"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

R. Hermilo Alves, 290, Santa Tereza, CEP: 31010-070 - Belo Horizonte/MG (Ônibus: 9103, 9210 - Metrô: Estação Sta. Efigênia). Contato: institutohelenagreco@gmail.com

Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

GRUPO DE ESTUDOS DE ANARQUISMO - IHG/3ª EDIÇÃO (2015)


GRUPO DE ESTUDOS DE ANARQUISMO - IHG
GEA-IHG ✰ 3ª EDIÇÃO (2015)

Todo ano ímpar, no segundo semestre, quatro encontros: de agosto a novembro de 2015 - último sábado de cada mês - de 16h às 18h
Local: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG)
- Rua Hermilo Alves, 290, Santa Tereza - BH/MG

 PROGRAMAÇÃO GEA-IHG ✰ 3ª EDIÇÃO (2015)

✰ 1º ENCONTRO (sábado, 29 de agosto de 2015, às 16h): 
MOURA, Maria Lacerda de. Serviço militar obrigatório para mulher? Recuso-me! Denuncio! . In: Serviço militar obrigatório para mulher? Recuso-me! Denuncio! (e outros escritos...). Guarujá, SP: Opúsculo Libertário, 1999 (3ª edição), p. 5-42

*Texto para baixar e imprimir:
http://www.4shared.com/file/9__aygdqba/GEAIHG_1Encontro_29Ago2015.html


✰2º ENCONTRO (sábado, 26 de setembro de 2015, às 16h): 
GOLDMAN, Emma. O indivíduo, a Sociedade e o Estado. In: TOLSTOI, Leon. A Insubmissão e GOLDMAN, Emma. O indivíduo, a Sociedade e o Estado. São Paulo: Imaginário, 1998, p.23-46.

*Texto para baixar e imprimir:
http://www.4shared.com/file/2p6VqYooce/GEAIHG2Encontro26Set2015.html


✰ 3º ENCONTRO (sábado, 31 de outubro de 2015, às 16h): 
RAGO, Margareth. Revolução e poder: A FAU e a Revolução Cubana. In: Entre a história e a liberdade Luce Fabbri e o anarquismo contemporâneo. São Paulo: Editora Unesp, 2001, p. 239-247.

*Texto para baixar e imprimir:


✰ 4º ENCONTRO (sábado, 28 de novembro de 2015, às 16h) 
- Direitos Humanos, Cidadania, Memória, Verdade e Justiça na perspectiva anarquista:
RODRIGUES, Edgar. Terceira parte: O assalto, O inquérito policial-militar, Os anarquistas no banco dos réus e Posfácio. In: O anarquismo no banco dos réus (1969-1972). Rio de Janeiro: FJR-Editores Associados, 1993, p. 49-86. 

*Texto para baixar e imprimir:
http://www.4shared.com/file/AiMuM_NJba/GEAIHG4Encontro28Nov2015.html


*Solicitamos a todas e todos que venham com os textos lidos em mãos! 
*Textos disponíveis no local para fotocópia - Caderno de Textos que pode ser adquirido.
* PARA QUEM QUISER PODEMOS ENVIAR POR E-MAIL OS TEXTOS (PDF) EM ARQUIVOS ANEXOS.

*Informações:


institutohelenagreco@gmail.com

 SOBRE O GRUPO DE ESTUDOS DE ANARQUISMO - IHG (GEA-IHG): 

O GEA-IHG é uma das atividades de difusão e troca de conhecimentos do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG) para membros, apoiadores, visitantes, militantes de movimentos sociais, militantes libertários, militantes de esquerda e demais interessados(as). 

Estudamos conceitos, correntes, tendências e a história do Anarquismo. O GEA-IHG é uma proposta dos membros do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania com a participação de apoiadores e visitantes presentes nas reuniões abertas de sábado. Durante estas reuniões são apresentados e deliberados textos para o grupo de estudos.

O GEA-IHG está aberto para toda a comunidade: é público. Não se trata de órgão de partido - não é fechado, interno ou só para membros. Não é tampouco meio de cooptação de militantes. Não é uma atividade de proselitismo ou de parcialização de versões e ideologias dentro do movimento socialista. O GEA-IHG não é atividade de alguma corrente ou tendência política específica.

É um grupo de estudos a partir da militância dos direitos humanos e cidadania para aqueles (as) que se reivindicam anarquistas, não anarquistas, adeptos de outras correntes socialistas, do movimento popular e para demais interessados(as). Trata-se de um espaço de leitura, de discussão e de exercício do dissenso. A manifestação é livre, é de cada um(a) que participa.

