Na
última segunda-feira, 3 de abril de 2023, na Capela Ecumênica da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), foi realizada a 35ª edição da Medalha Chico
Mendes de Resistência, do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ. Esta medalha homenageia
pessoas e entidades – do Brasil e do mundo - que lutaram e lutam pelos Direitos
Humanos, contra a ditadura e contra todas a formas de opressão. Desde 1989, acontece
no dia 1º de abril (ou em data próxima), em repúdio ao golpe militar de 1964.
As/os
homenageadas/os deste ano consolidam ainda mais o repertório acumulado ao longo
dos 34 anos da Medalha Chico Mendes de Resistência e dos 38 anos do Grupo Tortura
Nunca Mais/RJ. Representatividade, diversidade e combatividade são seus
fundamentos, os quais evidenciam a atualidade da luta. Evidenciam também a
ligação inextricável entre a luta por Memória, Verdade e Justiça e a luta
contra o terrorismo de Estado de ontem e de hoje.
Receberam
a medalha neste ano: Belela Herrera (ativista uruguaia dos Direitos Humanos);
Coletiva Resistência Lésbica da Maré (acolhimento Antimanicomial para lésbicas
- cis e trans – de favelas); Geraldo Azevedo (cantor, violonista e compositor –
preso e torturado pela ditadura); Maria das Graças Nacort (Associação de Mães e
Familiares de Vítimas de Violência do Estado/ES); Marilza da Silva (liderança
indígena do Espírito Santo, presa e torturada pela ditadura na Fazenda Guarani,
Resplendor/MG); Milton Barbosa (fundador do Movimento Negro Unificado); Sabino
Alves (trabalhador do campo desaparecido durante
a Guerrilha do Araguaia); Walter de Souza Ribeiro (desaparecido durante a ditadura).
São
várias as entidades parceiras da Medalha Chico Mendes de Resistência:
Associação de Docentes da UERJ (ASDUERJ); Associação de Docentes da
Universidade Federal Fluminense (ADUFF); Conselho Regional de Psicologia do Rio
de Janeiro (CRP-RJ); Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania –
BH/MG; Justiça Global; Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência
(RJ); Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul (MJDH-RS);
Partido Comunista Brasileiro (PCB); Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Interlocução
Sociopopular da OAB-RJ; Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis
(CDDH-Petrópolis/RJ); Centro de Justiça e Direito Internacional (CEJIL). Todas
elas estavam presentes e entregaram as medalhas aos homenageados. Estavam
presentes também trabalhadoras/es, estudantes e militantes de dezenas de
movimentos sociais. No final, Geraldo Azevedo cantou para todes/as/os.
A
Medalha Chico Mendes de Resistência deste ano foi ainda mais especial. Voltou a
ser presencial depois de três anos de edições virtuais por conta da pandemia de
COVID-19.
LONGA
VIDA À MEDALHA CHICO MENDES DE RESISTÊNCIA!
PELA VIDA, PELA PAZ, TORTURA NUNCA
MAIS!
Belo Horizonte, 7 de abril de 2023
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG
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