou um dos principais símbolos da luta feminista em todo o mundo. Em 1981, o Encontro Feminista Latino-americano e Caribenho, realizado na Colômbia, adotou a data como o Dia Latino-americano e Caribenho contra a Violência à Mulher. Em 1999, a ONU a adotou como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Para nós é sempre dia de reafirmar que esta luta tem caráter histórico, permanente, classista, estrutural e contra-hegemônico. Não há como erradicar a violência contra as mulheres e conquistar a emancipação feminina na vigência do sistema capitalista. Não há, portanto, como ser feminista sem ser Antimachista, Antipatriarcal, Antirracista, Anticolonial, Antifascista e Anticapitalista.

O lema Deus Pátria e família do governo genocida ainda vigente consolidou a ubiquidade do legado colonial escravocrata e a capilaridade do fascismo na sociedade. A criminalização das lutas das mulheres e o aniquilamento dos seus princípios e conquistas históricos são políticas de Estado de prioridade máxima. O país se consolidou de vez como um dos campeoníssimos mundiais em casos de estupro, violência doméstica, feminicídio e transfeminicídio. Tem ainda a terceira população carcerária feminina. As mais atingidas são as mulheres negras e indígenas, pobres, periféricas, submetidas ao trabalho precarizado. São elas também as principais vítimas do genocídio sanitário da COVID-19 provocado pelo negacionismo fascista deste governo.

A luta contra a violência às mulheres é necessariamente internacionalista. A Terra tem oito bilhões de habitantes: a maioria é de mulheres não brancas, pobres e periféricas. Esta maioria é oprimida globalmente por uma exígua minoria de machos brancos que comandam o totalitarismo de mercado (o tal neoliberalismo) e o terrorismo de Estado. Para que possamos prestar o devido tributo às companheiras que tombaram, lutaram e lutam contra toda esta situação de barbárie precisamos reforçar a radicalidade e a autonomia desta luta.

PELO FIM DA VIOLÊNCIA ÀS MULHERES!

ABAIXO O FEMINICÍDIO E TRANSFEMINICÍDIO!

MACHISTAS: NÃO PASSARÃO!

Belo Horizonte, 25 de novembro de 2022

Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG


Nenhum comentário:

Postar um comentário