O objetivo é que todos(as) tenham contato com as correntes anarquistas: para que saibam da origem, da história, das ideias e dos movimentos. 

O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania não é uma organização política ou uma tendência setorial anarquista. O IHG de Direitos Humanos e Cidadania se coloca como um espaço apartidário de unidade de pessoas: trabalhadores(as), estudantes, militantes de movimentos sociais, militantes de esquerda, militantes de movimentos libertários (para além dos ismos) na luta pelos direitos humanos, cidadania, memória, verdade e justiça. Articula-se sempre de forma autogestionária, autônoma e independente com relação ao Estado, governos, comércios, empresas, patrões, parlamento, gabinetes, editais, fundo partidário, burocracia universitária, burocracia sindical e institucionalidade.


Nos grupos de estudos e na militância do IHG de Direitos Humanos e Cidadania não parcializamos, não oscilamos, não especificamos, não sintetizamos, não pós-modernizamos correntes e tendências do socialismo. O GEA-IHG é um espaço de difusão e troca de conhecimentos - uma atividade secundária, pois o foco do Instituto Heleno Greco é constituído pelos direitos humanos e cidadania. Reafirmamos, assim, a nossa unidade de indivíduos e a nossa independência - com classismo (perspectiva da classe trabalhadora) e combatividade. Lutamos contra todas as formas de opressão, exploração e autoritarismo - estamos ombro a ombro com os de baixo na luta contra o capitalismo, contra o totalitarismo de mercado (neoliberalismo) e contra as mazelas do Estado. Machistas, racistas, homofóbicos, lesbofóbicos, transfóbicos, integralistas, fascistas e nazistas não passarão!


Para mais informações sobre o Grupo de Estudos de Anarquismo-IHG entrem em contato, compareçam às reuniões abertas aos sábados, às 16h – participem da construção. Temos o caderno com todos os textos, o qual pode ser adquirido ou fotocopiado. Temos também links para baixar e imprimir.


O GEA-IHG ocorre sempre nos anos ímpares, no segundo semestre, com quatro encontros: de agosto a novembro, no último sábado de cada mês.


O último encontro de cada edição aborda direitos humanos, cidadania, memória, verdade e justiça, luta contra o terror de Estado e do capital na perspectiva anarquista. A 1ª edição do GEA-IHG foi no ano de 2011 (houve 10 encontros). A 2ª edição foi no ano de 2013 - a partir desta diminuímos para quatro encontros.


Não há necessidade de inscrição prévia. O GEA-IHG possibilita a entrada de novos interessados no decorrer do semestre. O(a) interessado(a) pode escolher de quais encontros irá participar. Basta ler os textos e comparecer nos debates. Participe, venha colocar seu ponto de vista.


SAUDAÇÕES LIBERTÁRIAS!

III MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO

III MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO - 24 DE AGOSTO - SALVADOR/BAHIA!
O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania estará presente na III Marcha Internacional contra o genocídio do Povo Negro! 
Somos apoiadores incondicionais da  III Marcha e da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto! 
- Pelo fim do genocídio do povo negro! Pelo fim das torturas, execuções e desaparecimentos forçados! Pela responsabilização e punição de todos os responsáveis pela chacina do Cabula!
- Toda solidariedade aos familiares das vítimas da chacina do Cabula! Toda solidariedade aos moradores do Cabula e às companheiras e companheiros da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto! Pelo fim das perseguições!
- Abaixo o racismo e a segregação! Abaixo a repressão!
- Pelo fim de todo o aparato repressivo! Pelo fim da polícia militar e de todas as polícias!
- Nenhum tipo de interlocução com o aparato repressivo!
- Abaixo o terror de Estado e do capital!
- Pelos direitos humanos e pela luta independente em relação ao Estado, aos governos, aos patrões e à institucionalidade!
Saudações às parceiras e parceiros do Movimento de Maioria Negra!
Belo Horizonte, 18 de agosto de 2015
INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Evento em rede social:

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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

REALIZADO O ENCONTRO DE LUTA CONTRA O TERROR DE ESTADO E DO CAPITAL

Encontro de luta contra o terror de Estado e do capital
Realizado, na sexta-feira, dia 14/08/2015, o Encontro de luta contra o terror de Estado e do capital.
Participação de indígenas, vítimas do terror de Estado, estudantes, trabalhadorxs e militantes de movimentos sociais.
Houve uma roda de conversa com Debora Silva Maria (Mães de Maio/SP), Mônica Cunha (Movimento Moleque/RJ), Avelin Cambiwa (Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas) e Nilcéa Moraleida (Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça/MG).

- Pelo fim do genocídio do povo negro e dos povos indígenas!
- Pelo fim das torturas, execuções e desaparecimentos forçados!
- Pelo fim da criminalização dos pobres! Pelo fim da criminalização da luta dos Trabalhadorxs do campo, da cidade e do movimento popular!
- Pela liberdade de todxs xs presxs políticxs! Pela liberdade de protesto, manifestação e expressão!

Belo Horizonte, 16 de agosto de 2015.
Notícia: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.

Acima/Fotos/Arquivo: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.
Abaixo/imagem: Bizoca (Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania), Avelin Cambiwa (Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas e Aldeia Umuarama), Debora Silva Maria (Movimento Independente Mães de Maio), Diva Moreira (militante de direitos humanos e do movimento negro), Mônica Cunha (Movimento Moleque) e Nilcéa Moraleida (Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça). Foto: Sávio Leite (cineasta, professor de cinema do Centro universitário UNA e MUMIA - Mostra Udigrudi Mundial de Animação).

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

DIA INTERNACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS EM BH



DIA INTERNACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS EM BH

Realizada, no dia 09/08/2015, a manifestação Chamada da alma vermelha - Dia Internacional dos Povos Indígenas. 

O ato foi convocado pela Aldeia Umuarama e pelo Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas. Aconteceu em frente ao Parque Municipal de Belo Horizonte/MG.

Foi denunciado o assassinato de Samuel Pataxó, conhecido como Samu, cujo nome indígena é Imamakã Vania. 

Samuel pertencia à Aldeia Coroa Vermelha, Porto Seguro/BA. Ele foi barbaramente espancado, torturado e assassinado em Betim/MG, no dia 06 de julho de 2014, provavelmente por agentes da repressão. Até agora nada foi esclarecido. O assassinato de Samuel aconteceu a poucos dias da Copa do Mundo.

Samuel tinha 19 anos e era artesão, veio para Minas Gerais provisoriamente por questões de trabalho e sobrevivência.

Samuel Pataxó: Presente na luta!

Belo Horizonte, 10 de agosto de 2015
Notícia/Fotos/Arquivos: 
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

ENCONTRO DE LUTA CONTRA O TERROR DE ESTADO E DO CAPITAL


ENCONTRO DE LUTA CONTRA O TERROR DE ESTADO E DO CAPITAL


*Sexta-feira, dia 14/08/2015, às 18h30min.

Local: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

- Rua Hermilo Alves, n°290, Bairro Santa Tereza - Belo Horizonte/MG



*Painéis seguidos de roda de conversa:


- Debora Silva Maria (Santos/SP): Mãe de vítima do terror de Estado - Movimento Mães de Maio.

- Mônica Cunha (Rio de Janeiro/RJ): Mãe de vítima do terror de Estado - Movimento Moleque.

- Avelin Cambiwa (Belo Horizonte/MG): Indígena - Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas.

- Nilcéa Moraleida (Belo Horizonte/MG): Presa política durante a ditadura militar (1964-1985) - Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça/MG.

- Pelo fim do genocídio do povo negro e dos povos indígenas!

- Pelo fim das torturas, execuções e desaparecimentos forçados!

- Pelo fim da criminalização dos pobres! Pelo fim da criminalização da luta dos Trabalhadorxs do campo, da cidade e do movimento popular!

- Pela liberdade de todxs xs presxs políticxs! Pela liberdade de protesto, manifestação e expressão!

*Emitiremos certificado.

*Após a programação do encontro, haverá coletânea de músicas: 
Hip Hop de luta contra o terror de Estado e do capital!

Evento em rede social:


ATO PELA LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO E CONTRA A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA!


Ato pela liberdade de manifestação e contra perseguição política
Realizado, no dia 29/07/2015, em Belo Horizonte, o Ato pela liberdade de manifestação e contra perseguição política - ato de desagravo ao Dr. Marino D’Icarahy.
O advogado Dr. Marino D’Icarahy tem atuado na defesa de manifestantes, de presos e perseguidos polítcos. Tem denunciado as perseguições do Estado à militantes que foram acusados de crimes por participarem de manifestações. Por isto, também, está sendo acusado e perseguido.
Segundo a Moção de apoio ao Advogado do Povo Dr. Marino D’Icarahy: "[Ele] está sendo perseguido não apenas no exercício de suas prerrogativas profissionais, mas também com ameaças a sua integridade física.
O Dr. Marino D’Icarahy, está sofrendo dois processos de calúnia e difamação. Em um deles é acusado, juntamente com outro advogado, o Dr. André de Paula, da Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), em função da postura combativa que ambos desenvolveram na defesa do ativista Jair Seixas Rodrigues. No outro processo, o Dr. Marino D’Icarahy supostamente teria praticado atos de calúnia e difamação contra o juiz Flávio Itabaiana, que preside o processo contra os 23 ativistas políticos.
Além dessas acusações, ele também responde a um procedimento policial no qual é acusado de coação em curso de processo e a uma representação na Ordem dos Advogados, seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ), por atos a ele atribuídos e também cometidos contra o juiz Flávio Itabaiana".http://abrapo.org.br/?p=718
O ato foi convocado pela ABRAPO (Associação Brasileira dos Advogados do Povo) e aconteceu na Escola Superior de Advocacia da OAB/MG.
Vários advogados, entidades, organizações e militantes estiveram presentes. Membros do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, que também estão sendo vítimas de perseguições, estiveram presentes.
- Todo nosso apoio aos presxs e perseguidxs políticxs.
- Todo nosso apoio Dr. Marino D’Icarahy e ao Dr. André de Paula.
- Pela liberdade de protesto, manifestação e expressão. Abaixo a criminalização dos movimentos sociais.
Belo Horizonte, 02 de agosto de 2015.
Notícia/Fotos/Arquivo:
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.


domingo, 2 de agosto de 2015

REALIZADO EM BELO HORIZONTE O ENCONTRO DE LUTA CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO


Encontro de luta contra o genocídio do povo negro
Realizado, sexta-feira, dia 31/07/2015, o "Encontro de luta contra o genocídio do povo negro".
Hamilton Borges - militante do Movimento de Maioria Negra e integrante da Campanha "Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto" - Salvador/BA, fez um relato sobre a trajetória de luta do movimento e um painel sobre a Chacina do Cabula. Relatou também as perseguições sistemáticas feitas a familiares das vítimas, a moradores e a integrantes da Campanha.
Após a fala do companheiro Hamilton, houve roda de conversa. Foi grande a participação das companheiras e companheiros presentes: foram feitas várias intervenções, perguntas e comentários.
Ao final da programação do encontro houve discotecagem ao som de Hip Hop/Rap. Participação do DJ Legal. "Hip Hop de luta contra o genocídio do povo negro". Os participantes prosseguiram a conversa sobre todas as questões colocadas pelo companheiro Hamilton.
O encontro aconteceu no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.
- Pelo fim do genocídio do povo negro! Pelo fim das torturas, execuções e desaparecimentos forçados! Pela responsabilização e punição de todos os responsáveis pela chacina do Cabula!
- Toda solidariedade aos familiares das vítimas da chacina do Cabula! Toda solidariedade aos moradores do Cabula e às companheiras e companheiros da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto! Pelo fim das perseguições!
- Abaixo o racismo e a segregação! Abaixo a repressão!
- Pelo fim de todo o aparato repressivo! Pelo fim da polícia militar e de todas as polícias!
- Nenhum tipo de interlocução com o aparato repressivo!
- Abaixo o terror de Estado e do capital!
- Pelos direitos humanos e pela luta independente em relação ao Estado, aos governos, aos patrões e à institucionalidade!
Belo Horizonte, 01 de agosto de 2015
Notícia/Fotos/Arquivo: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.






quinta-feira, 30 de julho de 2015

PELO FIM DO GENOCÍDIO DO POVO NEGRO! PELA RESPONSABILIZAÇÃO E PUNIÇÃO DE TODOS OS RESPONSÁVEIS PELA CHACINA DO CABULA, SALVADOR/BAHIA

Imagem: Familiares das vítimas da chacina do Cabula - Salvador/Bahia
Foto/Fonte: Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto/BA

 PELO FIM DO GENOCÍDIO DO POVO NEGRO!
PELA RESPONSABILIZAÇÃO E PUNIÇÃO DE TODOS OS RESPONSÁVEIS
PELA CHACINA DO CABULA, SALVADOR/BAHIA

 O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania vem a público manifestar o mais veemente repúdio à política de segregação e extermínio – típica dos campos de concentração - que assola Salvador/Bahia. Esta política tem se agravado sobretudo a partir da chacina do Cabula.  No dia 6 de fevereiro de 2015, 12 jovens negros – com idades entre 16 e 27 anos - foram mortos pela Polícia Militar baiana na Vila Moisés, Estrada das Barreiras, região do Cabula.  Todos apresentavam marcas de tortura, tiros nas mãos, cabeças, braços e costas – 5 tiros em cada corpo: evidências insofismáveis de execução.  No mesmo dia, mais 3  jovens negros foram assassinados pela PM no bairro Cosme de Farias, também em Salvador. 

Na última sexta-feira, 24 de julho de 2015, todos os 10 policiais que participaram da chacina – denunciados por homicídios triplamente qualificados - foram absolvidos em rito sumário pela juíza Marivalda Almeida Moutinho sob a alegação de legítima defesa. Mais uma vez, colocam-se como justificativas os nefastos autos de resistência, instrumentos sobejamente conhecidos como tentativa de legitimação/legalização de carnificinas perpetradas por agentes do Estado.   Tal sentença-relâmpago contempla os assassinos e, de novo, tenta criminalizar os jovens negros trucidados no massacre.

Esta política segregacionista é matéria de longa duração em todo o Brasil, mas tem componentes peculiares na Bahia. Em Salvador e no Brasil, as chacinas têm apresentado sistematicidade absolutamente avassaladora.  Se o Brasil é o país que mais mata negros no mundo (dados do Mapa da Violência, 2014), a Bahia é o segundo estado brasileiro com maior concentração de assassinatos de jovens entre 12 e 18 anos, negros em sua maioria. Se a polícia militar brasileira é racista e genocida, sendo considerada a mais violenta do mundo – aquela que mais mata entre todos os países – este processo de fascistização é levado às máximas consequências na Bahia: a polícia baiana é a que mais mata no Brasil. Aí, eugenia, higienismo e saneamento étnico constituem elementos essenciais da política de segurança pública, quadro que tem se consolidado nos mais de 8 anos (2006-2015) de gestão petista Jaques Wagner/Rui Costa.  Este último, em sua campanha para governador, defendeu abertamente pena de morte, prisão perpétua e redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.  Seu secretário de segurança pública, Maurício Barbosa, implementa a execução em massa do povo negro em nome da guerra contra as drogas.  Trata-se, na verdade, de reciclagem perversa da Doutrina de Segurança Nacional – herança sinistra da ditadura militar (1964-1985): os negros são as forças oponentes a serem contidas, os inimigos internos a serem eliminados.

A Rondesp (Rondas Especiais/BA) nada fica a dever ao BOPE/RJ ou à ROTA/SP, paradigmas da violência policial no Brasil. A Rondesp constitui força especial que tem como tarefa precípua o extermínio.  Seus princípios programáticos são o racismo, o neocolonialismo e a necropolítica, como aponta a Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto da Bahia.  Tais princípios estão ostensivamente explicitados nos nomes emblemáticos das operações da Rondesp: Saneamento 1 , Saneamento 2 e Operação Quilombo.

Assim, o processo de institucionalização da barbárie no Brasil é levado ao paroxismo na Bahia.  O país vive sob a égide de um Estado de exceção permanente, pessimamente chamado Estado democrático de direito. Seu nome verdadeiro é Estado penal. Seus instrumentos principais são: a guerra generalizada contra os pobres; a política de encarceramento em massa; o genocídio sistêmico do povo negro; a criminalização da luta dxs trabalhadorxs e do movimento popular; a violência sistemática contra as mulheres e a comunidade LGBT; o extermínio cotidiano dos povos originários e de milhões de moradores das periferias e favelas; a permanência da tortura, das execuções e do desaparecimento forçado como instituições sólidas em vigor no país. O mercado total engendrado pelo neoliberalismo – ou totalitarismo de mercado – aprofunda a prática do domínio total onde tudo é possível: radicaliza-se o terror como política de Estado.  Aprofundam-se também a militarização e a fascistização do Estado e de seus aparatos jurídico e repressivo, do aparato midiático, das instituições e da sociedade.  O povo negro e a classe trabalhadora constituem os alvos principais do terror de Estado. Lembremos que as mulheres negras são triplamente fustigadas: por causa do gênero, da classe e da etnia.

Uma das investidas mais trágicas deste Estado de exceção permanente completou no último domingo (26/07/2015) 25 anos - a chacina do Acari, Rio de Janeiro/RJ (26/07/1990): 11 jovens – 7 com menos de 16 anos – foram mortos e desaparecidos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.  Tal crime permanece sem solução – ninguém foi punido, nada foi esclarecido.  As Mães de Acari (aquelas que restaram) continuam sua jornada de luta contra a barbárie: três delas já morreram, todas são perseguidas pela repressão – pelo menos uma foi morta pelo aparato repressivo. Toda nossa solidariedade também a estas companheiras.
   
As companheiras e os companheiros da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto da Bahia têm enfrentado esta situação de barbárie com a coerência, a combatividade, a radicalidade, a independência e a autonomia que lhes são peculiares.   Por isto mesmo, os membros da campanha – sobretudo o seu coordenador, o companheiro Hamilton Borges -, assim como os familiares dos mortos e os moradores da região do Cabula, têm sido perseguidos e ameaçados sistematicamente pela polícia baiana. Para nós, do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, a luta da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto da Bahia constitui referência no combate ao genocídio do povo negro.  Reiteramos a nossa solidariedade incondicional aos integrantes da campanha, aos familiares dos mortos e aos moradores do Cabula.  Reafirmamos a nossa disposição de prosseguir juntxs no combate à política do campo de concentração vigente.

Compartilhamos também com a Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto da Bahia a demarcação com o governismo, o gabinetismo, o oportunismo e o peleguismo de certos movimentos, partidos e organizações políticas que se reivindicam de esquerda. Estes fazem acordo e criam comissões conjuntas com o aparato repressivo e com parlamentares de direita: trata-se de demonstração de boa vontade e bom-mocismo em relação ao Estado.  Para nós, as classes dominantes, o Estado e seu aparato repressivo não são dialogáveis: são inimigos a serem combatidos e não depositários de eventuais reivindicações.  Adotamos os mesmos princípios da Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto da Bahia: esta luta só pode ser travada com combatividade, radicalidade e absoluta independência em relação ao Estado, aos governos, às empresas, aos patrões e à institucionalidade.


     - Pelo fim do genocídio do povo negro! Pelo fim das torturas, execuções e desaparecimentos forçados! Pela responsabilização e punição de todos os responsáveis pela chacina do Cabula!



     - Toda solidariedade aos familiares das vítimas da chacina do Cabula! Toda solidariedade aos moradores do Cabula e às companheiras e companheiros da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto! Pelo fim das perseguições!



     - Abaixo o racismo e a segregação! Abaixo a repressão!



     - Pelo fim de todo o aparato repressivo!  Pelo fim da polícia militar e de todas as polícias!



     - Nenhum tipo de interlocução com o aparato repressivo!



     - Abaixo o terror de Estado e do capital!



    - Pelos direitos humanos e pela luta independente em relação ao Estado, aos governos, aos patrões e à institucionalidade!


Belo Horizonte, 30 de julho de 2015
 INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA 

Convidamos todas e todos que lutam contra a repressão e contra o genocídio do povo negro!

*Sexta-feira, 31/07/2015, às 18h30min.

sábado, 25 de julho de 2015

ENCONTRO DE LUTA CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO: SEXTA, DIA 31/07/2015, ÀS 18H30


ENCONTRO DE LUTA CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO
- Chacina do Cabula:
Policiais executaram jovens negros e feriram outros na região do Cabula, Salvador/Bahia.
Perseguições sistemáticas são feitas a familiares das vítimas, a moradores e a integrantes da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto.
Toda nossa solidariedade às vítimas, aos familiares, aos moradores e aos integrantes da campanha!
- Painel seguido de roda de conversa:
Hamilton Borges - militante do Movimento de Maioria Negra e integrante da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto - Salvador/BA
Convidamos todas e todos que lutam contra a repressão e contra o genocídio do povo negro!
*Sexta-feira, 31/07/2015, às 18h30min.
Local: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - Rua Hermilo Alves, n°290, Bairro Santa Tereza - Belo Horizonte/MG.
Organização/Parceria:
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.
Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto - Salvador/BA

*Após a programação do Encontro de luta contra o genocídio do povo negro, haverá discotecagem ao som de Hip Hop/Rap. Participação do DJ LEGAL. Hip Hop de luta contra o genocídio do povo negro.

Evento em rede social:
https://www.facebook.com/events/395944583928159/
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